quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Rui Falcão chama imprensa de ‘oposição sem cara’ e diz que é preciso combatê-la


Presidente do PT também discursou contra o Ministério Público


Rui Falcão ataca os meios de comunicação
Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo
Rui Falcão ataca os meios de comunicação Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA - Ao participar nesta quarta-feira da primeira reunião da bancada do PT na Câmara este ano, o presidente da legenda, Rui Falcão, criticou setores da mídia e do Ministério Público e avisou que o partido irá se dedicar à luta pela democratização dos meios de comunicação este ano. Segundo ele, é preciso regulamentar os artigos de 220 a 222 da Constituição Federal, garantindo a desconcentração do mercado, a produção cultural regional, a valorização da produção independente, a universalização da banda larga, e o direito de resposta, entre outros pontos. Falcão criticou ainda o que chamou de antecipação da campanha eleitoral por parte da oposição e disse que o PT não cairá neste jogo que encurtaria o mandato da presidente Dilma Rousseff.
Segundo o presidente do PT, a democratização dos meios de comunicação é fundamental para a liberdade de expressão. Rui Falcão afirmou que no Brasil, além da oposição parlamentar, existe uma outra oposição formada por setores da mídia e setores do Ministério Público que tem agido para tentar desqualificar a política. Falcão afirmou ainda que representantes da associações de empresários da mídia já assumiram o papel de oposição no país.
- Sejamos francos: quem é oposição no Brasil hoje? Temos a oposição parlamentar, mas há uma oposição mais forte, extrapartidária que não mostra a cara, mas se materializa em declarações como a de Judith Brito (vice-presidente da Associação Nacional de Jornais - ANJ) que disse :"como a oposição não cumpre o seu papel, nós temos que fazê-lo" - disse Rui, acrescentando:
- Vamos às redes sociais e aos partidos lutar pela liberdade de expressão. Esses a quem eu nominei, que tentam interditar a política no Brasil, essa oposição extrapartidária que quer fazer com que se desqualifique a política e quando a gente desqualifica a política, abre campo para aventuras golpistas que levaram ao nazismo, fascismo e devemos afastar do nosso país. Combater essa oposição sem cara, mas com voz é um dos objetivos do PT nessa conjuntura.
Depois, em entrevista à imprensa, os jornalistas indagaram se Falcão incluía entre os que integram a "oposição sem cara" o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Depois da fala de Falcão, o nome de Gurgel foi citado pelo deputado Fernando Ferro (PT-PE), que defendeu ainda levar adiante na Câmara uma proposta de fiscalização e controle de atos de Gurgel.
- Há setores do Ministério Público que têm tido atuação partidária. Agora inclusive, toda essa manipulação em torno do presidente Lula, deixa evidente que há uma ação deliberada no sentido partidário, de oposição - disse Falcão, acrescentando que é uma prerrogativa da Câmara a proposta de fiscalização de atos do Gurgel.
Mensaleiros participam do encontro
O ex-presidente do PT, José Genoino (SP), condenado no processo do mensalão, participou deste encontro, o primeiro realizado depois que ele tomou posse como suplente. Ele fez questão de cumprimentar os colegas e assessores e, quando seu nome foi citado pelo líder da bancada e seu irmão, José Guimarães (CE), recebeu muitos aplausos. O ex-presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), também participou da reunião, mas apenas durante o início.
Rui Falcão afirmou que a oposição mudou o foco dos ataques ao governo do PT, deixando de lado os ataques relativos ao mensalão e passando para criticar pontos como o PIB menor, a possibilidade de racionamento de energia e desentendimentos entre Dilma, o PT e o o presidente Lula, que, segundo ele, nunca existiram. Ele afirmou ainda que Lula não está em campanha e apoiará Dilma em 2014.
- A oposição, desesperada com o sucesso do governo e medidas populares adotadas lança mão de seus ataques. Mas nestes 10 anos o Brasil mudou para melhor. Como os ataques contra a Ação Penal 470 não produziram resultados que esperavam, a oposição abriu a metralhadora giratória: Pibinho, racionamento de energia, má gestora, desentendimentos entre ela (Dilma) e o PT que nunca existiram, entre ela e Lula, a restrição de investimentos (...) Não nos precipitaremos, significaria encontrar o mandato da presidente Dilma, de um governo bem sucedido. Não vamos entrar nesse jogo, mas vamos rebater _ disse Falcão.
O presidente do PT disse ainda que o partido fará um movimento de coleta de assinaturas populares para fazer a reforma política.
Líder minimiza críticas do presidente do PT
Depois do encontro da bancada do PT, o líder do partido na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), procurou minimizar o impacto das críticas à imprensa feitas pelo presidente do PT, Rui Falcão. O líder disse que não há uma posição de bancada sobre a questão da regulamentação da mídia e que era uma posição do presidente PT. Mas não considerou as críticas pesadas.
- Essa é uma discussão mais ampla. Mas ele (Rui Falcão) não fez crítica pesada (contra a imprensa). Mas ele é o presidente do PT, por que não perguntou para ele? Essa foi a primeira reunião da bancada. Estamos num momento de unidade interna, de manter a sintonia com a direção nacional. Só temos uma disputa: a defesa do partido nacional - disse Guimarães.
Guimarães disse também que o comando da Câmara será do PMDB, mas que os petistas farão valer o poder de maior bancada da Casa. Guimarães disse que o PT está fechado com a candidatura de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a Presidência da Câmara, mas disse qua qualquer discussão importante na Casa, como royalties ou Fundo de Participação dos Estados (FPE), terá que passar pelo PT, por ser a maior bancada.
- Qualquer discussão tem que passar pela bancada do PT: royalties, vetos, FPE. Nâo tem pacote para lá ou pacote para cá. Somos a maior bancada. Ou é assim, ou a gente vira a mesa - disse Guimarães.


Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Duas clientes em um salão de beleza:": 
Muito boa! 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sócios da boate Kiss têm ficha na polícia por agre...": 
Tá tudo errado mas não devemos perder o foco. O problema em questão é como evitar novas ocorrências deste tipo de criminosa omissão tanto dos empresários como como dos responsáveis pela fiscalização. 

Hipócrates deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O Monstro Acordou - Luiz Garcia": 
A imprensa nada resolve mas é um instrumento indispensável para a remoção dos tumores sociais.
De nada adianta um bisturi com lamina cega.

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "O monstro acordou, por Luiz Garcia": 
Os maus hábitos custam a se erradicados.

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Os verdadeiros proprietários do Brasil, por Carlos...": 
A falta de transparência é a mãe de todas as falcatruas. 


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Cara ou Coroa - Alberto del Castillo


CARA

Uma das faces da moeda se chama “Django Livre” obra de Quentin Tarantino.
O diretor, descendente autêntico de Shakespeare no cinema moderno, mantém sua abordagem de temas polêmicos onde, apresentando os dois lados de um debate, deixa as conclusões por conta do espectador.
Os diálogos magistralmente construídos transmitem uma dramaticidade despojada de efeitos acessórios (sonoros ou visuais). A tensão crescente das discussões tem como válvula de segurança cenas de extrema violência para aliviar a pressão psicológica gerada pelos debates mal resolvidos.
A eterna luta do bem contra o mal, da vida contra a morte, do amor contra o ódio é o foco central desta e de todas as obras de arte criadas pelo homem.
Rotular este filme como antirracista ou não, é ter uma visão estreita da abrangência das forças em choque neste Tarantino.
O racismo é reduzido à sua real insignificância quando é evidenciado que a maldade partindo de brancos ou negros tem como objetivo,indistintamente, brancos ou negros, dependendo apenas da busca pelo poder ou ganhos materiais.
Ao lado das aberrações das relações escravo e senhor, as maiores crueldades do filme têm como origem e destino gente da mesma cor.
O período imediatamente antes da Guerra Civil está retratado como uma bomba relógio pronta para ser explodida pela desagregação social da época.



COROA

A outra face da moeda se chama “Lincoln” obra de Steven Spielberg.
O diretor, um dos líderes da geração Três Mosqueteiros, juntamente com Coppola e Scorsese, tem um leque de realizações variando de filmes de aventura, ação, dramas etc.
A ação se desenvolve a partir da reeleição do presidente até sua morte. O filme mostra o drama do exercício do poder em época de crise profunda da sociedade.
É importante saber que antes da reeleição o Presidente Lincoln estava praticamente derrotado pelo impasse da guerra civil onde nenhuma vitória fora alcançada por vários meses.
Neste período o partido de Lincoln queria aprovar a emenda abolicionista, mas o candidato fragilizado não queria arriscar mais uma polêmica.
As vitórias no Mississippi e na Geórgia viraram o jogo e Lincoln saiu vitorioso.
Mesmo reeleito a pressão por negociar a paz com o sul aumentou e Lincoln só admitia rendição incondicional para evitar que suas medidas fossem rejeitadas por novos governos confederados. Agora o presidente defendia com unhas e dentes a emenda da libertação dos escravos e a Câmara ofendida por sua mudança de posição fazia uma oposição ferrenha.
Neste momento vemos a implantação do mensalão americano. A operação montada por Lincoln tinha seu Zé Dirceu e seu Valério para comprarem os votos do Congresso.
A operação de lá assim como a daqui foram bem sucedidas com uma ressalva.
Lá o Lincoln foi assassinado e os bandidos ficaram livres e aqui os bandidos foram condenados e o Lula está livre.
A atuação de Daniel Day-Lewis como Lincoln é digno do Oscar de melhor ator de todos os tempos.
O filme é magnífico.
Na cara ou coroa sugiro que levem as duas.

