sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Carnaval 2009 (1) - Roberto Argento








Decididamente, retirei o epíteto de Ivanildo que, a partir de hoje passa a ser Ivanildo, o Sábio. (Mas não lhe dei nenhum aumento de salário, por causa da crise financeira).
Pois bem, Ivanildo, o Sábio, disfarçado de folheto apócrifo contra o Deputado Fernando Gabeira, presenciou uma reunião do Prefeito Eleito Eduardo Paes e ficou sabendo de um sensacional projeto para o Carnaval de 2009.
Eduardo Paes está convidando altas personalidades internacionais para desfilar na Sapucaí.
Ivanildo foi mais longe: viajou aos países destas personalidades e fotografou os 11 convidados, experimentando suas fantasias.
Por questão de espaço, vamos publicar uma foto por semana (sempre às 6as. feiras).

A difícil vida do eleitor: Está tudo errado, do começo ao fim - Fernando Caldeira

A leitora Wanda Reiniger, por e-mail, pede esclarecimentos sobre a opção do eleitor - partido/candidato, bem como expõe sua dúvida sobre a origatoriedade do voto.

Segue abaixo a resposta do nosso leitor e colaborador Fernando Caldeira que já publicou neste blog duas matérias: O Sistema Eleitoral Brasileiro (9/10) e A Fidelidade Partidária (28/10).

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Resumindo o resumo da pergunta:
1. a) A maioria vota por “acreditar” nessa ou naquela pessoa? Ou vota por “acreditar” nessa ou naquela pessoa que está ligada nesse ou naquele partido político?
1. b) Será que a população tem clara essa ligação????
2. O que é obrigatório: o voto ou o título de eleitor? Será que o tal advogado falou “bobagem”?
Respondendo 1.
O que vai pela cabeça o eleitor, ao votar, eu não sei. Não conheço pesquisa a este respeito.
Observa-se, entretanto, que há muitos anos os candidatos deixaram de destacar e até mesmo de fazer qualquer referência a seus partidos na publicidade impressa, cartazes,... Preferem explicitar seus números e parece-me que o fazem por duas razões: esconder seus partidos, vínculos, infidelidades; e ensinar o eleitor a digitar na maquininha do TRE.
As coligações absurdas que a lei vem permitindo, a maquininha que tudo transforma em números, a infidelidade partidária ilimitada (antes, durante e após as eleições) e as campanhas milionárias, que falam em nomes e números (e não em programa partidário), aniquilam os partidos e os transformam em grupelhos a serviço de seus “proprietários” de plantão.
Por tudo isso, suspeito que a maioria sequer pense na vinculação candidato-partido. Creio que escolhem pessoas (e seus números).
E o que acontece com a escolha? Quem escolhe seu candidato a vereador, possivelmente estará elegendo outro qualquer, da coligação (talvez até de um partido que o eleitor deteste e nem saiba que está coligado).
Por outro lado, não é inexpressivo o número de eleitores que votam apenas na legenda, o que mostra existir uma parcela que coloca em relevo o partido, preferindo eleger uma pessoa qualquer, do seu partido.

Respondendo 2
O alistamento eleitoral é obrigatório e multa poderá ser aplicada.
Votar é obrigatório. Diversas sanções poderão ser aplicadas: multa, proibição de inscrever-se em concurso público, perda de um mês de salário pelo funcionário público, não poder participar de concorrência pública, não poder tirar passaporte,...
Mas a estatística mostra que a abstenção é forte. Parece que também aqui prevalece o famoso “Ilegal? E daí?”.

A Frase do Dia




Você percebe que está deprimido quando passa um caminhão de lixo e você grita: "Táxi !"


(Woody Allen)

Deus e a Globeleza







Ancelmo Goes, no Globo, informa que Valéria Valenssa, a eterna Globeleza (foto), emocionou a platéia de fiéis da Igreja Universal de Botafogo, com um testemunho de duas horas sobre sua conversão:
- Como dançarina, já fiz tudo que tinha de fazer. Eu pensava que conhecia Deus, mas conheci, de verdade, há três anos.
No Céu, Deus falou com seu anjo designer:
- Eu não te disse que ia ser um sucesso ?
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Na Vara de Família

O Juiz:
- Mas por que vocês querem se separar?
A mulher:
- Compatibilidade de gostos, Meritíssimo.
- A Senhora quis dizer incompatibilidade.
- É, compatibilidade, mesmo, Meritíssimo. Nós dois gostamos de homens.

As Gralhas Enfurecidas (008)

