sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Condenado pelo STF, João Paulo desiste de candidatura em Osasco


Deputado discutiu detalhes do anúncio da renúncia com Lula e Rui Falcão



Até a tarde desta quinta-feira, cartazes de João Paulo Cunha ainda continuavam espalhados pelas ruas de Osasco
Foto: O Globo / Eliária Andrade
Até a tarde desta quinta-feira, cartazes de João Paulo Cunha ainda continuavam espalhados pelas ruas de OsascoO GLOBO / ELIÁRIA ANDRADE
SÃO PAULO - Um dia depois de ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no mensalão, o deputado federal João Paulo Cunha procurou a cúpula do PT em Osasco para anunciar que vai desistir de disputar a prefeitura da cidade.
A candidatura deve ser assumida pelo vice da chapa, o também petista Jorge Lapas. João Paulo e o prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT), discutem, na noite desta quinta-feira, os detalhes de como será feito o anúncio e também quem será o novo vice. Os petistas tentam encontrar uma forma menos traumática de fazer a mudança. A ideia é poupar João Paulo e evitar desgaste para o novo candidato e para a imagem do partido no país.
Desde que foi condenado pelos ministros do STF, o deputado recebeu telefonemas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Apesar de negar publicamente ter um plano B, os petistas já tinham se preparado para o caso de condenação. Tanto que um petista foi escolhido como vice da chapa, apesar de João paulo contar com o apoio de outras 19 legendas.

Eleições Municipais - Rio


Datafolha aponta Paes com 53%; Freixo sobe para 13% das intenções de voto

Prefeito, candidato à reeleição, praticamente manteve o resultado anterior, de 54%

RIO – Diminuiu a vantagem do prefeito Eduardo Paes (PMDB), candidato à reeleição, em relação ao candidato Marcelo Freixo (PSOL), nas intenções de voto da disputa eleitoral do Rio, segundo pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela TV Globo e pela Folha de S. Paulo e divulgada nesta quarta-feira. O Datafolha coloca Paes com 53% contra 13% de Freixo, enquanto no dia 19 de julho, data da última divulgação de pesquisa do Datafolha sobre a campanha no Rio, os percentuais eram de 54% e 10%, respectivamente.

Os votos em branco e nulos somaram 13%, contra 14% na consulta anterior, e 10% dos entrevistados não quiseram ou não souberam responder. Na pesquisa anterior, o número era de 8%.Rodrigo Maia (DEM) caiu de 6% para 5% das preferências dos eleitores consultados; o mesmo ocorreu com Otávio Leite (PSDB), que registrou 3%, contra 4% na pesquisa anterior. Aspásia Camargo (PV), Cyro Garcia (PSTU) e Fernando Siqueira (PPL) mantiveram 1% das preferências. Antônio Carlos (PCO) continuou sem pontuar.
A pesquisa, registrada no TSE sob o número 00054/2012, ouviu 944 eleitores entre os dias 28 e 29 de agosto. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
O Datafolha também perguntou aos entrevistados sobre o nível de rejeição dos candidatos. Rejeitam todos os candidatos ou não votariam em nenhum 6% dos eleitores entrevistados, contra 7% na pesquisa anterior, e 12% votariam em qualquer um; na pesquisa anterior, o percentual era de 11%.
Rodrigo Maia permanece como o candidato mais rejeitado, com 31% das citações. Eduardo Paes aparece a seguir, com 17% de rejeição (20% na pesquisa de 19 de julho), seguido de Aspásia e Cyro Garcia, com 17% (16% e 15% na anterior, respectivamente), e Otávio Leite, com 12% (15% em 19 de julho), Antonio Carlos, Fernando Siqueira (10%, cada) e Marcelo Freixo (10%, contra 9% na pesquisa anterior).
Eduardo Paes não comentou os resultados. Marcelo Freixo, o adversário que mais se aproxima do candidato à reeleição, comemorou:
– É uma pesquisa que já pega o início do horário eleitoral. Isso significa que nosso trabalho nas redes sociais e nas ruas foi mais importante do que o tempo pequeno que tivemos na TV. A campanha com menos tempo na TV é a que mais cresce e a que tem a menor rejeição – avaliou o candidato do PSOL.
Rodrigo Maia foi sucinto:
– A pesquisa mostrou que o quadro segue estável. As mudanças começam a partir do dia 15 – afirmou.

O Vice de Romney


Ryan leva à convenção defesa da plataforma fiscal conservadora que lhe deu projeção


O vice Paul Ryan durante discurso na Convenção Republicana Foto: REUTERS/Mike Segar / REUTERS/Mike Segar
O vice Paul Ryan durante discurso na Convenção RepublicanaREUTERS/MIKE SEGAR / REUTERS/MIKE SEGAR
TAMPA, Flórida — Candidato a vice-presidente na chapa de Mitt Romney, o deputado Paul Ryan assumiu a linha mais dura de ataque ao presidente Barack Obama nesta terça-feira, na segunda noite da convenção republicana. Líder da ala mais conservadora do partido na área fiscal, em trechos do discurso divulgadas para a imprensa, ele prometeu que um eventual governo Romney derrubaria imediatamente a reforma da saúde aprovada durante a gestão Obama.
Em seu discurso, o mais esperado da noite desta quarta-feira, Ryan incendiou a plateia afirmando que há uma crise na Casa Branca e que já é hora de Obama assumir a responsabilidade pelos programas do governo:- Obamacare trouxe mais de duas mil páginas de regras, mandatos, taxas e multas que não têm lugar em nenhum país livre - disse.
- A presidência de Obama está gasta, parece um barco que desliza com os ventos de ontem.
Na guerra republicana de egos, Paul Ryan, de 42 anos, ícone da linha-dura fiscal, defensor intransigente de cortes no orçamento e em programas sociais como o Medicare, saiu na frente desde a semana passada: segundo pesquisa do Instituto Pew, era o discurso dele o mais aguardado por 46% dos entrevistados, deixando para trás até o candidato a presidente, Mitt Romney, com 44%. O que a maioria mais queria ver, no entanto, era a plataforma do partido para as eleições, segundo responderam 52%.
Presidente da Comissão de Orçamento da Câmara, Ryan é um dos líderes mais influentes do Congresso desde 2010, quando a onda conservadora do Tea Party, com o qual ele tem ótima relação, fez os republicanos recuperarem a maioria na Câmara. Suas credenciais tornaram-no a pessoa indicada para apresentar aos eleitores a plataforma, principalmente na área fiscal, onde o partido deu uma guinada para a direita.
Entre as propostas, estão uma auditoria no Fed (Banco Central) e uma emenda constitucional para que sejam necessários dois terços dos votos para aumentar impostos. Destacando que os republicanos “não evitarão problemas difíceis ou passarão quatro anos culpando outros”, ele deve prometer a criação de 12 milhões de empregos.
- Meu pai costumava me dizer: ‘Filho, você tem uma escolha: pode ser parte do problema ou você pode ser parte da solução’. A atual administração tem feito sua escolha.. E Mitt Romney e eu fizemos a nossa: antes que a matemática e a velocidade dos acontecimentos nos superem, vamos resolver os problemas econômicos da nação. Não temos muito tempo. Mas, se formos sérios e inteligentes podemos fazer isso - afirmou.
A principal medida de austeridade, defendida pessoalmente por Ryan, seria a transformação do Medicare (programa que assegura tratamento de saúde gratuito para idosos com mais de 65 anos) para um modelo de contas individuais, ou vouchers, com os quais cada pessoa poderia contratar serviços. Em uma concessão a Romney, no entanto, ele aceitou gastar parte de seu tempo falando em termos mais pessoais, do companheiro de chapa e de si mesmo, reprimindo sua tendência a querer esmiuçar políticas públicas.