O Monstro Acordou - Luiz Garcia




A imposição de censura à imprensa é um instrumento típico do arsenal de recursos usado por regimes de força — ou seja, ditaduras com variados graus de limitações à liberdade de pensamento e ação dos cidadãos. 

Em todos os regimes democráticos de boa estrutura, há limites para a manifestação de opinião, visando a impedir e punir três tipos de abusos bem conhecidos: injúria, difamação e calúnia. Nada além disso, obviamente. Mas é realmente espantoso que num país como o nosso, com um regime democrático firmemente estabelecido, descubra-se que juízes, supostamente guardiães das liberdades vitais para o sistema político, recorram à censura dos meios de comunicação. 

Devemos à Associação Nacional de Jornais a descoberta — um tanto tardia — que o velho monstro despertou entre nós. Um levantamento da ANJ revela que em 2008 foram seis casos; no ano seguinte, dez episódios; depois, respectivamente, 16, 14 e 11. 

Um caso típico aconteceu em Vitória, no Espírito Santo: a juíza Ana Cláudia Soares determinou ao jornal eletrônico "Século Diário" que eliminasse editoriais e notícias sobre ações de um promotor de Justiça. Há registro de outros episódios recentes, em Macaé, no Estado do Rio, e no município gaúcho de Cachoeira do Sul. Ninguém prestou atenção porque foram decisões de efeito local. O Supremo Tribunal Federal criou, em novembro do ano passado, no Conselho Nacional de Justiça, por iniciativa do hoje aposentado ministro Carlos Ayres Britto, o Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa. Registre-se que ele foi apenas criado: ainda não funciona. 

E esse organismo não terá poderes de impedir o gosto de juízes pela censura: vai apenas examinar casos e discutir o problema. O próprio Ayres Britto já disse que o fórum não castigará qualquer juiz: sua principal atividade será estimular a discussão do problema. 

Um porta-voz da ANJ, que terá assento no fórum, disse esperar que os juízes de primeira instância entenderão o recado implícito na criação do órgão. Mas talvez seja excesso de otimismo: pode-se considerar provável que juízes que não levam em conta o direito universal à liberdade de expressão também ignorem opiniões que não estejam acompanhadas por alguma forma de punição. 

Afinal de contas, quem se porta mal e não é castigado muito raramente muda de comportamento. Isso vale tanto para crianças como para adultos.
A juíza Ana Cláudia Soares determinou ao jornal eletrônico 'Século Diário', de Vitória, que eliminasse editoriais e notícias sobre ações de um promotor de Justiça. Há outros episódios.

Os verdadeiros proprietários do Brasil, por Carlos Tautz



À pergunta 'quem são os mais poderosos do Brasil?”, a resposta tem sido “a lista das maiores empresas, por faturamento, publicadas anualmente pela imprensa brasileira”. Porém, ainda que neste rol estejam de fato alguns dos maiores capitalistas nacionais, nem sempre os proprietários últimos são ali encontrados.
Com esta questão na cabeça, e um enorme trabalho a fazer em mãos, o Instituto Mais Democracia, co-coordenado pelo autor deste artigo, e a Cooperativa EITA-Educação, Informação e Tecnologia para a Autogestão, toparam o desafio. E descobriram que o conglomerado Telefônica, a Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), o grupo Telemar, a holding Bradesco a família Gerdau são os maiores proprietários últimos do Brasil. A lista completa está em www.proprietariosdobrasil.org.br.
A pesquisa leva em consideração a receita dos maiores grupos de capital aberto existentes no Brasil, mas incorpora as participações societárias cruzadas que os grupos privados têm entre si, incluindo também a participação do Estado brasileiro, através de suas estatais.
Foram considerados apenas os grupos privados e, ainda, não a União como proprietária última.
Da pesquisa surgiram nomes que em geral não frequentam o noticiário. Entre eles estão a Wilkes Participações (sociedade de Abílio Diniz com os franceses do Casino no controle do Pão de Açúcar), a Blessed Holdings (leia-se frigoríficos JBS e Bertin), o Santander e os conglomerados de Jereissati e Grupo Ultra. Os 12 primeiros da lista ancoram mais de 51% do poder acumulado.
Nota-se a participação e articulação de diferentes frações do Estado nacional com esses diversos grupos, não apenas na participação acionária que detêm neles, mas, também, através do financiamento direto através do BNDES (o eixo central dessa grande articulação de poder) , além de outros bancos estatais e variados tipos de subsídios, diretos e indiretos.
Não há estado de direito sem que a sociedade conheça as estruturas de poder econômico do setor privado e suas influências nas orientações de estratégia econômica e de desenvolvimento do Brasil.
Uma cortina de fumaça recobre a estrutura de poder econômico no País e isenta seus agentes máximos de qualquer responsabilidade sobre os danos sociais, econômicos, culturais e ambientais gerados pelas ações das empresas que controlam. É esta a principal estratégia de “desaparecimento” que estes grupos e suas conexões com o Estado operam.
Jogar um facho de luz sobre esta cortina de fumaça é um importante passo no sentido de retomar à sociedade o controle da economia, o bunker de poder que ainda precisa ser entendido e pressionado, para que o Brasil se identifique, de fato e de direito, como uma democracia.