E agora, ali estava a sua frente, tomando seu terceiro uísque, o eterno namorado, mais complicado do que nunca, choramingando como uma criança, pedindo-lhe aconchego que ela nem como psicóloga, nem como amiga, sabia ou queria dar.
A TV, no bar, exibia um especial de Dolores Duran e Luísa estava pensando se deveria contar para Luiz Felipe que “eu desconfio que o nosso caso está na hora de acabar”.
Devidamente empossado na Segex, Luiz Felipe teve a vã ilusão de que, como Diretor, teria mais condições de alterar o rumo dos acontecimentos. Vã ilusão, mesmo, porque a Companhia continuava sendo a mesma, ou seja, uma vendedora de bilhetes de seguros obrigatórios, cuja receita representava mais de oitenta por cento de todo o faturamento.
A fraude também continuava: para não ceder o percentual de prêmios ao Instituto de Resseguros sobre a venda de todos os bilhetes, eram emitidas várias séries de um mesmo número, e o pagamento percentual era feito somente sobre uma série.
Os sinistros só eram pagos, e com um enorme atraso, quando a Superintendência de Seguros, órgão do governo, responsável pela fiscalização das operações de seguros no país, era acionada pelo infeliz beneficiário do seguro. Como poucos sabiam da existência da tal Superintendência, a maior parte das reclamações acabava não sendo atendida, e a negativa era baseada em estapafúrdias alegações pseudo-jurídicas, brilhantemente redigidas pelo chamado DSO, o Departamento de Seguros Obrigatórios.
O DSO, dirigido por um advogado, possuía treze empregados, entre os quais cinco universitários da Faculdade de Direito, e funcionava quase secretamente, numa sala cuja porta estava permanentemente trancada e à qual só tinham acesso algumas pessoas, certamente as comprometidas com o esquema. Era a caixa preta da empresa, e não seria aberta, nem mesmo em caso de grandes tragédias.
Nos meses que se seguiram, Eduardo Ferreira de Alcântara saiu das colunas sociais e freqüentou por diversos dias a página policial. Estava envolvido em um antigo processo numa empresa estatal, referente a financiamento para compra de navios, processo que os interesses políticos da época resolveram reabrir. Ele lambuzou os dedos e foi fotografado na Polícia Federal, mas não colocou o retrato na parede do quarto andar.
Falou-se e escreveu-se muito sobre ele durante as duas semanas seguintes ao seu indiciamento, mas na terceira semana a crônica social mais lida da cidade informou que Eduardo Ferreira de Alcântara viajara para Londres, onde, como em todos os anos, participaria do Torneio de pólo com o Príncipe Charles...
É verdade que houve um processo de intervenção da Superintendência de Seguros. Mas o laudo pericial, emitido em tempo recorde, vinte e seis dias depois, concluiu que não havia qualquer irregularidade significativa nas operações da Companhia.
Luiz Felipe estava em casa, pensando se ligava ou não para Luísa com quem não se encontrava há algum tempo. Ela fora muito sincera, dizendo que ele continuava muito chato, reclamando, choramingando demais. Disse também que queria dar um tempo..., repensar a relação... e, naturalmente, ficara muito aborrecida quando Luiz Felipe, como fazia sempre, falou que era conversa de psicólogo.
Ele estava se sentindo outra vez totalmente perdido, assustado, apavorado mesmo e concluiu que seria um péssimo momento para se reaproximar de Luísa. A reaproximação, nas condições em que se encontrava só iria provocar um novo afastamento, certamente mais sério e provavelmente definitivo. Estava exagerando ?
Talvez, mas foi esta a opinião emitida por seu núcleo neurótico.
Resolveu, então ligar para o amigo José Eduardo.
- Puxa, até que enfim... Te liguei duas vezes, deixei recado na secretária eletrônica e só agora você me retorna ?
- Não liguei a secretária, claro que eu retornaria. Mas o que você queria comigo ?
José Eduardo foi extremamente objetivo:
- Lembra do Jairo, que era gerente aqui ? Pois é, ele agora está na Superintendência de Seguros. Eu encontrei com ele e ele me disse que está rolando o maior rebu porque o novo Diretor de Controle, que é um inimigo antigo do Eduardo, foi fundo no processo da fiscalização na Segex e descobriu o que todo mundo desconfiava, quer dizer, a inspeção foi uma armação daquelas, os fiscais levaram uma nota preta para assinar aquele laudo fajuto. Parece que o decreto da intervenção sai até o final do mês.
- O Eduardo ainda está na Inglaterra... se ele estivesse aqui...
José Eduardo interrompeu-o bruscamente:
- Acorda, cara. Acorda e cai fora... vai sobrar para você e para os seus colegas de Diretoria. Vai por mim, essa notícia é quente, Luiz Felipe.
Luiz Felipe agradeceu, marcou o almoço do dia seguinte com José Eduardo, preparou uma dose de uísque e ligou a televisão. No vídeo, viu a imagem do núcleo neurótico que, atrás de sua poltrona, repetia sem parar:
- Eu não disse ? Eu não disse ? Eu não disse ?
Esta era a empresa na qual Luiz Felipe fora convidado para ser Diretor e fora empossado, em sessão solene, sem nunca ter respondido se aceitava ou não. Esta era a empresa na qual ele trabalhava, de onde tirava o salário. Esta era a empresa que ia manchar o seu currículo para sempre. Esta era a empresa que estava colocando em risco sua reputação, seu patrimônio, sua liberdade. Esta era a empresa na qual ele não poderia ficar.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Eles Estão Chegando - Roberto Argento



Se não ficarem presos em engarrafamentos na Linha Vermelha, nem forem parados por uma blitz da PM, nem tiverem que soprar no bafômetro, os aedes aegypti estarão na cidade brevemente, talvez até mesmo antes da posse do novo Prefeito.
O índice registrado no ano passado já é o de hoje, ou seja, 3 % dos municípios do Rio têm focos do mosquito.
Especialistas em dengue denunciaram em setembro que o governo não se sensibilizou com a mais grave epidemia no Rio que matou neste ano mais de 100 pessoas na capital e não investiu mais verbas no controle do mosquito transmissor. Enquanto isso, a verba destinada à Cidade da Musica já chega a 500 milhões de reais. Será uma tragédia carioca ver as pessoas que sobreviverem ao mosquito, serem picadas quando estiverem no auditório da Cidade da Música, assistindo aos magníficos espetáculos que o novo prefeito, visando sua reeleição, vai certamente promover.

O Trio Los Panchos



Um dia após se encontrar com o atual prefeito Cesar Maia (DEM), o prefeito eleito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), reuniu-se nesta quarta-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer a ele o apoio explícito no segundo turno das eleições. Segundo Paes, a participação de Lula - que chegou a gravar mensagem de apoio ao então candidato - foi fundamental para sua vitória.
(O Globo on line)

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Engano seu, Senhor Prefeito. O Presidente não elegeu seus candidatos em São Paulo, em Porto Alegre, nem em Salvador. Fundamental no Rio foi o feriado decretado por seu padrinho, o Governador Sérgio Cabral.