 

A última lição do ministro Cesar Peluso - Murilo Leitão



 "O juiz não condena ninguém por ódio (...) o juiz condena por um dever de ofício (...) o magistrado reverencia a lei”
Assim o Ministro Antônio Cezar Peluso encerra sua passagem pela magistratura. Segundo ele, é o juiz há mais tempo em atividade no país. Foram 45 anos.
Na sua despedida, Peluso deixou várias contribuições.
Primeiro, alertou sobre a utilidade, para esse julgamento, da prova indiciária, aquela a que se chega partindo de presunções e análises da conjectura fática, dos vestígios e indícios que cercam o núcleo do debate. Afinal, não se pode negar o óbvio pelo simples fato de não ter sido a ele apresentado.
Ou seja, o processo é um jogo, e nem sempre um jogo leal, no qual as provas podem variar de acordo com os interesses.
Daí porque a obtenção da prova robusta e específica pode ficar seriamente prejudicada. Afinal, e lembrando da Ministra Rosa Weber, “quem vivencia o ilícito procura a sombra e o silêncio”. Resumindo: a prova óbvia, com assinatura, reconhecimento de firma, impressão digital e gravação é quase sempre impossível.
Esse argumento ajudou Peluso a julgar o deputado João Paulo Cunha, primeiro réu reconhecidamente condenado, junto com Marcos Valério e os sócios da SMP&B envolvidos no processo.
Ainda não se sabe a pena que caberá ao final a João Paulo. Mas se dependesse unicamente de Peluso, seria de 6 anos de reclusão, com a perda do mandato de deputado federal.
Entretanto, um ponto, embora de aplicação automática, poderia ter sido melhor esclarecido por Peluso, sobretudo no presente momento de plena campanha eleitoral, qual seja a suspensão de todos os direitos políticos de Cunha no prazo estipulado para a pena, por expressa disposição do artigo 15, III da Constituição Federal. Ou seja, não pode votar e nem ser votado.
João Paulo é candidato a Prefeito de Osasco, no interior de São Paulo, e sua condenação retira-lhe qualquer possibilidade de exercer o cargo.
Na hipótese de vencer e tomar posse antes do trânsito em julgado da sentença, quando então seus direitos políticos serão suspensos, será apeado da função.
Cunha também fica inelegível por mais 8 anos, a contar do fim do cumprimento da sua pena, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
Quanto ao recolhimento à cadeia, só se admite o regime fechado - aquele em que há o recolhimento ao presídio, regra geral, aos condenados a pena superior a 8 anos, desfecho pouco provável a João Paulo Cunha.
Em resumo: está condenado, os direitos políticos serão suspensos, após cumprir a pena fica inelegível por mais 8 anos, mas continuará nas ruas desfilando o colarinho branco.

Murilo Leitãoadvogado do escritório Lira Rodrigues, Coutinho e Aragão, Brasília/DF.

No Motel

Cliente telefona para a recepção do motel e pede para fechar a conta.

A recepcionista pergunta:

- "Qual foi o consumo?"

- "Dois amendoins, um whisky e uma foda."

- "Este último item o senhor tem de acertar com a sua acompanhante!"

- "Foda limonada, fua idiota!"

Comentários dos Leitores

Crismélia Litúrgica deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Torcida Jovem Fla é banida dos estádios devido à m...": 
Todas essas "organizadas" têm de ser proscritas. É tudo coisa de bandido para apoiar bandido-cartola de clube.

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Torcida Jovem Fla é banida dos estádios devido à m...": 
Sugiro o banimento definitivo e criminalização da instituição "torcida organizada" em todo o país. 
E que paguem os bons torcedores pelos maus. 
Tais "torcidas" já deram mostra suficiente de que na maioria das vezes não passam de grupos de criminosos ou aprendizes de.
Fora com essa escória dos estádios para quem quer se divertir e apoiar seu time possa fazê-lo sem medo. 

Crismélia Litúrgica deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ronaldinho": 
O moleque é encrenqueiro, presepeiro, cachaceiro, irresponsável e os cambáu. Tudo bem. Mas a gente sempre soube que ele joga bola e vê que ao menos no time do Atlético Mineiro ele tem com quem jogar. No Flamengo isso era literalmente impossível. Quem cnsegue jogar com Dêividi, Uélinton (são dois, um pior que o outro)Magal, Amaral etc? Só enchendo a cara, pombas. O dentuço tinha razão, ora bolas. 

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Eleições Municipais - São Paulo


Haddad sobe 6 pontos percentuais, diz Datafolha; Serra cai 5

Celso Russomanno manteve os 31% do levantamento anterior


SÃO PAULO – Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira pela TV Globo mostra Celso Russomano (PRB) com 31% das intenções de voto - mesmo patamar do levantamento anterior -, seguido de José Serra (PSDB), com 22%, e Fernando Haddad, com 14% das intenções de voto.Em relação ao último levantamento, o tucano caiu 5 pontos percentuais; já Haddad subiu 6 pontos.
A pesquisa ainda mostra Gabriel Chalita (PMDB), com 7%; seguido de Soninha Francine (PPS), com 4%; e Paulinho da Força (PDT), com 2% das intenções de voto. Carlos Giannazi (PSOL) e Ana Luiza (PSTU) têm 1% cada. Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos são 10%. Não sabem ou não opinaram somam 7% dos eleitores.
Em relação à rejeição, Serra lidera com 43%, seguido de Paulinho da Força (25%), Soninha (24%) e Haddad (21%). Russomanno tem 15% de rejeição.
O Datafolha ouviu 1.069 eleitores paulistanos entre os dias 28 e 29 deste mês. A margem de erro da pesquisa – registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 00582/2012 - é de três pontos, para cima ou para baixo.
Vox Populi
O Instituto Vox Populi também divulgou pesquisa nesta quarta-feira encomendada pela TV Bandeirantes. O levantamento mostra os três primeiros candidatos com o mesmo percentual de votos da pesquisa Datafolha: Russomano lidera com 31%, seguido de Serra (22%), Haddad (14%), Chalita (5%), Soninha (4%) e Paulinho (2%). Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somam 9%. Não sabem ou não opinaram são 13%.
O Vox Populi ouviu 1.200 eleitores entre os dias 25 e 27 deste mês. A margem de erro é de 2,8 pontos, para cima ou para baixo.