Carlos Tautz, jornalista, é coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e Controle Cidadão de Governos e Empresas 


Sócios da boate Kiss têm ficha na polícia por agressão e estelionato



  • Kiko Spohr é acusado de agredir clientes em duas ocasiões; já Mauro Hoffmann tem registro na polícia por golpe
  • Os dois foram presos nesta segunda-feira por incêndio que provocou 231 mortes

Mauro Hoffmann foi levado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, no distrito de Santo Antão Foto: Emerson Souza/Agência RBS
Mauro Hoffmann foi levado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria, no distrito de Santo Antão Emerson Souza/Agência RBS
SÃO PAULO e SANTA MARIA — Presos e com bens bloqueados pela Justiça nesta segunda-feira, Elissandro Callegaro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, sócios da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, já tinham ficha na polícia gaúcha: o primeiro é acusado de agredir clientes em duas ocasiões e ainda de se envolver em um acidente de trânsito com lesão culposa, e o segundo é suspeito de estelionato. As duas queixas de agressão contra Spohr foram comunicadas pelos próprios clientes da danceteria. Já a ocorrência de trânsito foi encontrada no banco de dados do Departamento Estadual de Informatica Policial (Dinp). Nos arquivos da polícia, o nome de Mauro Hoffmann aparece relacionado a um caso de estelionato, no entanto, a polícia não deu mais detalhes da acusação.
Sob custódia da polícia gaúcha em hospital de Cruz Alta, onde alega que se internou por causa da inalação de fumaça, Kiko Spohr foi acusado de agressão corporal na danceteria no dia 18 de abril de 2010, mesmo ano do acidente de trânsito, como descrevem os boletins policiais. O segundo caso de agressão a cliente da boate ocorreu no dia 30 de janeiro de 2011. Já o caso de estelionato envolvendo Mauro foi registrado no dia 20 de novembro de 2011. Estes boletins podem ou não virar inquérito policial, dependendo a decisão da autoridade responsável pela área.