(Bob's Blog)

Trio Los Panchos - Vídeo

O Governador Sérgio Cabral




(O Globo, 29/10 + Bob's Blog)
O Governador Sérgio Cabral foi submetido a uma cirurgia para a remoção de um pequeno cisto na borda direita da língua. Logo após a remoção do cisto, foi feita uma biópsia que constatou, de forma definitiva, que se tratava de uma lesão benigna.


Antes de se retirar da Casa de Saúde, o Governador concedeu uma entrevista coletiva quando mostrou aos repórteres a língua devidamente consertada. (foto)

Ivanildo, o Possesso

Possesso, Ivanildo, de novo com um recorte na mão, da coluna do Elio Gaspari no Globo, adentra à redação e bota falação:
- Assim não dá, chefe. O Eremildo está oferendo tequinologia para a PM-SP. Olha só.
E lê, com razoável desenvoltura:
- Eremildo acha que o Batalhão de Choque ainda não conhece esse tipo de equipamento (uma escada que permite a entrada de um policial em qualquer janela do segundo andar de um prédio) pois seus sábios tiveram três dias para planejar a invasão do apartamento onde estava Lindeberg e, na hora do vamos ver, apareceram com uma escada curta.
Pergunto, já sabendo a resposta:
- E daí, Ivanildo ?
- Daí ?? Daí quando eu vou aparecer no Globo ? Vou ter de ficar aqui neste BLOG que ninguém lê ?
Respondo certo de que Ivanildo não vai entender:
- Calma, Ivanildo, o tempo se vinga das coisas que são feitas em a sua colaboração.
Ele não entendeu mesmo:
- Minha colaboração !?

Comentários dos Leitores

Esclarecimento: Por e-mail, um leitor me faz duas perguntas:
1 - Por que você repete os comentários no “corpo” do blog se eles já aparecerem quando se clica nos “comentários” ?
2 – Por que você responde a alguns comentários e não a todos ?
Respondo:
1 – Nem todos os leitores clicam nos comentários porque sequer sabem que existe esta possibilidade, tão pequenina são as letras.
2 – Respondo aos comentários que contêm alguma pergunta ou algum pedido de esclarecimento, e aos que contêm críticas, justas ou não, às matérias publicadas. Como exemplo, nesta edição, você encontra uma resposta à crítica do leitor Julio (sobre advogados) e uma resposta a uma pergunta do leitor anônimo (sobre meu psiquiatra).
______________________________________________________________________ Clara:
Sobre a nota "A Derrota de Paes - Cora Ronai":
A derrota é de nós todos, eleitores e moradores da cidade, eleitores de Gabeira ou não. O novo prefeito, pelo que mostram os truques que usou (desculpas por ofensa a Lulinha, por exemplo), não "tá nem aí...".

Sobre a nota "Sujou !":
É... Em boca fechada não entra mosca!
____________________________________________________________________ Michael sobre a nota "Sujou !":
Uma frase de Lincoln: É melhor ficar calado e acharem que você é um imbecil do que falar e confirmarem que você é um imbecil.
_____________________________________________________________________ Julio sobre a nota "Divisão de Bens":
Não é a primeira vez que você publica piadinhas (aliás, sem graça) denegrindo a imagem dos advogados.
Como advogado que sou, peço que você respeite minha profissão.
Prezado Julio,
Respeito sua profissão, como respeito a minha. Também sou advogado, formado pela PUC em 1964. Também brinco com psicanalistas, médicos etc. Não se sinta ofendido, não há razão para isso.
_________________________________________________________________ Anônimo sobre a nota "Comentários dos Leitores":
Na resposta ao leitor Henrique, você cita seu psiquiatra. Você já informou o óbvio, ou seja, que não existe nenhum Ivanildo, mas o psiquiatra, existe ou não ?
Caro Anônimo,
Existe, sim, é muito bom. Ouvi uma vez de um amigo que “ele fazia análise para agüentar as pessoas que não faziam”.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Derrota de Paes - Cora Ronai


Abrindo mão das próprias convicções (se é que um dia as teve), aliando-se ao que há de mais podre no estado, gastando rios de dinheiro, jogando sujo, usando descaradamente a máquina estadual, federal e universal, beneficiando-se até de um feriado mal intencionado, enfim, com tudo isso, Eduardo Paes só conseguiu ganhar de Gabeira por 50 mil míseros votos.
Como vitória política, já é um resultado extremamente questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota acachapante.
Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar.
Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas para o Crivella, para o Lupi, para o Piciani, para a Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a Jandira... estou esquecendo alguém?
Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o desprezo mais profundo de metade do eleitorado.
Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal, ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua administração.
Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio , que hoje não significa nada em termos políticos, voltaria a ter relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem o país seria obrigado a prestar atenção.
Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade, como um retumbante "Liberou geral!"
Nojo, nojo, nojo.

Divisão de Bens

Dois amigos se encontram depois de muitos anos.
- Casei, separei e já fizemos a partilha dos bens.
- E as crianças?
- O juiz decidiu que ficariam com aquele que mais bens recebeu.
- Então ficaram com a mãe?
- Não, ficaram com nosso advogado.

E Daí ?




Derrotas em São Paulo, Salvador e Porto Alegre. E daí ?

Sujou !

Marido e mulher, já deitados para dormir:
Ela - Se eu morresse você casava outra vez?
Ele - Claro que não!
Ela - Não?! Não por quê?! Não gosta de estar casado?
Ele - Claro que gosto!
Ela - Então por que é que não casava de novo?
Ele- Está bem, casava...
Ela - (com um olhar magoado) Casava?
Ele - Casava. Só porque foi bom com você...
Ela - E dormiria com ela na nossa cama?
Ele - Onde é que você queria que nós dormíssemos?
Ela - E substituiria as minhas fotografias por fotografias dela?
Ele - É natural que sim...
Ela - E ela ia usar o meu carro?
Ele - Não. Ela não dirige...
Ela - !!!! (silêncio)
Ele - ( em pensamento ) Sujou !!!