Maioria do Supremo já condena João Paulo por corrupção passiva e peculato


Ministros votaram também pela condenação dos réus Pizzolato, Valério e sócios do lobista



Cezas Peluso (à esquerda) e Ricardo Lewandowski
Foto: Agência O Globo / Gustavo Miranda
Cezas Peluso (à esquerda) e Ricardo LewandowskiAGÊNCIA O GLOBO / GUSTAVO MIRANDA
RIO - O ministro Cezar Peluso proferiu nesta quarta-feira um duro voto contra o réu João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, embora o tenha absolvido por um crime de peculato e outro de lavagem de dinheiro. Ele votou pela condenação do petista pelos crimes de corrupção passiva e por outro caso de peculato. Gilmar Mendes, que falou logo após Peluso, também condenou João Paulo por corrupção passiva e peculato - o ministro considerou ainda a lavagem de dinheiro. Já Marco Aurélio Mello condenou o réu por dois peculatos e corrupção passiva. Com o voto dos três ministros, o petista já foi condenado por pelo menos sete ministros - maioria da Corte - por corrupção passiva e peculato. (ACOMPANHE AO VIVO O JULGAMENTO DO MENSALÃO)
Como Peluso vai se aposentar na próxima segunda-feira, ele adiantou a dosimetria das penas referente ao item 3 do processo do mensalão. O ministro decidiu que João Paulo Cunha deve ser condenado por 6 anos de reclusão. Ele também condenou Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollembarch pelo caso de desvio de dinheiro público na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil (BB), além do ex-diretor de marketing do BB, Henrique Pizzolato. Assim como pediu a Procuradoria Geral da República, o ministro votou pela absolviação de Luiz Gushiken pelo crime de peculato. Gilmar Mendes e Marco Aurélio também condenaram os réus no caso do Banco do Brasil, com exceção de Gushiken.
Sobre a vantagem que João Paulo Cunha recebeu de R$ 50 mil para supostamente favorecer a SMP&B em licitação na Câmara, Peluso afirmou que o réu mentiu.
- Em 8 de agosto, o denunciado constitui uma comissão especial que designa o processo (de licitação). É nesse contexto e na expectativa de publicação do edital de licitação que o réu recebe de Marcos Valério os R$ 50 mil, em espécie. No dia 16, João Paulo Cunha publica o edital de concorrência. A pergunta que fica é a seguinte: a que se destinava esse pagamento. João Paulo alega que era dinheiro do PT para pagamento de pesquisas pré-eleitorais em Osasco. A alegação é absolutamente inverossímel e por várias razões. Primeiro, o réu mentiu em seu depoimento e não tinha por que fazê-lo. Se era um dinheiro recebido de seu partido, de modo lícito e oficial, a única explicação seria não fazer isso. Por que dizer que a sua mulher tinha ido ao banco para pagar fatura de televisão, coisa que ninguém mais faz em banco?
Peluso, com veemência, se empenhou em desconstruir a versão do réu:
- Ele (João Paulo) fez uma afirmação interessante: "tive várias reuniões para discutir (com Marcos Valério) questões do futuro do país". Ora, o que um político experiente – e um político ingênuo e novato jamais chegaria à Presidência da Câmara – teria que conversar com um publicitário sobre a situação política do país? Espantoso... - disse ele, que continuou:
- O que estava por trás dessa aproximação e dessas gentilezas ao presidente da Câmara? O interesse na contratação da empresa de publicidade. Os fatos demonstram. João Paulo Cunha tinha incontestavelmente o comando jurídico e factual dessa possibilidade, da licitação. O contrato da Deníson já estava prorrogado. E não havia nenhum fato que justificasse uma nova licitação.
Para confirmar o crime de corrupção passiva, Peluso falou ainda sobre o ato de ofício:
- O delito está em pôr em risco o prestígio, a honorabilidade e a responsabilidade da função. Ainda que não tenha praticado nenhum ato de ofício, no curso da licitação, o denunciado não poderia, sem cometer crime de corrupção, ter aceitado esse dinheiro dos sócios da empresa que concorria à licitação. Tenho, portanto, como comprovado e tipificado o crime de corrupção passiva.
O ministro, aliás, começou seu voto afirmando que as provas indiciárias e diretas não podem ser hierarquizadas a priori. Ele enfatizou um entendimento que aparentemente não foi levado em conta pelos ministros Ricardo Lewandowski e José Antonio Dias Toffoli.
- Da verificação de um fato que acontece há convicção da existência de outro fato. Trata-se de formular através da observação um juízo ou proposição de caráter geral afirme como regra a constância da relação desses fatos. E aqui dois exemplos corriqueiros ajudam a entender. Um acidente de trânsito que é um fato provado e conhecido. O comportamento culposo também está provado. De regra é isso que acontece. Não mantinha a distância, ou estava distraído, ou houve uma falha mecânica que por negligência que lhe atribui a culpa. É claro que excecionalmente pode acontecer que o veículo da frente possa ter dado uma freagem ou marcha-a-ré.
Ele concluiu o raciocínio:
- Se está provado nos autos um determinado fato que deve levar a convicção da existência de outro fato não precisa indagar se a acusação fez ou não a comprovação do fato. Se esse fato está provado, a acusação não precisa fazer prova da existência de comportamento ilícito. O fato provado é o indício. Isso é importante por que no sistema processual, a eficácia dos indícios é a mesma das provas indiretas e históricas representativas. Não existe nenhuma hierarquia entre as provas.
Quanto aos dois crimes de peculato, Peluso agiu como a ministra Rosa Weber: condenou no caso da não prestação de serviços da SMP&B em contrato com a Câmara - as subcontratações chegaram, segundo a denúncia, a 99,9% -, e absolveu em relação à contratação do jornalista Luís Costa Pinto pela IFT.
- Em relação ao peculato quanto ao contrato com a SMP&B, acompanho integralmente o relator por vários motivos (...) Não precisa ser experiente em direito para saber o que seja subcontratação. É uma modalidade de negócio em que uma das partes de determinado contrato contrata terceiros para executar parte ou a totalidade destas obrigações - disse ele, que disse ainda que quase todo o trabalho era delegado a terceiros e que, por isso, não se tratatava de subcontratações: - Uma empresa de publicidade, apresentada como uma das maiores do Brasil, não tem capacidade para elaborar um texto (simples) desse? Precisa subcontratar? - disse ele citando um pequeno informativo da Câmara.
Sobre o crime de lavagem de dinheiro, imputado a João Paulo pela PGR, ele afirmou:
- Vou absolver o réu por uma questão factual e jurídica (...) Não vejo na descrição dos fatos, na prova, que tenha havido ações independentes entre o crime de corrupção passiva e o delito de lavagem.
Pela interação entre João Paulo Cunha, Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz no pagamento de vantagem de R$ 50 mil e pela não prestação de serviços da SMP&B, Peluso também condenou os empresários por corrupção ativa e peculato.
Peluso vota pela condenação de Pizzolato e profere dosimetria das penas
Mais objetivo e rápido, o ministro pediu a condenação de Henrique Pizzolato por corrupção passiva e peculato, além de Marcos Valério e sócios por corrupção ativa e peculato.
- Em relação a esses crimes todos, sobre os quais já houve grande manifestações (...) reconheço todos os crimes imputados aos réus e condeno-os a todos nos termos da denúncia e dos votos que já foram transferidos - disse ele, que, logo depois, adiantou a dosimetria das penas.
Somando as penas, Peluso sugeriu para João Paulo Cunha 6 anos de prisão e 30 dias multa, além da perda de mandato; para Marcos Valério, 16 anos de prisão e 240 dias multa, em regime fechado; Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, dez anos de prisão cada, em regime fechado; Henrique Pizzolato, 8,4 anos de prisão e um salário mínimo de multa. As penas de Valério, Hollerbach e Paz se referem somente aos crimes na Câmara e no Banco do Brasil. Não estão incluídas eventuais condenações por crimes pelos quais eles ainda serão julgados.
Gilmar Mendes condena João Paulo por lavagem de dinheiro
O ministro Gilmar Mendes começou seu voto discordando da tese da defesa de João Paulo sobre o recebimento dos R$ 50 mil.
- Os impostos devidos sobre a nota fiscal da pesquisa (eleitoral que João Paulo Cunha diz ter encomendado) só foram pagos cerca de dois anos depois. Os R$ 50 mil nunca foram objeto de acerto entre o acusado e o Partido dos Trabalhadores. Esse dinheiro não foi contabilizado nas contas de ingresso e saída do partido. Ademais, apesar do louvável esforço da defesa, as provas evidenciam que o dinheiro disponibilizado não teve origem na conta do PT, mas saiu da conta da SMP&B, que foram abastecidas por vários depósitos, mas nenhum do PT - disse Gilmar, para vaticinar:
- Parece que aqui não há a discutir. Acompanho o relator (na condenação de João Paulo Cunha por corrupção passiva). O mesmo em relação à imputação de corrupção ativa, de Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach.
Sobre a acusação de lavagem de dinheiro, o ministro citou o saque realizado pela mulher de João Paulo Cunha:
- Como afirmei, pareceu fantasmagórico a ocultação em que a própria esposa do réu recebe a importância indevida na denúncia. (...) Apenas dos documentos do Banco Rural, é que Márcia aparece como real sacadora. O que se extrai do conjunto probatório é que ele solicitou a mulher para que o fato não permanecesse público.
Quanto às acusações de dois peculatos, Gilmar Mendes seguiu o mesmo raciocínio de Rosa Weber e Cezar Peluso. No caso da subcontratação do jornalista pela IFT, absolveu o réu. Já no caso do volume de subcontratações da SMP&B, condenou-o.
- A empresa recebeu mais de R$ 1 milhão sem prestar nenhum serviço. Parece haver indevida apropriação de montante significativo - disse ele sobre a SMP&B.
Sobre os réus do caso do Banco do Brasil, ele acompanhou os demais ministros da Corte e condenou-os.

