Advogados do meia tricolor já entregaram a defesa ao TJD
RIO - O Fluminense ganhou esperanças de poder contar com o meia Deco em breve. O craque tricolor está suspenso preventivamente por 30 dias, desde a semana passada, por ter caído no exame antidoping, que apontou a presença do diurético Hidrocloratiazida em seu organismo. Os advogados contratados por Deco para representá-lo — ele dispensou os serviços do departamento jurídico do clube — já entregaram ao Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD/RJ) a defesa prévia do jogador e ontem ganharam um motivo para acreditar na absolvição.
O meia Carlos Alberto, do Vasco, foi absolvido pelo mesmo tribunal, e seu caso guarda muitas semelhanças com o de Deco. A substância proibida encontrada no organismo do vascaíno é a mesma que fez o tricolor ser punido. Além disso, a farmácia de manipulação da qual Carlos Alberto era cliente é a mesma na qual Deco comprava vitaminas. Tanto no caso do meia vascaíno quanto no do tricolor, há argumentos de defesa parecidos: os dois acusam a farmácia de ter contaminado indevidamente o medicamento e alegam que, se ingeriram substância proibida, foi sem conhecimento e, portanto, sem a intenção de se beneficiar esportivamente do ato.
Este último entendimento, a se julgar pelas palavras dos relatores que absolveram Carlos Alberto, foi fundamental para que o jogador vascaíno não fosse punido. Embora não represente Deco no caso, o advogado Mário Bittencourt, do Fluminense, acompanhou o julgamento de Carlos Alberto.
O julgamento de Deco deve ocorrer em no máximo três semanas. Se o camisa 20 tricolor for mesmo absolvido, ganha condição imediata de jogo e poderá participar da semifinal da Libertadores, em julho, após a Copa das Confederações, caso o Fluminense passe pelo Olimpia nas quartas de final.
Deco e Michael mantidos em lista
O Fluminense aguarda a solução do caso de Deco e também o de Michael, atacante punido preventivamente pelo uso de cocaína. O clube tricolor poderia, antes das partidas contra o Olimpia, substituir estes dois jogadores da lista de 30 inscritos para jogar a Libertadores, mas achou mais prudente esperar. Caso Deco seja absolvido, será, evidentemente, mantido na lista.
Já a absolvição de Michael é tida como impossível. O próprio atacante admitiu que fez uso da droga, e o tribunal não costuma ser condescendente em casos como este. O objetivo do departamento jurídico tricolor é reduzir o máximo possível a pena de Michael. O atacante, que também está suspenso preventivamente, será julgado nas próximas semanas. Mesmo com a virtual condenação, o Fluminense decidiu esperar para só substituí-lo da lista de inscritos na Libertadores depois do julgamento. Seu nome poderia ter sido trocado por um jogador com condições de jogo para a fase de quartas de final, contra o Olimpia, mas o clube preferiu ser cauteloso.
— Sabemos que dificilmente o Michael será absolvido, mas se o tiramos da lista da Libertadores, o clube estaria punindo o atleta antes do tribunal. Não faria sentido — declarou um dirigente tricolor.
Um comentário:
O ambiente nas Laranjeiras já foi mais refinado.
Sabemos que os costumes do século XXI são mais permissivos mas transformar Álvaro Chaves em uma "Boca de Fumo" é ir longe demais.
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