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MORAL DA HISTÓRIA :
Jamais prolongue um assunto com uma mulher... apenas abane a cabeça ou diga 'A-HAM' ou 'HUM-HUM'









Lista de Casamento

O noivo tinha 92 anos e a noiva 87. Decidiram então, deixar a lista de casamento na farmácia.

Comentários dos Leitores

Sobre a nota "Comentários dos Leitores":
Paulo Moraes
Bob
Não peça para o "anônimo" se identificar.......
Acho "ele" (ou "ela") até engraçado (a)..Pelo menos sabe fazer "gênero".
Paulo,
Talvez você tenha razão. Deve ser um gozador...

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Henrique
Não acho que você tenha querido chamar o César Maia de corno ou burro, como escreveu um anônimo. Mas, por favor não me venha com a história de que você só quiz dizer que o apoio do César Maia atrapalhava. O que acho é que você teve a sorte de pegar uma foto e quiz aproveitar de qualquer maneira, o que não é muito louvável.
Mas o Blog, em geral, está bom.
Henrique,
Agradeço o elogio. Uma colaboração: Você escreveu duas vezes quiz (com Z). É com S; um macete: Veja o infinitivo do verbo, se não houver Z os tempos são com S: Querer – quis, quiseste etc. Fazer – Fiz, fizeste etc. Quanto à foto, pode ter acontecido o que você relatou, mas foi inconsciente. Vou confirmar com meu psiquiatra com quem tenho consulta na próxima semana.

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marcelovirmond sobre a nota "Kassab mantém larga vantagem sobre Marta":
Finalmente o Kassab respondeu a pergunta polêmica:
- Eu até queria casar mas tive medo de pegar uma vagabunda que pudesse me trair com algum malandro argentino.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O Taj Mahal de César Maia - Roberto Argento



Certamente foi o calor escaldante de ontem que afetou os neurônios do Prefeito César Maia, com seu tradicional casaco, ao visitar as obras da Cidade da Música, comparando-a a grandes obras da Humanidade, como o Taj Mahal. Ou então, um delírio de final de mandato por perceber que a obra já ultrapassou os 500 milhões de reais que poderiam ter evitado a epidemia de dengue e a conseqüente morte de quase cem pessoas.

Há 2000 anos



Depois de informar em manchete de primeira página que Eduardo Paes venceu na zona oeste, O Globo de ontem registra na página 14: Festival de irregularidades na Zona Oeste – Fiscais do TRE denunciam boca-de-urna e apreendem panfletos e santinhos de Paes. Ninguém foi preso.
Pergunto: Há alguma relação entre as duas informações ? É um mero acaso ou, como dizia Nelson Rodrigues, (foto) não existe o acaso, tudo estava escrito há dois mil anos ?

Comentários dos Leitores

Victor sobre a nota "O Novo Prefeito - Eduardo Paes":
Tive paciência para resumir: nosso novo prefeito, entre 1993 e 2007, trocou de partido seis vezes ! Começou no PV, foi para o PFL, para o PTB, voltou ao PFL, foi para o PSDB e, para ser candidato agora foi para o PMDB. Será que ele vai trocar outra vez, antes de tomar posse ? Será que vai para o PT para ser o vice da Dilma ? Você poderia nos atualizar como anda (se é que anda) o projeto da fidelidade partidária ?
Prezado Victor,
O leitor e colaborador Fernando Caldeira que já publicou neste blog um artigo sobre a Reforma Eleitoral Brasileira (em 9/10) atendeu nosso pedido e escreveu o texto na matéria a seguir, sob o título A Fidelidade Partidária.
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Anônimo sobre a nota "O Apoio de César Maia":
De baixo nível a publicação desta foto, insinuando que o Prefeito César Maia é corno ou burro.
Caro Anônimo,
A insinuação é sua, não minha. Estou convencido de que o único momento em que o Gabeira perdeu o controle foi quando Eduardo Paes disse pela centésima vez que César Maia o estava apoiando, assim como estou convencido de que este apoio pesou muito contra o Gabeira. Foi que quis dizer com a frase que acompanha a foto.
Mais uma coisinha: Não se esconda atrás do anonimato.
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Yan sobre a nota "Vantagem de Paes foi menor do que um Maracanã - Ri...": Duas observações:
1 - Leio sempre o Noblat, acho um ótimo colunista. Mas esta crônica que você transcreveu não tá com nada. Qual o objetivo de comparar a diferença de votos com a lotação de um Maracanã ? O Paes poderia ter ganho com uma diferença de 5000 ou 500 ou 50.
2 - O Noblat é muito parecido com minha avó...
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Anônimo sobre a nota "Vantagem de Paes foi menor do que um Maracanã - Ri...":
Poderíamos incluir na conta o número de funcionários públicos que viajaram.
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Fidelidade Partidária - Fernando Caldeira

Diante das vergonhosas práticas e da ausência de lei sobre a fidelidade partidária (afinal nossos legisladores preferem a desordem que lhes beneficia), o TSE foi chamado a pronunciar-se e, interpretando a Lei Maior, decidiu pela fidelidade para os cargos proporcionais (deputados e vereadores) e posteriormente estendeu-a aos cargos majoritários ( presidente, governadores, senadores e prefeitos).
O Congresso (que não gosta de ver o judiciário "legislando", até porque acaba por "legislar" contra seus interesses corporativos) reagiu e aprovou no Senado - já em dois turnos - a emenda constitucional que impõe a fidelidade partidária a partir das eleições de 2008. Disse o relator Marco Maciel: "Nesses assuntos, a omissão do Congresso Nacional passou a ser analisada pela Justiça. O Judiciário está ajudando a pulsar a reforma política.".
Falta agora a votação em dois turnos pela Câmara dos deputados. E a Câmara vai aprová-la, certamente, pois esta emenda é mais branda (para eles) do que a interpretação posta em vigor pelo TSE.
Este é um exemplo de que não há a menor hipótese dos partidos (desculpe se falo neles como se realmente existissem!) promoverem a reforma política que necessitamos. Só teremos estes pequenos avanços, extraídos a forceps pelo Judiciário, este impulsionado pela opinião pública.