A conta de Kiko Spohr no Facebook foi palco, durante esta segunda, de um confronto verbal entre amigos do empresário e internautas inconformados com o descaso da boate com a segurança dos frequentadores. O dono de uma empresa de produções artísticas, que pediu para não ser identificado, disse que Kiko não gostava de pagar cachês alegando que o palco da Kiss, por ser uma das casas noturnas mais conhecidas do Rio Grande do Sul, era uma vitrine para qualquer grupo musical.Embora a polícia gaúcha o aponte como um dos donos da Kiss, Kiko tem em seu nome apenas 96% de participação na empresa Verdes Vales Distribuidora de Pneus, representante da GP Pneus em Santa Maria. Seu pai é dono da Pneus Continental. Na cidade e na cena artística gaúcha, Kiko é tido como o empresário da danceteria, responsável pela contratação das atrações, além de ser vocalista do Projeto Pantana, banda que se apresentava com frequência na Kiss e na Absinto Hall, outra casa noturna em Santa Maria ligada ao empresário Mauro Hoffmann.
Kiko já levou nomes como o de Dado Villa-Lobos, da Legião Urbana, para tocar na Kiss, bem como subiu ao palco para tocar ao lado dos Cachorro Grande, uma das bandas de rock mais conhecidas do Rio Grande do Sul. No site do Projeto Pantana, ele aparece ao microfone numa das apresentações da banda. O blog do grupo foi retirado do ar.
Ao depor no dia do incêndio, Elissandro admitiu que o alvará de funcionamento estava vencido, mas que já havia pedido a renovação. Ele culpou a banda Gurizada Fandangueira pelo início do incêndio e negou ter ordenado aos seguranças que impedissem a saída dos jovens da festa na hora que o fogo começou. Também negou ter retirado do local o computador que armazenava as imagens gravadas pelas câmeras de segurança da boate. As gravações não foram localizados na boate, razão pela qual a polícia pediu a prisão de Kiko, Mauro e de dois integrantes da Gurizada.
Entenda a tragédia
Na madrugada do dia 27 de janeiro, centenas de jovens participavam de uma festa na boate Kiss, no Centro de Santa Maria. O fogo começou durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira. Por volta de 2h30m, um dos integrantes do grupo utilizou um sinalizador luminoso, cujas fagulhas atingiram a espuma de isolamento acústico da casa noturna, provocando o incêndio. As vítimas buscaram rotas de fuga, no entanto, segundo relato de sobreviventes, um grupo de seguranças bloqueou a única saída da boate para evitar que os clientes saíssem sem pagar. Sem conseguir sair do estabelecimento mais de 200 jovens morreram e outros 100 ficaram feridos. A maioria dos mortos foi vítima de intoxicação pela fumaça. Os bombeiros encontraram dezenas de corpos empilhados nos banheiros, onde muitos ainda tentaram se proteger, e em frente à porta da boate. O incêndio, que teve repercussão internacional, é considerado o segundo maior da História do país e a maior tragédia do Rio Grande do Sul.
Com 262 mil habitantes, Santa Maria é uma cidade universitária que fica na região central do estado. A festa, chamada de “Agromerados“, reunia estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFMS). A maior parte deles tinha entre 16 e 20 anos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o plano de prevenção contra incêndios da boate Kiss estava vencido desde agosto de 2012. (SAIBA COMO FOI O INCÊNDIO)
Localizada na Rua Andradas, a boate Kiss costumava sediar festas e shows para o público universitário da região. A casa noturna é distribuída em três ambientes — além da área principal, onde ficava o palco, tinha uma pista de dança e uma área vip. Segundo informações do site da casa noturna, os ingressos custavam R$ 15.


O monstro acordou, por Luiz Garcia



A imposição de censura à imprensa é um instrumento típico do arsenal de recursos usado por regimes de força — ou seja, ditaduras com variados graus de limitações à liberdade de pensamento e ação dos cidadãos.

Em todos os regimes democráticos de boa estrutura, há limites para a manifestação de opinião, visando a impedir e punir três tipos de abusos bem conhecidos: injúria, difamação e calúnia. Nada além disso, obviamente.
Mas é realmente espantoso que num país como o nosso, com um regime democrático firmemente estabelecido, descubra-se que juízes, supostamente guardiães das liberdades vitais para o sistema político, recorram à censura dos meios de comunicação.
Devemos à Associação Nacional de Jornais a descoberta — um tanto tardia — que o velho monstro despertou entre nós. Um levantamento da ANJ revela que em 2008 foram seis casos; no ano seguinte, dez episódios; depois, respectivamente, 16, 14 e 11.
Um caso típico aconteceu em Vitória, no Espírito Santo: a juíza Ana Cláudia Soares determinou ao jornal eletrônico “Século Diário” que eliminasse editoriais e notícias sobre ações de um promotor de Justiça.
Há registro de outros episódios recentes, em Macaé, no Estado do Rio, e no município gaúcho de Cachoeira do Sul. Ninguém prestou atenção porque foram decisões de efeito local.
O Supremo Tribunal Federal criou, em novembro do ano passado, no Conselho Nacional de Justiça, por iniciativa do hoje aposentado ministro Carlos Ayres Britto, o Fórum Nacional do Poder Judiciário e Liberdade de Imprensa. Registre-se que ele foi apenas criado: ainda não funciona.
E esse organismo não terá poderes de impedir o gosto de juízes pela censura: vai apenas examinar casos e discutir o problema. O próprio Ayres Britto já disse que o fórum não castigará qualquer juiz: sua principal atividade será estimular a discussão do problema.
Um porta-voz da ANJ, que terá assento no fórum, disse esperar que os juízes de primeira instância entenderão o recado implícito na criação do órgão. Mas talvez seja excesso de otimismo: pode-se considerar provável que juízes que não levam em conta o direito universal à liberdade de expressão também ignorem opiniões que não estejam acompanhadas por alguma forma de punição.
Afinal de contas, quem se porta mal e não é castigado muito raramente muda de comportamento. Isso vale tanto para crianças como para adultos.