 

Você é observador ?


VACA.. VACA.. VACA.. VACA.. VACA.. VACA.. VACA.. VACA.. VACA.. VACA..
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Já sei 4 coisas sobre você:

1) Não leu nem a metade das "VACA"
2) Não se deu conta que uma delas está escrita com "B" (de burro).
3) Voltou atrás para verificar qual estava com "B" e se deu conta de
que era mentira.
4) Estás com a cara: metade de raiva e metade de riso porque te enganei...

E isto me leva a saber outras 11 coisas sobre você:

1) Está lendo isto.
2) És humano.
3) Não podes dizer ''P'' sem... sem separar os lábios
4) Acaba de tentar.
6) Segue lendo.
7) Estás rindo de você.
8) Estavas tão ocupado(a) rindo que saltou a 5ª questão sem se dar conta.
9) Revisou se havia uma 5ª questão.
10) Acabas de rir novamente.
11) Estas pensando de quem vai encher o saco com isto...

Avenida Brasil


Max esconderá dinheiro e deixará Carminha enfurecida

Depois de se aliar novamente a Carminha (Adriana Esteves), Max (Marcello Novaes) resolverá assumir o controle da relação e não fará todas as vontades da vilã. Ele até aceitará voltar a morar na mansão a pedido dela, mas impedirá que a megera tenha acesso ao dinheiro da herança de Nina (Débora Falabella), roubado com a ajuda de Lúcio (Emiliano D'Ávila). Carminha ficará enfurecida e vai jurar vingança.
A confusão começará quando Max se negar a dizer onde escondeu a grana:
- Você não escondeu de mim o dinheiro que a gente tomou do Genésio (Tony Ramos), depois a grana toda que você tomou do Tufão (Murilo Benício) esse tempo todo? Não dizia que tinha investido tudo para garantir o nosso futuro? Pois então: agora sou eu que estou investindo para garantir o nosso futuro! Eu sei o que eu faço. Já você...
Carminha insistirá, mas não terá sucesso. Em outra ocasião, os dois voltarão a falar dos planos de vingança contra Nina e o malandro vai propor que eles deixem o país:
- Por que a gente não sai do Brasil? A gente já tem condição. Com a grana que a gente tem... Se vender a lancha, vamos ver... Dá para juntar uns R$ 2 milhões!
- R$ 2 milhões, tá doido? Tem R$ 1 milhão da herança. Esse barco vale quanto, quinhentinho? E os outros quinhentos? - questionará Carminha, se referindo ao dinheiro que Nina lhe extorquiu.
Max disfarçará, mas a vilã logo perceberá a mentira:
- Minha grana! O dinheiro que eu tirei da conta! O dinheiro que aquela vagabunda me obrigou... Tá com você, Max? Seu animal! A grana tava contigo e você não ia me falar nada? E você pretende continuar sem  me contar onde mocozou a mufunfa da herança?
- Exatamente! Desta vez, quem apita aqui sou eu! Vou deixar essa grana bem guardada, protegida sobretudo de você - desafiará Max.
Carminha mudará de assunto, mas com raiva, vai jurar para si mesma que reassumirá o controle da situação.