Se beber, não Dirija - 5



(Não é Salinas...)

Colaboração do leitor Lucio Terzi.

As Gralhas Enfurecidas (007)

Estavam presentes todos os Diretores. Antes de sentar, Luiz Felipe viu um novo personagem, certamente mais velho que o Presidente. Eduardo Ferreira de Alcântara comunicou a criação da Diretoria de Relações Públicas, e deu as boas-vindas ao ocupante do novo cargo.
O General Macedo, reformado, de alto prestígio junto às Forças Armadas, a quem caberia abrir portas para novos negócios, agradeceu ao Presidente e aos demais membros da Diretoria a confiança que lhe fora depositada e disse que esperava estar à altura desta nova missão em sua vida, que cumpriria com todo o denodo e a disciplina que sempre imprimiu em todas as funções que exerceu.
Luiz Felipe, por um momento, sentiu-se aliviado, achando que o Presidente não tinha conseguido convencer o outro acionista, seu irmão, a promovê-lo, e o General, por razões mais do que óbvias, tinha sido o escolhido. Uma boa solução, pensou, satisfeito por não ter que recusar o convite.
Mas o núcleo neurótico, embaixo da mesa, puxou sua calça e informou que a sessão ainda não havia terminado.
O Presidente estava discursando, transmitindo sua certeza de que a Segex estava caminhando muito rapidamente para retomar o lugar que merecia no mercado de seguros do país, e que ele seria o condutor nesta grande jornada, contando com a colaboração, a experiência e a sabedoria de todos os presentes.
- Esta empresa voltará a ser o que meu pai sempre sonhou que ela fosse.
O Presidente aguardou alguns segundos, agradeceu os aplausos, o que sempre acontecia quando citava o nome do pai, e prosseguiu:
- Tenho certeza de que o nosso amigo Macedo, agora, nesta atividade fora dos quartéis, terá tanto sucesso quanto teve em sua carreira militar. Ele trará novos negócios e nós precisamos estar bem estruturados para recebê-los, administrá-los com eficiência e agilidade.
E concluiu:
- Senhores, tenho a enorme satisfação de comunicar a promoção de um membro de nossa equipe, que em apenas seis meses, comprovou o alto conhecimento técnico, a força extraordinária de trabalho que já demonstrara em sua passagem pela Seguradora de Paris. Sinto-me particularmente feliz e orgulhoso de tê-lo trazido para o nosso convívio, antes que um concorrente o fizesse. Apresento-lhes o Diretor Técnico, Luiz Felipe de Souza Neto.
Luiz Felipe recebeu os cumprimentos, voltou a sua sala, telefonou para Luísa, informou que fora promovido e convidou-a para um jantar comemorativo. O núcleo neurótico, que estava ouvindo na extensão, perguntou debochadamente:
- Comemorar o quê ?
- Foi assim mesmo, Luísa. Juro. Ele tinha me dado um dia para pensar, eu fui ao Dr. Silas e quando cheguei à Companhia o circo estava armado. Fui promovido a Diretor e se aquela coisa quebrar, eu quebro junto. E agora ?
Luísa estava nitidamente impaciente com a permanente choradeira de Luiz Felipe, que nos últimos dias só sabia dizer “e agora?”, “o quê que eu faço?”, “como é que eu fico nessa história?” e, por isso, não estava se sentindo capaz de ajudar, de dizer qualquer coisa, sabendo que, a qualquer comentário que fizesse, Luiz Felipe, como sempre, responderia que era conversa de psicólogo.
Na verdade, ela estava questionando seu relacionamento com Luiz Felipe.
Ela o conhecera na Universidade, onde ela cursava Psicologia e ele a Faculdade de Direito. Cruzavam-se nos corredores, esbarravam-se no bar da Universidade, brigavam nas Assembléias do Diretório Central dos Estudantes, ele com tendências românticas pela esquerda, idolatrando Fidel Castro, ela, enamorada pela direita, considerando uma tragédia nacional a derrota do Marechal Lott para o caótico Jânio Quadros. Ela indo para a Faculdade num Karman Ghia do ano, ele de ônibus.
Um dia Luísa não conseguiu fazer o Karman Ghia pegar, abriu o capô e ficou olhando para o motor, como um burro olhando para o palácio, como mais tarde Luiz Felipe descreveria a cena. Ele caminhava em direção ao ponto de ônibus e ofereceu ajuda. Luísa perguntou se ele entendia daquilo. Ele disse que absolutamente nada, mas que sabia empurrar.
O carro funcionou. Luísa ofereceu-lhe carona e surpreendeu-se por ver que ele, como ela, morava no Leblon, o que, ela pensava, não ficava bem para um universitário de esquerda. Não chegou a haver uma combinação, mas quase todos os dias Luísa alterava um pouco seu itinerário e apanhava Luiz Felipe no ponto do ônibus.
Separaram-se por um ano porque Luísa foi para a Europa aprender inglês e francês mas, quando voltou, retornou à Faculdade e passou a encontrar-se com Luiz Felipe outra vez.
Foi quando ele perguntou se ela estava a fim de namorar. Ela achou a frase absolutamente idiota, mesmo para a década de sessenta e, ao invés de responder, lembrou sua condição de estudante de Direito e pediu que ele redigisse uma petição, com firma reconhecida em cartório. Ela proferiria a sentença em quarenta e oito horas.
Estavam namorando há oito meses quando o pai de Luísa, executivo de importante laboratório farmacêutico, foi transferido para a França e Luísa resolveu acompanhar a família, percebendo, já naquela época, que seu namorado era uma pessoa muito complicada para seu gosto.
Alguns anos mais tarde os pais morreram em um acidente de carro numa estrada perto de Lyon e Luísa voltou para casa. Reencontrou o ex-namorado, de quem recebeu uma atenção e um carinho muito especiais nos momentos difíceis por que passou. A atenção e o carinho tornaram-se bastante explícitos e, enfim, começaram a se relacionar também “sur le lit”, como Luísa gostava de falar. Estavam juntos, em casas separadas, há quase três anos. Nenhum dos dois jamais falara em casamento. Nunca também tinham expressado o pensamento que ambos possuíam: não havia nada pior para atrapalhar um ótimo relacionamento do que o casamento.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vantagem de Paes foi menor do que um Maracanã - Ricardo Noblat