Duas clientes em um salão de beleza:



 Desculpe perguntar, amiga, mas reparei que você não tem nenhum fio de cabelo branco. Como é possível? 
 É muito fácil, amiga: pinto de preto. 
 Desculpe a ousadia, mas você poderia me dar o telefone desse crioulo?

domingo, 27 de janeiro de 2013

A barrigada do El País e Dilma na TV, por Vitor Hugo Soares



Os incomodados que me perdoem. Não dá para passar batido, neste espaço de opinião, sobre o que considero – cada um a seu modo e em seu respectivo contexto - dois dos fatos jornalísticos mais interessantes, relevantes e dignos de análises nesta penúltima semana de janeiro de 2013 para não esquecer.
1: A monumental barrigada do respeitável jornal espanhol El País, ao divulgar na página web e na capa de sua nobre e acatada edição impressa, quinta-feira (24), foto bizarra de um cidadão entubado, careca (vale neste caso estranho observar o detalhe em linguagem crua e politicamente incorreta), identificado como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, moribundo em leito hospitalar de Havana, Cuba.
Um caso gritante e nada exemplar, logo se vê, do desejo submerso atropelando o fato e a verdade que está “no olho da cara”.
2- O polêmico (pode parecer óbvia, mas não há palavra mais apropriada neste caso) e desconcertante pronunciamento da presidente da República, Dilma Rousseff, em rede nacional de TV e Rádio, um dia antes.
Primor de peça de oratória política, comunicação e propaganda de governo, objetivando alcançar vários objetivos com uma paulada só, a saber:
A) Anunciar para usuários comuns e grandes consumidores industriais de energia, a redução significativa para o bolso e o caixa, da conta mensal de luz, a valer a partir de quinta-feira (24);
B) bater duro na cabeça dos reativos “pessimistas” e "alarmistas" - leia-se oposicionistas e adversários em geral, mas principalmente os tucanos FHC, Serra e Aécio Neves - ;
C) lançar com toda pompa, circunstância e largo alcance no País e lá fora, a campanha de reeleição, com quase dois anos de antecedência, da atual ocupante do Palácio do Planalto, na disputa presidencial das eleições de 2014.
“Eta ferro!”, como gostam de gritar os cariocas diante de situações como estas duas, anotadas no correr dos últimos sete dias.

Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mailvitor_soares1@terra.com.br

Cartas de Buenos Aires: Encontros e Desencontros - Gabriela Antunrd



Há pouco menos de um século, o escritor Raúl Scalabrini Ortiz tentava entender e destrinchar os pormenores do ”bicho” portenho no seu livro “O Homem que está sozinho e espera”.
“Toda referência de um homem a uma mulher por parte de um portenho é marrenta. Seus juízos são cheios de animosidade, provocações discordantes e com um sorriso cético roubando a flor do lábio”, Ortiz escreveu.
Um passeio pelas velhas ruas do bairro de Almagro, Centro ou Boedo, e outros bairros ainda não desfigurados pelo turismo, nos revela bares e cafés com a presença de maioria masculina.
São homens soturnos e solitários, acompanhados apenas pelo jornal e café, em uma cena que já faz parte da alma da cidade.
Uma metrópole construída à beira de um ataque sentimental, e sob a mirada inquietante de uma relação desfeita, nos dá o mapa de um amor levado às últimas consequências no livro “O Passado”, do escritor portenho Alan Pauls.
Nele, Buenos Aires comporta até uma célula terrorista operando sob a chancela de um clube de “Mulheres que amam demais”, não difícil de imaginar na capital que arde como arde.
Buenos Aires é uma cidade de encontros e desencontros, como ilustrou com maestria o filme “Medianeras”, de 2011, uma bela sugestão para entender as relações contemporâneas portenhas.
Outra perturbadora e poética visão sobre o amor e a cidade pode ser vista no clássico filme dos anos noventa “O lado escuro do coração”.
Nele, o protagonista se embrenha pelos bares e becos escuros da capital em busca de “uma mulher que saiba voar”.
No ano passado, os solteiros no país totalizaram 15 milhões, superando todos os demais grupos. Em Buenos Aires, segundo uma pesquisa do Governo da cidade, quase metade da população está “solita”.
Agora, soma-se, aos grupos de viúvos e divorciados, uma categoria à parte: os “abandonados”. Depois de encontrar seus objetos encaixotados na casa que compartilhava com a mulher e voltar a morar com os pais, o músico argentino de 35 anos Roberto Lázaro decidiu dividir sua experiência e criar “O Clube dos Homens Abandonados por Mulheres” (foto abaixo).