Comentários dos Leitores

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Torcida Jovem Fla é banida dos estádios devido à m...": 
Sugiro que da próxima vez a foto da Young Flu também seja publicada. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

As Esposas e a Mala


Até a década de 70, se a mulher descobrisse uma traição ela perdoava e cuidava do marido com medo de ser abandonada...

Na década de 80, se a mulher descobrisse uma traição juntava as próprias coisas na mala e ia embora...

Na década de 90 se a mulher descobrisse uma traição juntava as coisas do marido na mala e o mandava embora...

Hoje, quando a mulher descobre a traição junta o marido em pedaços na mala e joga fora.


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‘Não estraguem a surpresa', diz Peluso sobre seu voto


Ministro, que participa do julgamento do mensalão, se aposenta do STF na próxima segunda


Possível voto antecipado de Cezar Peluso cria nova polêmica no julgamento
Foto: O Globo / Ailton de Freitas
Possível voto antecipado de Cezar Peluso cria nova polêmica no julgamentoO GLOBO / AILTON DE FREITAS
BRASÍLIA - Bem humorado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso evitou, mais uma vez, falar sobre a possível antecipação de seu voto no julgamento do mensalão. Peluso é o primeiro a votar na quarta, mas já se aposenta na próxima segunda-feira, quando completa 70 anos, idade limite para o exercício do cargo. Assim, ele terá tempo para votar sobre os desvios de dinheiro na Câmara dos Deputados e no Banco do Brasil, mas não para julgar o restante da ação.
- Não estraguem a surpresa - disse Peluso nesta terça, em tom de brincadeira, ao ser questionado por jornalistas como seria seu voto.Uma das soluções cogitadas foi a de que ele antecipasse todo seu voto, antes mesmo de os ministros relator, Joaquim Barbosa, e revisor, Ricardo Lewandowski, se pronunciassem.
Peluso foi homenageado nesta terça-feira pelos colegas na Segunda Turma do STF, da qual participou pela última vez.
O ministro Marco Aurélio Mello, que se opõe à antecipação do voto integral de Peluso, voltou a criticar essa possibilidade nesta terça.
- É inconcebível. Me perguntaram por que o regimento não prevê que um integrante há de aguardar voto de relator e revisor. Porque essa antecipação ao relator e revisor é impensável. Contraria a ordem natural das coisas, cuja força é insuplantável.

 

Ronaldinho


No time mineiro bastou um jogo contra o maior rival para fazer golaço e ter boa atuação. No Rio ele demorou 12 partidas para marcar unzinho, e de pênalti



Ronaldinho teve bela atuação contra o Cruzeiro no clássico mineiro
Foto: Pedro Vilela / AGIF
Ronaldinho teve bela atuação contra o Cruzeiro no clássico mineiroPEDRO VILELA / AGIF
RIO - Os ares de Belo Horizonte parecem mesmo ter feito bem a Ronaldinho Gaúcho. Depois de sair em baixa do Flamengo, com direito a briga judicial, o meia está reencontrando seu bom futebol no Atlético-MG, e é um dos destaques da grande campanha da equipe no Campeonato Brasileiro. No último domingo, ele deu mais uma prova de que a fase em Minas Gerais é bem diferente dos tempos da Cidade Maravilhosa. Se no Flamengo Ronaldinho demorou doze clássicos para marcar um gol, e de pênalti, no Galo ele mostrou seu cartão de visitas logo no primeiro confronto com o rival Cruzeiro.
Chamando a responsabilidade em campo, o jogador foi decisivo ao bater o escanteio que resultou no primeiro gol, do zagueiro Leonardo Silva, e ao marcar um golaço em grande jogada individual, partindo do meio de campo, com direito a três dribles no trajeto até a área, antes de chutar com categoria no canto esquerdo do goleiro Fábio.
O gol de domingo no Estádio Independência foi tão lindo que o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, disse que merecia ser colocada uma placa em homenagem ao craque. Menos, presidente, menos! Numa enquete no site do GLOBO, a maioria dos 1.548 leitores que participaram (36%) achou que "foi um belo gol, mas placa é demais". Outros 31% até fizeram pouco caso do lance e escolheram a opção "o gol nem foi nada demais, deram foi muito mole para ele". Apenas 33% concordaram com Kalil sobre a placa e disseram que "sim, foi mesmo uma pintura" o gol de Ronaldinho.
Ronaldinho já foi Rei dos Clássicos
Sua arrancada para o gol, contra o Cruzeiro, aliás, lembrou, guardadas as devidas proporções, claro, seus momentos áureos no Barcelona, onde costumava brilhar em clássicos contra o Real Madrid. Um jogo em especial, em 2005, ficou marcado. Em um lance espetacular, Ronaldinho partiu em velocidade pela esquerda e passou como quis pelos adversários até tocar na saída do goleiro Casillas, decretando o placar de 3 a 0 para o Barça em pleno Santiago Bernabéu, estádio do rival. Foi aplaudido de pé pelos torcedores do time da casa.
Outro momento marcante na carreira de Ronaldinho em um clássico local vem do início de sua carreira no Grêmio. Na final do Campeonato Gaúcho de 1999, o meia aplicou dribles desconcertantes no capitão do tetra Dunga - incluindo um elástico e um chapéu - e marcou o gol que deu o título estadual ao tricolor gaúcho naquele ano.
No último domingo, a vitória no clássico acabou escapando no último minuto mesmo após uma grande atuação. Mas pelo menos fez o camisa 49 recuperar seu bom retrospecto em clássicos, após o apagão no Flamengo. Pelo ex-clube, seu histórico contra os principais rivais não deixou saudade. Acusado muitas vezes por torcedores de se omitir em campo neste tipo de confronto, ainda via ao seu lado seu companheiro Thiago Neves marcar em quase todos os duelos. Ao todo, ele disputou 14 partidas contra os rivais do Rio pelo rubro-negro, obtendo quatro vitórias, oito empates e duas derrotas. Marcou apenas dois gols, ambos de pênalti, diante de Fluminense e Vasco.
Em gols, início parecido com o do Flamengo
Ronaldinho estreou pelo Atlético-MG na quarta rodada do Brasileirão, contra o Palmeiras, e realizou 15 partidas pelo clube mineiro até o momento. Neste período foram quatro gols, sendo dois de pênalti. Mas o meia vem se destacando mesmo é em deixar os companheiros na cara do gol. Foram seis assistências no torneio, número já superior ao do ano passado, onde deu cinco.
Seu bom desempenho resultou em participação direta em um terço dos 30 gols da equipe no campeonato com ele em campo, o que ajudou o Galo a alcançar um recorde no Brasileirão: a melhor campanha de um time no primeiro turno desde que se instituiu os pontos corridos, em 2003. Mesmo com um jogo a menos, o Atlético-MG atingiu 43 pontos, chegando a um aproveitamento recorde de 79,6%. São 13 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota.
As primeiras 15 partidas de Ronaldinho no Flamengo foram semelhanteS no que diz respeito a número de bolas na rede. Com a camisa rubro-negra, o meia fez cinco gols nesta etapa. Porém, quatro no Carioca, campeonato de nível mais baixo que o Brasileirão, e um na Copa do Brasil. No fim, a campanha no Estadual terminou com o título de forma invicta.
Desempenho no Brasileirão
Este é o segundo Campeonato Brasileiro de Ronaldinho desde que voltou ao futebol brasileiro, no início de 2011. No ano passado, jogando de maneira diferente da atual, mais avançado, o meia acabou mostrando uma face artilheira no Flamengo. Marcou 14 gols, perdendo somente para o centroavante Deivid, que anotou 16. O rubro-negro acabou na quarta colocação, classificado para a Libertadores.
Seu ponto alto foi no duelo épico contra o Santos de Neymar, na Vila Belmiro. Com uma atuação de gala, marcando três gols, o meia comandou a virada por 5 a 4 sobre o Peixe. Curiosamente, o Atlético-MG, seu atual time, também sofreu com seus lâmpejos. Ronaldinho marcou contra o Galo tanto no 4 a 1 do primeiro turno, no Engenhão, quanto no 1 a 1 do returno, na Arena do Jacaré.