O Rio tem 4.578.531 eleitores. Votaram, hoje, 3.652.115. Deixaram de votar: 927.250 - ou 20,25% do total de eleitores aptos. Ou ainda 1/5 do eleitorado.
Paes venceu com 1.696.195 votos. Gabeira teve 1.640.970 votos. Perdeu por uma diferença de 55.225 votos - 1,66% do total.
Curiosidade: para atender medidas de segurança, o Maracanã só pode abrigar 87.101 espectadores. (Ricardo Noblat)
O jogo de maior público do campeonato carioca de 2008 foi Flamengo x Botafogo pela decisão da Taça GB. Naquele dia, 78.830 mil torcedores pagaram para assistir ao jogo.

O Novo Prefeito - Eduardo Paes



Eduardo da Costa Paes (Rio de Janeiro, 14 de novembro de1969) é um Bacharel em Direiro e político brasileiro.
Começou sua carreira política como subprefeito da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, na primeira gestão do prefeito César Maia, entre 1993 e 1996. Ao ingressar na equipe de governo era filiado ao Partido Verde, mas se elegeu em 1996 pelo PFL quando foi o vereador mais votado do Rio de Janeiro.
Em 1998 se candidatou a deputado federal, e ganhou, repetindo a vitória em 2002. Em 1999 se filia ao PTB. Com a segunda eleição de César em 2000, foi nomeado Secretário Municipal do Meio Ambiente na sua segunda frente ao executivo carioca. Em 2001, volta a se filiar ao PFL.
Eleito deputado federal em 2002, em 2003 se filia ao PSDB. Em sua atuação parlamentar em Brasília, Paes teve forte posição quanto às denúncias de corrupção no governo Luladurante o assim chamado Mensalão.
Na sua primeira candidatura majoritária, para o governo do Rio de Janeiro, no ano de 2006, obteve 5,5% dos votos válidos. No segundo turno das eleições fluminenses, Paes apoiou Sérgio Cabral Filho, apesar de este estar apoiando Lula para presidente, enquanto a outra candidata, Denise Frossard, apoiada por César Maia, apoiava o candidato do partido de Paes, Geraldo Alckmin. Com a vitória de Cabral, Paes acabou assumindo a Secretaria de Esportes e Turismo do novo governo.
Em outubro de 2007, Eduardo Paes vai para o PMDB, para ser lançado como o candidato de Sérgio Cabral à prefeitura do Rio.
Seu nome sofreu a princípio alguma contestação dentro do PMDB, por parte de outro pré-candidato, Marcelo Itagiba, ex-secretário de segurança do Governo Garotinho. Itagiba alegava que a candidatura de Eduardo Paes poderia ser indeferida, sob a alegação de que ele teria se desencompatibilizado de seu cargo de secretário após a data-limite. Entretanto, este argumento mostrou-se improcedente e o TRE deferiu sua candidatura.
___________________________________________________
Eduardo Paes - 50,83 %
Fernando Gabeira - 49,17 %

Gabeira Mantém Promessas


Em seu primeiro pronunciamento após admitir a derrota, Gabeira agradeceu à população carioca pelo movimento que o levou ao segundo turno e próximo à vitória e prometeu cumprir, mesmo fora do governo, algumas das suas promessas de campanha.
- Neste momento, eu posso dizer apenas que sou muito agradecido ao povo do Rio de Janeiro, e agradecer a esse maravilhoso movimento. Fui apenas um intérprete da mensagem do povo do Rio não só para os políticos do Rio como para todos os outros políticos do Brasil - afirmou Gabeira, informando que pretendia ligar para Eduardo Paes dentro de uma hora.
(O Globo on line)

(O Globo on line)

O Apoio de César Maia


Quem avisa, amigo é.

O Bob's Blog avisou: Gabeira, não aceite o apoio do César Maia.

Se beber, não dirija - 4





Mais um out door em Salinas, Minas Gerais.

Dinâmica de Grupo

Os três finalistas para a disputa do cargo de Diretor Comercial se apresentam para a prova final, uma dinâmica de grupo.
A psicóloga lhes dá as boas vindas e apresenta a seguinte questão:
- Vocês morreram. Estão deitados em seus caixões e os amigos e parentes estão a sua volta, no velório. O que vocês gostariam de ouvir deles?
O primeiro, por sorteio, respondeu:
- Que perda irreparável. Tão jovem, tão brilhante, com tanta colaboração ainda a prestar à comunidade.
O segundo:
- Profundamente lamentável. Um ótimo profissional e embora jovem, já um bom marido e um pai exemplar.
O terceiro, o vencedor:
- Ihhh, olha lá, ele está se mexendo.