 
 Foto:/ arquivo pessoal /Facebook)

"Achei que nós (os abandonados) podíamos nos unir nesta dor", disse essa semana à jornalista Marcia Carmo, da BBC Brasil.
O clube para ”losers” assumidos já tem mais de mil fãs no facebook e se reúne, em média, uma vez a cada 15 dias. Lázaro se transformou em uma celebridade local, graças a entrevistas e ao hit que compôs sobre sua experiência no youtube.
Buenos Aires não apenas é uma cidade de encontros e desencontros, mas principalmente de encontros excepcionais, onde até os abandonados acham companhia para dividir suas dores de cotovelo.

Gabriela G. Antunes é jornalista e nômade. Cresceu no Brasil, mas morou nos Estados Unidos e Espanha, antes de se apaixonar por Buenos Aires. Na cidade, trabalhou no jornal Buenos Aires Herald, mantém o blog Conexão Buenos Aires e não consegue imaginar seu ultimo dia na capital argentina. Estará aqui todos os sábados.

O Gato Voador


Esquadrão antibombas do RS é acionado e manda gato pelos ares

  • Fato inusitado ocorreu no estacionamento do Aeroporto Internacional de Porto Alegre
  • Animal, que estava dentro de uma caixa, foi destroçado por jato d’água; polícia afirma que gato já estava morto
PORTO ALEGRE — Uma operação do Gate (Grupamento de Operações Táticas Especiais) no aeroporto internacional de Porto Alegre terminou nesta sexta-feira de maneira inusitada: um gato morto e filas de passageiros à espera de táxis na área de desembarque do terminal. Uma caixa amarela deixada no estacionamento destinado a motos acabou sendo aberta pelo esquadrão antibombas e espalhou sangue no chão e numa parede. Segundo informações da Brigada Militar, o gato já estava morto quando foi deixado no local.
A caixa, que media 20 centímetros de largura por 30 centímetros de altura, foi notada no início da tarde da sexta-feira por um funcionário da Infraero. Como estava lacrada, logo se espalhou a suspeita de que fosse uma bomba. A segurança do aeroporto acionou o Gate. No estacionamento havia dez motocicletas.
Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e pelo menos quatro viaturas da Brigada Militar foram deslocadas para o terminal. A área externa foi isolada, mas a Infraero informou que a operação não afetou os voos. O embarque de passageiros nos táxis do terminal, entretanto, acabou afetado, causando irritação em motoristas e clientes.
A unidade do Gate chegou ao local pouco antes das 14h. O comandante do Grupamento, capitão Santos Rocha, informou que várias testemunhas relataram que a caixa exalava um cheiro ruim, indicando que o animal já estivesse em estado de decomposição. Ele disse que a hipótese é de que o felino estivesse morto há alguns dias.
- Provavelmente alguém descartou o gato na área do aeroporto sem intenção de causar transtorno. Mas o procedimento de rotina exige que qualquer objeto suspeito seja tratado como um risco potencial, inclusive de bomba – explicou o oficial.
O procedimento de abertura da caixa foi feito com um canhão desruptor, que joga um jato de água sobre o objeto sem o risco de haver uma detonação na hipótese de conter explosivos. A operação durou menos de duas horas.
A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil, que ainda analisa a possibilidade de abrir uma investigação para o caso.


Comentários dos Leitores

Symphronio de Labuquer deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Eleições no Congresso: azarões criticam acordos e ...": 
Li em algum lado um leitor do O GLOBO que diz que Renan luta por sentar-se na "cadeira azul ainda fortemente impregnada das bufas do Sarney".Bufa é uma velha expressão portuguesa usada para disfarçar a brutalidade sonora da palavra "peido", o que não distingue o abominável fedor a que se refere o leitor do jornal acima. Com efeito, Renan e Sarney são dois iguais: velhos políticos profissionais re-corruptos que vivem da política e que nela se abastecem a si e a seus familiares - no que diz, com cínica razão o Apedeuta-Chefe, é o objetivo de todo político brasileiro, que sempre fez assim e sempre o fará. Que imensa tragedia esta que vive nosso país, que já conheceu gente melhor,muito melhor, no Senado da Repúbica. Quem sabe, Pedro Taques seria uma solução? Certamente será derrotado pela jamanta maranhense, mas vamos ver. Assinei hoje uma petição contra Renan, já havendo cerca de quinze mil outras assinaturas. Com certeza é tarde, mas é mais um protesto. MERDA! 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Flamengo fica no empate com o Madureira": 
Ora direis, o Flamengo não venceu, e eu vos direi no entanto que para vencer é necessário preparar um time e contar com uma torcida apaixonada.
Só falta preparar um time. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Eleições no Congresso: azarões criticam acordos e ...": 
Faltam "regras" nas disputas políticas no Brasil. Sua ausência impede a geração de novas idéias, novos políticos e um novo país.
Resumindo a atividade política esta esterilizada pelos corruptos inamovíveis de sempre. 