Torcida Jovem Fla é banida dos estádios devido à morte de vascaíno


MP apura se assassinato teria sido ato de vingança pela morte de rubro-negro em maio



Torcida Jovem Fla é banida dos estádios devido à morte de vascaíno
Foto: Internet / Reprodução
Torcida Jovem Fla é banida dos estádios devido à morte de vascaínoINTERNET / REPRODUÇÃO
RIO — O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) anunciou nesta terça-feira que a Torcida Jovem do Flamengo está impedida de frequentar os estádios de futebol por seis meses. A decisão vale para todo o território nacional e começou a vigorar nesta terça-feira. Os torcedores são acusados de envolvimento na morte do vascaíno Diego Leal, de 30 anos, no dia 19 de agosto, durante uma briga na Zona Norte do Rio.
A decisão foi anunciada pelo promotor de Justiça Pedro Rubim Borges Fortes, da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva e Defesa do Consumidor e do Contribuinte, em cumprimento ao que determina o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre MP-RJ, o Grupamento Especial de Policiamento dos Estádios (GEPE), a Federação das Torcidas Organizadas do Rio de Janeiro e as próprias torcidas na semana passada.
— Estamos tentando contornar uma situação de crise. Seria especulação dizer que com essa medida vamos acabar com os episódios de violência. Mas gostaria de acreditar que isso vai servir para conscientizar as torcidas — disse o promotor.
Segundo o Ministério Público, as torcidas organizadas, ao assinarem o termo, evitaram o ajuizamento de uma Ação Civil Pública (ACP) que poderia resultar no banimento por até três anos, de acordo com o Estatuto do Torcedor,.O documento informa, no entanto, que o torcedor, sozinho, não será impedido de entrar nos estádios, já que o Ministério do Esporte ainda não realizou o cadastramento dos torcedores que integram as organizadas. Mas o compromisso proíbe o uso de faixas, bandeiras, instrumentos musicais e camisas do clube durante as partidas. O descumprimento de qualquer obrigação implicará multa de R$ 5 mil e uma partida de suspensão a cada novo episódio de violência, além dos seis meses previstos pelo TAC. A Força Jovem do Vasco e a Young Flu também assinaram o termo e foram banidas pelo mesmo período.
O MP-RJ investiga se o assassinato de Diego Leal teria sido um ato de vingança pela morte do flamenguista Bruno de Santana Saturnino em maio. Na ocasião, Bruno foi agredido por vascaínos, que o reconheceram como integrante da TJF. O rapaz chegou a ser internado no Hospital Salgado Filho, no Méier, com traumatismo craniano, mas morreu dias depois.
Já o vascaíno Diego Leal foi morto a tiros e facadas em Tomás Coelho antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no Estádio do Engenhão. Dois suspeitos de assassinar o vascaíno foram presos.
Também nesta terça-feira, a torcida Young Flu, do Fluminense, acusada de envolvimento na confusão que terminou com dois vascaínos agredidos e roubados no último sábado, confirmou a expulsão de cinco membros. De acordo com informações da organizada, dos 21 presos, apenas os expulsos eram cadastrados.
Mais cedo, a Young Flu havia divulgado em sua página da rede social Facebook um comunicado informando que repassou ao Grupamento Especial de policiamento de Estádios (GEPE), a relação dos representantes de sub-sedes da torcida, conforme solicitação do MP. Além disso, a nota afirma que a diretoria pretende apurar o caso junto às autoridades para tomar as medidas cabíveis:
"Embora não nos responsabilizemos por atos provocados por decisões individuais de nossos componentes, iremos apurar o caso junto às autoridades e tomaremos medidas com base em nosso estatuto e nas resoluções internas, cabendo aos envolvidos que forem filiados à torcida, punições, suspensões e até mesmo exclusões", diz trecho da nota.
O governador Sérgio Cabral criticou nesta terça-feira, durante a inauguração de mais duas Unidades de Polícia Pacificadora no Complexo da Penha, na Zona Norte, o comportamento de integrantes baderneiros de torcidas organizadas. Ele disse o governo está agindo energeticamente para coibir esse tipo de violência.
— (Os baderneiros) são delinquentes que prejudicam um espetáculo maior. Uma coisa é se você se organizar numa torcida e ir ao estádio mais cedo vibrar com os seus craques. Outra coisa é cometer atos ilícios sobretudo a violência que chega até a morte de pessoas — avaliou o governador. — O Rio é palco dos principais eventos esportivos. Vamos agir com determinação para dar tranquilidade às famílias que vão ao estádio — disse Cabral, que ressaltou ainda que a crítica é apenas para os indivíduos que causam confusões e violência, e não para as torcidas como um todo.