Publicidade - Companhia de Seguros

domingo, 26 de outubro de 2008

Gabeira e Paes - Empate Técnico



IBOPE e DATAFOLHA:
Paes 51 %
Gabeira 49 %
GPP
Gabeira 45,4 %
Paes 42,9 %

Filha do embaixador Elbrick apóia Gabeira



Com o título "Marxista radical se candidata à prefeitura do Rio", a agência de notícias americana Associated Press (AP), uma das maiores do mundo, distribuiu nesta sexta-feira reportagem sobre Fernando Gabeira (PV), contando que "o marxista radical que seqüestrou o embaixador americano em protesto contra a ditadura", em 1969, conta hoje com o apoio da filha do diplomata na sua campanha para a prefeitura do Rio.
- Acho que é algo fantástico (a candidatura de Gabeira). Estou muito emocionada, simpatizo com seu partido e com seus pontos de vista - afirmou a escritora Valerie Elbrick, filha do embaixador Charles Elbrick, já falecido. (foto)
No texto, o repórter Bradley Brooks descreve Gabeira como um "deputado aficionado por motocicletas, defensor da legalização da maconha, do casamento entre homossexuais e da prostituição". Gabeira é ainda identificado como "o artífice do seqüestro", que acabou virando filme.
- O fato de Gabeira ter preocupações ecológicas hoje em dia mostra um traço bom de sua personalidade - disse a escritora, que na época do seqüestro morava na Iugoslávia e era, como ela própria definiu, uma "ignorante política".
" O fato de Gabeira ter preocupações ecológicas hoje em dia mostra um traço bom de sua personalidade "
- Ela é cosmopolita e tem uma visão progressista dos Estados Unidos, entendeu perfeitamente as motivações da época e como o exílio nos transformou - elogiou Gabeira, que sugeriu a Valerie que assistisse ao filme "O homem errado", de Alfred Hitchcock:
- O pai dela, por não ser culpado pela situação que o Brasil vivia na época, era o próprio homem errado.
À AP, a filha de Elbrick, que tinha 26 anos quando o pai foi seqüestrado, confirmou ter perdoado Gabeira "há muito tempo, ao saber da brutalidade da ditadura brasileira".
A reportagem da agência de notícias americana afirma ainda que, se for eleito, Gabeira vai se incorporar ao "já bem-fornido grupo de antigos guerrilheiros que ostentam postos de governo no país", citando o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins (identificado como ministro das Comunicações), que também participou do seqüestro de Elbrick, e a ministra-chefe da Casa Civil (identificada como secretária da Presidência), Dilma Rousseff, "provável candidata a presidente em 2010, que participou da resistência contra a ditadura, entre as décadas de 60 e 80".

Ivanildo em Busca do Tesouro - Roberto Argento



(O Globo, 25/10)
Ivanildo, apesar de imbecil, entra serelelepe na redação, com um recorte de jornal na mão e me pergunta:
- Quem é esse tal de Tesouro ?
Aplico a chatíssima tática de responder com outra pergunta:
- O quê você acha ?
- Chefe, não sou eu, apesar da minha mulher, na hora do ai-me-deus me chamar de meu tesouro.
Antes que ele entrasse em outras intimidades, explico.
E ele raciocina...
- Quer dizer, então, que estas construtoras gastam adoidadamente em publicidade, nos lançamentos com estandes luxuosos, com ar condicionado e estacionamento para carros, com maquetes espetaculares, aí se enrascam, se endividam e o o tal do Tesouro, quer dizer, nós é que temos de pagar a conta ? É isso ?
Responder o quê ?
- É.

Se dirigir, não beba - 3



Seguindo nossa colaboração sobre a direção nas estradas, mais um out door em Salinas, Minas Gerais.

Preconceito

Um afro descendente veado, de kipar, no ponto do ônibus.
O carioca:
- Puxa, cara, negro, veado e judeu...
- Señor, no sabes el peor...

Sai a Águia, Entra...




Veja o anúncio feito hoje pelo governo dos Estados Unidos da America.

sábado, 25 de outubro de 2008

Adão e Eva




Um alemão, um francês, um inglês e um brasileiro apreciam um quadro de Adão e Eva no Paraíso.
O alemão comenta:
- Olhem que perfeição de corpos: ela, esbelta e espigada; ele, com este corpo atlético, os músculos perfilados... Devem ser alemães.
Imediatamente, o francês contesta:
- Não acredito. É evidente o erotismo que se desprende de ambas as figuras...Ela, tão feminina... ele, tão masculino... Sabem que em breve chegará a tentação... Devem ser franceses.
Movendo negativamente a cabeça, o inglês comenta:
- Que nada! Notem a serenidade dos seus rostos, a delicadeza da pose, a sobriedade do gesto. Só podem ser ingleses.
Depois de alguns segundos mais de contemplação silenciosa, o brasileiro declara:
- Não concordo. Olhem bem: não têm roupa, não têm sapatos, não têm casa e só têm uma única maçã para comer. Mas não protestam, estão pensando em sacanagem e ainda acreditam que estão no Paraíso. Só podem ser brasileiros!

Debate - Quem brilhou por último foi Gabeira - Ricardo Noblat


O que fica de um debate na televisão entre candidatos a qualquer cargo?
Algumas frases emblemáticas - essas faltaram ao longo dos quatro primeiros blocos do debate travado por Eduardo Paes e Fernando Gabeira.
Algum incidente - não houve incidente. Empatados nas pesquisas, os dois candidatos não se arriscaram muito. O debate foi morno. De resto, essa foi a oitava vez que eles se encontraram durante o segundo turno para debater suas idéias.
Uma tirada genial poderia ter feito a diferença - faltou uma.
O desempenho diante das câmeras pesa nessas horas.
Paes falou o tempo todo olhando no olho do espectador. Mais dispersivo, Gabeira ora olhava, ora não. Respondia a Paes e esquecia quem estava em casa. Em vários momentos cruzou os braços. A postura sugere relaxamento, descaso.
A última fala dos candidatos é sempre a mais importante. Gabeira teve a sorte de falar depois de Paes. E aí descontou eventuais pontinhos que possa ter perdido para ele ao longo do debate.
A fala de Paes foi convencional, sem brilho, sem imaginação.
A de Gabeira foi uma aula de habilidade, de celebração à inteligência e de ecumenismo político, digamos assim. Foi a única vez que a emoção encontrou espaço durante o debate.