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Eleições no Congresso: azarões criticam acordos e loteamentos - Junia Gama




 O Globo
Na reta final da disputa pela presidência da Câmara e do Senado, dois parlamentares tentam até o último instante se firmar como alternativa às candidaturas previamente acertadas dos peemedebistas Renan Calheiros (AL) e Henrique Alves (RN).
Em comum, o senador Pedro Taques (PDT-MT) e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) criticam os “acordões” e loteamento de cargos na Mesa e em comissões que seus adversários fazem desde o ano passado com partidos para garantir a eleição. Também condenam o fato de seus adversários precisarem se defender de denúncias. Na Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG) bombardeia:
— Ele (Henrique Alves) ofereceu a mesma coisa para dois partidos. Como vai fazer para cumprir, não sei. Acabou fazendo muita promessa para muita gente. Esse tipo de acordo é no mínimo desrespeitoso com a representatividade dos partidos — afirma o socialista.

Flamengo fica no empate com o Madureira


  • Ibson botou o rubro-negro na frente, mas Rodrigo deixou tudo igual em Conselheiro Galvão
  • Time de Dorival pega o Volta Redonda no domingo

Madureira e Flamengo jogam em Conselheiro Galvão Foto: Jorge William
Madureira e Flamengo jogam em Conselheiro Galvão Jorge William
RIO - Após um bom começo com vitória sobre o Quissamã, o Flamengo tropeçou na segunda rodada da Taça Guanabara. De volta a Conselheiro Galvão após oito anos, o time de Dorival Júnior empatou em 1 a 1 com o Madureira na tarde desta quarta-feira. Ibson marcou para o Fla e Rodrigo, cobrando pênalti, deixou tudo igual.
Na próxima rodada, domingo, o Flamengo pega o Volta Redonda. O Madureira joga contra o Boavista, também no domingo.
Se não foi um primor técnico, o primeiro tempo ao menos teve bastante movimentação. Os dois times apostaram em jogadas pelas laterais e levaram perigo, apesar de poucas oportunidades claras terem sido criadas. O Madureira teve um bom chute com Ramon e um cabeceada de Derlei, enquanto o Fla perdeu boa chance com Nixon. Aos 43 minutos, quando parecia que o jogo iria para o intervalo sem gols, Rodolfo deu belo passe pelo alto para Ibson, que apareceu livre diante do goleiro Marcio para fuzilar e abrir o placar para o Flamengo.
A vantagem rubro-negra sumiu logo no começo do segundo tempo. Aos seis minutos, Derlei girou na área em cima de Felipe Dias e foi agarrado. Pênalti, que Rodrigo bateu com perfeição para empatar a partida. Pouco depois, aos 11, Derlei recebeu livre na área e bateu colocado para boa defesa de Felipe. Aos 13, Dorival Júnior resolveu trocar Felipe Dias, que levou amarelo no lance do pênalti, por Renato Abreu.
Com Adryan e Luiz Antônio também em campo no segundo tempo, o Flamengo ensaiou uma pressão, mas não conseguiu se impor. Hernane, apagado entre os zagueiros do Madureira, praticamente não foi notado. E o Tricolor Suburbano levou perigo em alguns contra-ataques, quase marcando o gol da virada aos 35, quando Derlei e Carlinhos tiveram duas chances no mesmo lance.


A Palavra do Dia


Caaba
Pequeno edifício em formato cúbico situado na cidade de Meca, na Arábia Saudita, a Caaba é comumente designada pelos árabes como Bayt Allah (casa de Deus). Em seu exterior,encravada em uma moldura de prata, encontra-se Hajar elAswad, a Pedra Negra, que tem cerca de 50 centímetros de diâmetro e é uma das relíquias mais sagradas do islã. Outra característica marcante da Caaba é o véu de seda preto que a cobre inteiramente, ornamentado com uma faixa bordada e uma larga inscrição que reproduz o texto da confissão da  islâmica. Não  um consenso sobre a origemda Caaba. Alguns acreditam que ela tenha sido enviada do céue restaurada por Abraão e seu filho Ismael após o dilúvio.Outros creem que o prédio teria sido obra do próprio Abraão.Outros, ainda, atribuem a criação do prédio a Adão. A Caaba é o centro das peregrinações islâmicas – todo muçulmano que tenha condições financeiras e de saúde deve ir a Meca pelo menos uma vez em sua vida. 
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