Comentários dos Leitores

Clara deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Avenida Brasil": 
A enrolação pra espichar a trama que não tem muito pra onde ir já está matando o meu interesse. Acho que vai ser como na série "Lost", em que havia tantos mistérios que a maioria ficou sem explicação. 

AAreal deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Avenida Brasil": 
Clara, vc tem razäo. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ministra Ana de Hollanda critica o estado da pasta de Cultura


Salários defasados, prédios deteriorados e riscos de danos ao patrimônio são algumas das insatisfações



Servidores protestam em frente do Museu da República por plano de carreira e melhores salários
Foto: O Globo / Gustavo Stephan
Servidores protestam em frente do Museu da República por plano de carreira e melhores saláriosO GLOBO / GUSTAVO STEPHAN
‘Esses números colocam em risco a gestão e até mesmo a existência de boas partes das instituições culturais.” A frase é uma referência à atual situação orçamentária do Ministério da Cultura (MinC), sobretudo quanto aos salários de seus servidores. Foi escrita numa carta, enviada no último dia 15 para Miriam Belchior, ministra do Planejamento. O texto da carta, à qual O GLOBO teve acesso, diz ainda que “essa realidade do MinC e de suas entidades vinculadas (...) tem gerado danosas consequências ao governo e à sociedade”.
Trata-se de uma das mais fortes críticas já feitas ao atual estado da Cultura no país, cujo impacto é ainda maior por terem sido escritas pela própria ministra, Ana de Hollanda. Procurada pelo GLOBO, ela não quis comentar a carta.
O documento reverbera uma insatisfação de grande parte dos 2.667 servidores na ativa do MinC. Na semana passada, dois protestos foram realizados no Rio. O primeiro aconteceu na quarta-feira, envolvendo os servidores da Fundação Biblioteca Nacional (FBN). Sua principal revindicação é sobre as condições estruturais dos prédios — deteriorações constatadas numa visita do GLOBO a seis construções ligadas ao MinC. Desde abril, quando um acidente no sistema de refrigeração afetou o acervo de periódicos na sede da instituição, no Rio, a Biblioteca Nacional está com o ar-condicionado desligado. Há relatos de mal-estar entre os funcionários e reclamações do público.
Um manifesto divulgado pelos servidores da FBN cita vazamentos no telhado, rachaduras nas paredes e instalações elétricas indevidas. “A maior guardiã da memória literária nacional está em estado crítico. Tesouros insubstituíveis como a Bíblia de Mogúncia, a coleção de fotografias de D. Pedro II e muitas outras raridades serão perdidas se atitudes não forem tomadas urgentemente”, diz o manifesto.
Sexta-feira foi a vez de outro ato de servidores, este em frente ao Museu da República. Com dúzias de manifestantes usando pijamas — em alusão à roupa que vestia Getúlio Vargas quando se suicidou, naquele mesmo local e na mesma data (24 de agosto) —, o evento foi chamado de “SOS Cultura!” e priorizou uma antiga reivindicação da categoria: um plano de carreira e melhores salários. Os folhetos distribuídos falam de uma “possível extinção” do ministério e comparam os salários da Cultura aos de outras instituições: “O vencimento do pessoal da Cultura, em final de carreira, corresponde ao salário inicial de vários órgãos do Executivo, como Ibama, IBGE, INPI, Inmetro e DNIT”.
— Já no ano passado, os servidores do MinC nos procuraram, para que ajudássemos a cobrar um acordo salarial feito com a gestão anterior, e sobre o qual houve dificuldade de diálogo com a gestão atual — afirma a deputada federal Jandira Feghali, presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura. — De fato, eles têm uma defasagem salarial. A Cultura não tem sido encarada como prioridade. Seus servidores são vistos como secundários no serviço público.
A própria ministra Ana de Hollanda fez o alerta na carta enviada à sua colega do Planejamento. De acordo com o documento, a taxa de evasão dos funcionários aprovados no último concurso público para o MinC foi de 53% — 55% de funcionários diretamente vinculados ao ministério; 70% no Instituto Brasileiro de Museus, 40% na Funarte; 67% na Fundação Cultural Palmares; 37% na Fundação Biblioteca Nacional e 44% no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Ou seja, das 1.029 vagas abertas em 2010, 541 não estão preenchidas. A ministra lembra ainda que o quadro se agrava com a previsão de 772 aposentadorias até 2017.
— Ninguém mais quer ficar no MinC por conta dos salários e também pela falta de diálogo. A gestão atual diz que dá apoio irrestrito aos servidores, mas nunca se sentou conosco para dialogar. A relação é péssima — afirma Sérgio de Andrade Pinto, vice-presidente da Associação de Servidores do Ministério da Cultura.
Por tudo isso, há o medo de uma nova greve. Nos últimos anos, houve pequenas paralisações. A mais duradoura ocorreu em 2007, quando os servidores pararam entre maio e agosto.

 

