Ex-primeiro-ministro pode ser proibido de ocupar cargos públicos pelo resto da vida
- Italiano é acusado de pagar pelos serviços sexuais de uma adolescente marroquina
MILÃO - A promotoria de Milão pediu nesta segunda-feira a condenação a seis anos de prisão para o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi e a proibição de ocupar cargos públicos pelo resto da vida, no julgamento por prostituição de menor, conhecido como o Caso Ruby. Berlusconi é acusado de pagar pelos serviços sexuais de uma adolescente marroquina durante uma grande festa que foi organizada por ele quando era primeiro-ministro e de depois tentar encobrir.
- Não há dúvida de que Ruby teve relações sexuais com o acusado em troca de vantagem econômica - afirmou a procuradora.A promotora Ilda Boccassini disse durante as alegações finais que a mulher, Karima El Mahroug, mais conhecida como Ruby, havia mentido ao negar que teve relações sexuais com Berlusconi. Segundo Boccassini, a jovem recebeu mais de € 4,5 milhões do então primeiro-ministro.
Há um mês, a dançarina marroquina protestou fortemente diante do Tribunal de Milão, alegando que estava sendo usada numa campanha contra o empresário e negou ser prostituta. O processo começou quando a jovem contou a juízes de Milão sobre sua participação em festas na casa de Berlusconi quando ainda 17 anos - as chamadas bungas bungas. No processo conhecido como Rubygate, o ex-premier é acusado de concussão e favorecimento à prostituição de menores.
Essa não é a única dor de cabeça legal que o ex-premier enfrenta. Na semana passada, um tribunal de recursos de Milão confirmou a condenação de Berlusconi a quatro anos de prisão no processo Mediaset, no qual é acusado de sonegação de impostos. O ex-premier ainda tem direito a um último recurso antes de a sentença entrar em vigor, no Tribunal de Cassação.
Berlusconi é acusado de inflacionar preços que seu império de comunicação - Mediaset - pagou por direitos televisivos de filmes americanos em 2006.
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