domingo, 19 de maio de 2013

Dilma nega que estádio Mané Garrincha será ‘elefante branco’


Inaugurada neste sábado, arena em Brasília custou R$ 1,3 bilhão, o dobro do orçamento inicial



Cerimônia. A presidente Dilma Roussef inaugura o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, acompanhada pelo governador Agnelo Queiroz e por algumas crianças
Foto: André Coelho
Cerimônia. A presidente Dilma Roussef inaugura o Estádio Mané Garrincha, em Brasília, acompanhada pelo governador Agnelo Queiroz e por algumas crianças André Coelho
BRASÍLIA — Com o tradicional chute no centro do gramado, a presidente Dilma Rousseff, ao lado do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), inaugurou o Estádio Nacional Mané Garricha na manhã deste sábado. Dilma e o governador responderam aos críticos de que a obra faraônica, a mais cara de todos os estádios construídos para a Copa das Confederações, ficará subutilizada depois da Copa do Mundo de 2014, já que na capital não existem times capazes de lotar o estádio. Neste sábado à tarde, com o encerramento do Campeonato Brasiliense, a arena será inaugurada com uma partida entre Brasília e Brasiliense, este hoje na terceira divisão nacional.
O estádio Mané Garrincha recebe a estreia do Brasil na Copa das Confederações, no dia 15 de junho, contra o Japão.
— Esse é um espaço para várias utilidades, espetáculos culturais e educacionais. E há possibilidade de uso comercial dessa arena — discursou Dilma, negando que seja um "elefante branco".
O estádio Mané Garrincha custou R$ 1,3 bilhão, o dobro do orçamento original. Iniciada em 2010, a reforma seria entregue em abril, mas passou por atrasos e está sendo inaugurada com 97% das obras concluídas. A arena já foi alvo de escândalos e denúncias de corrupção, como a compra de 17 mil capas de chuva para a Polícia Militar, que seriam usadas em plena seca, por um preço super faturado. A compra, embargada depois das denúncias, custaria nada menos que R$5,3 milhões.
— Brasília entrega para seus moradores o mais belo estádio da Copa das Confederações — completou o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.
Em seu discurso, Dilma lembrou do ex-jogador Mané Garrincha, que dá nome ao estádio. Em recente polêmica, a FIFA chegou a cogitar retirar o nome de Garrincha e chamar a arena em Brasília de Estádio Nacional durante os torneios da entidade.
— Esta homenagem é merecida e feita na capital federal do nosso país, Brasília. É a homenagem a um atleta brasileiro que era um gênio na arte do futebol, um grande improvisador — disse a presidente.
Prestigiaram o evento diversos ministros, o presidente do Senado Renan Calheiros e o governador do Ceará Cid Gomes.


Um comentário:

Alberto disse...

Nao hah necessidade de chutes presidenciais para inaugurar um estahdio. O nome estah muito bem escolhido.