O Mensalão


Fux e Rosa votam pela condenação de Pizzolato, Valério e João Paulo

Ministros votam sobre desvio de recursos públicos na Câmara e no Banco do Brasil



Ministra Rosa Weber dá o seu voto
Foto: Agência O Globo / André Coelho
Ministra Rosa Weber dá o seu votoAGÊNCIA O GLOBO / ANDRÉ COELHO
RIO - Após os ministros relator Joaquim Barbosa e revisor Ricardo Lewandowski levarem duas sessões cada um para falar apenas do primeiro dos sete capítulos sobre os crimes denunciados no processo do mensalão, chegou a vez dos demais pares da Corte votarem. Rosa Weber e Luiz Fux iniciaram a primeira parte do julgamento desta segunda-feira mais próximos do voto do relator. A ministra, a primeira a falar, condenou o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT) por corrupção passiva e peculato, os ex-sócios Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach por corrupção ativa e peculato; e o réu Henrique Pizzolato por corrupção passiva e peculato. Fux considerou a ocorrência dos mesmos crimes. Entretanto, ele condenou o réu João Paulo Cunha por dois peculatos e incluiu a condenação de lavagem de dinheiro a João Paulo, Valério e sócios, e Pizzolato - acompanhando, assim, integralmente o voto de Joaquim Barbosa. Rosa Weber condenou o petista por apenas um peculato. Luiz Gushiken, que teve o pedido de absolvição feito pela Procuradoria Geral da República, foi inocentado por ambos.(ACOMPANHE AO VIVO O JULGAMENTO DO MENSALÃO)
A ministra começou sua fala pedindo que os crimes de lavagem de dinheiro imputados aos réus relacionados a supostos desvios no Banco do Brasil e na Câmara dos Deputados fossem analisados posteriormente.
- A ocultação ou dissimulação da lavagem é nada mais do que um iceberg. Vamos manter essa compreensão. Por isso, penso que o exame das imputações do crime de lavagem há de ser deixado para um segundo momento também quanto aos réus João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato. Então, vou postergar o meu voto em relação à tipificação do crime de lavagem com relação a João Paulo Cunha, Henrique Pizzolato e aos outros denunciados para um segundo momento, quando enfrentarmos a questão em uma outra fatia.
Além da postergação do voto sobre lavagem, Rosa Weber só não acompanhou o relator Joaquim Barbosa em relação ao segundo crime de peculato imputado ao réu João Paulo Cunha. Para ela, a subcontratação da empresa IFT pela SMP&B, empresa de Valério e sócios, para prestar serviços à Câmara não proporcionou desvio de recursos públicos. Rosa Weber alegou que os serviços foram devidamente prestados, e que o jornalista Luis Costa Pinto não contratado para auxiliar pessoalmente o ex-presidente da Câmara.
- Eu aduzo que, como o próprio Ministério Público admitiu, e o que encontra-se nos autos, pelas notas fiscais da IFT e pelas minuciosas descrições de Luis Costa Pinto, é de se concluir que os serviços foram efetivamente prestados. Entendo que não é possível afirmar que tais serviços beneficiariam João Paulo Cunha somente em caráter pessoal - disse ela.
Sobre o suposto desvio de recursos praticados no Banco do Brasil, a ministra teve a mesma convicção dos ministros relator e revisor, que pediram a condenação de Pizzolato, Valério e sócios. No entanto, sobre a o conceito de bônus de volume, a ministra se posicionou a favor de Lewandowski.
Após o voto da ministra, o relator Joaquim Barbosa argumentou sobre a denúncia referente à subcontratação da IFT.
- Primeiro ponto: há de fato depoimentos e digamos provas entre aspas segundo os quais ele teria prestado esses serviços não só para a Câmara, mas em caráter pessoal. Citei inúmeros encontros entre Luis Costa Pinto e João Paulo Cunha que não tinham nada a ver com a Câmara. Quando Luis Costa Pinto fez a proposta de trabalho formal à Câmara, segundo a denúncia, ele se comprometeu a apresentar dados, fazer boletins de suas atividades. Há farto material nesse sentido. Ele era visto por todos os cantos com João Paulo Cunha, mas não há nada que possa testemunhar a prestação de serviços. A Câmara dispõe de uma secretaria de comunicação. Dispunha de assessor de imprensa largamente conhecida. Tiro daí a conclusão de que não havia necessidade para a Câmara a contratação de um assessor.
O ministro Ricardo Lewandowski, que fez um contraponto ao voto de Barbosa em relação a essa questão, rebateu:
- Nós temos aqui um acórdão da mais alta Corte de contas do país (TCU), subscrito por dois ex-presidentes e outros eminentes ministros conselheiros, dizendo que todos os serviços contratados pela Câmara foram prestados, tanto os que dizem respeito ao primeiro quanto ao segundo peculato, mais especificamente, sobre a contratação da IFT.
Fux segue voto completo de Barbosa
A maior parte do voto do segundo ministro a votar nesta segundo foi dedicada à discussão sobre as características dos crimes que constam do processo do mensalão e da complexidade do caso. Após o preâmbulo, Luiz Fux indicou rapidamente que seguiria integralmente o voto do relator.
Sobre o favorecimento de R$ 50 mil dado a João Paulo Cunha, Fux explicou por que não concordou com o revisor Ricardo Lewandowski:
- As regras da experiência comum denotam que se hoje formos ao banco receber uma certa importância, vamos ter certa dificuldade. Não se recebe esse valor com essa facilidade. (...) O voto do relator efetivamente me convenceu. Houve prova robusta de que ocorreram reuniões antecedentes, subsequentes, pessoas envolvidas nesses fatos frequentavam o gabinete do parlamentar. Houve entrega de dádivas, que poderiam passar despercebidas se não fosse esse contexto comprobatório - disse ele que, mais à frente, concluiu:
- Com relação ao item 3, voto pela condenação do denunciado (João Paulo Cunha), pelo crime de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Henrique Pizzolato: peculato, na forma como prevista na denúncia, corrupção passiva. Condeno o quinto denunciado (Marcos Valério), Cristiano Paz, e o sétimo também, Ramon Hollebarch. E acompanhar a absolvição do 16º denunciado, Luiz Gushiken, por inexistir prova do réu ter concorrido para crime penal.

Avenida Brasil


Ágata interromperá declaração de amor de Tufão a Nina

Depois decasar com Jorginho(Cauã Reymond) edeixar a mansão, Nina (Débora Falabella) saberá que Ágata não gostou nada de descobrir que Tufão (Murilo Benício) se apaixonou por ela. Nos próximos capítulosde "Avenida Brasil", a cozinheira voltará ao Divino e tentará se explicar à menina. Porém, o plano não dará certo, já que Ágata flagrará o pai conversando com a cozinheira e ficará com mais raiva.
A dançarina entenderá que Nina causou a separação dos pais. Por isso, não engolirá a história e chegará até a tratar Tufão mal. Certo dia, quando ele levar a filha para um ensaio de dança na rua, Nina aparecerá. A chef ficará olhando a garota de longe, mas será descoberta por Tufão, que a esta altura estará aflito, sem saber o paradeiro da ex-empregada.
- O que houve contigo, Nina? Você sumiu! Tá chateada comigo? Liguei e você não atendeu, não respondeu às minhas ligações. Eu tinha tanta coisa para te falar!
Nina dirá que está se preparando para o casamento, mas o ex-craque insistirá:
- Você não tem que casar com esse cara, assim, correndo? Espera, me dá uma chance! Deixa eu mostrar que eu posso te fazer mais feliz que esse cara. Ele nem te valoriza, Nina. Esse sujeito não aparece nunca! Você fez brotar um sentimento. É grande demais, chega a doer, não estou dando conta!
Ágata notará a presença da chef e abandonará o grupo imediatamente. Ela puxará Tufão e pedirá para voltar para a mansão.
- Oi, Ágata! Estava com saudade de você, vim te ver - dirá Nina.
- Eu não estava com saudade nenhuma de você, Nina. Pode ir embora! - rebaterá Ágata.
Tufão perguntará o motivo de a filha ter tomado essa atitude. Ela dirá que Nina é mentirosa e que fingiu ser amiga para roubá-lo de Carminha (Adriana Esteves).