Rio de Janeiro - Paes o Novo Subversivo - Ricardo Noblat



Dia sim, dia não, a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro apreende em comitês do candidato Eduardo Paes (PMDB) material apócrifo produzido contra o candidato Fernando Gabeira (PV).
São faixas e panfletos que estimulam os baixos instintos das pessoas. Servem para incutir nelas o preconceito contra Gabeira, acusado de ser ateu, usuário de drogas, homossexual e candidato dos ricos.
Como se comporta Paes nessas ocasiões? Jura de pés juntos que nada tem a ver com faixas e panfletos. E também se diz vítima de panfletos.
Até agora, a Justiça Eleitoral não apreendeu um único panfleto contra Paes - muito menos em comitês de campanha de Gabeira. E sabe por que?
Porque a campanha de Gabeira não tem comitês. Nem dinheiro para confeccionar material de propaganda. Nem cabos eleitorais contratados para distribui-lo. De resto, o candidato deplora o jogo sujo.
É isso o que ele tem dito. E não se tem notícia por enquanto que proceda de maneira diferente.
Jornalistas da Folha de S. Paulo flagraram, ontem, partidários de Paes na Zona Oeste apedrejando carros da pequena carreata promovida por Gabeira. Não, não foi um ato de vandalismo espontâneo. Foi estimulado por um dos chefes da campanha de Paes na Zona Oeste.
O que ninguém sabe e eu conto agora: as duas filhas de Gabeira, ambas na faixa dos 20 anos, começaram a ser seguidas por gente estranha. Foram então aconselhadas por oficiais do BOPE a ficar em casa até o fim da eleição. Oficiais do BOPE se ofereceram para cuidar da segurança delas.
Paes parece levar ao pé da letra uma antiga lição de Agamenon Magalhães, ex-interventor e ex-governador de Pernambuco na metade do século passado: "Feio é perder". Paes está empenhado em ganhar a qualquer preço.
No país onde torcedor cobra a vitória do seu time nem que seja com gol impedido feito de mão depois dos 45 minutos do segundo tempo, a vitória justifica os meios e apaga qualquer traço de ilegitimidade.
Gabeira tentou subverter a ordem no passado quando lutou contra a ditadura, sequestrou embaixador, foi obrigado a se exilar e reapareceu de tanga de croche.
O subversivo no presente é Paes, que ignora a lei, sequestra o bom senso, posa de vítima e desfila por aí com cara de bom moço.

Declaração de Voto



Olha eu não sei se meu candidato vai ganhar, é muito dificil lutar contra o poder, mas como o eleitor do Rio é diferenciado, pode ser que Gabeira vença.
Uma coisa é certa: como eleitor do Gabeira, me sinto vitorioso, apostei em ALGUÉM e não em ALGO, acredito em ALGUÉM e não em ALGO.
Ganhando ou perdendo, já estou vendo Gabeira tranquilo agradecendo os que o apoiaram. Se perder, voltará a representar as pessoas SÉRIAS deste País naquele antro chamado Congresso.
Eu vou dia 26, com minha consciência tranquila digitar 43 e esperar, aguardar e aceitar o que a maioria decidir. E espero que sejamos vitoriosos. Esse é um momento importante para nossa cidade, tão massacrada por uma política desigual, sem oportunidades reais para todos.
O futuro desta Cidade esta em nossas mãos. É dificil lutar contra a máquina, mas é possível sim, e se entendermos que eles não passam num concurso, mas são eleitos por nós, vamos entender com mais clareza que depende de nós. Depende de nós. Depende de nós.
Enquanto Paes paga R$50,00 para expor uma placa nas esquinas e calçadas da cidade, Gabeira mostrou a todos nós que ainda é possível fazer uma campanha limpa, digna, séria, coerente e sem esse maldito "te apoio por um cargo".
Não sei sinceramente o que o maioria vai decidir, sei o que eu, Marcos Ribeiro, decidi: vou votar num homem que tem História e que faz parte da História recente deste País. Um homem que lutou com armas e ideais para que tivéssemos a liberdade que temos hoje. Se não completa, pelo menos menos violenta e vermelha de sangue como era no passado.
Como diz Raul Seixas:
"Sonho que se sonha só, é só um sonho. Sonho que se sonha junto, é realidade".

Marcos Ribeiro vota

GABEIRA PREFEITO 43

Comentários dos Leitores

Fábio sobre a nota "Jogo Empatado":
Não tenho saco para assistir ao debate. Aquela chatice de réplica, tréplica. Nem preciso. Vou pegar um filme no video clube.
E nunca foi tão fácil escolher em quem votar. De um lado um caretinha seboso que se exibiu como presidente da CPI dos Correios, mandando ver contra o Lula e o filho dele. Depois, quando achou conveniente, pediu desculpas. Depois, quer dizer, dois anos depois. Do outro lado um cara que arriscou a vida, tomou um tiro, se exilou por 10 anos, para que a gente pudesse hoje estar escrevendo estas coisas todas e até votar no Paes. Não se preocupe, Gabeira, ninguém é perfeito. Vou de 43, sem debate nenhum.
___________________________________________________

Anônimo sobre a nota "Kassab mantém larga vantagem sobre Marta":
Leio num jornal de São Paulo:
(José Simão) - Se Kassab ganhar em São Paulo e Gabeira no Rio, a Parada Gay vai ser na Via Dutra...

Se Dirigir, não Beba (2)




Prosseguindo na campanha anti-alcoólica, mais um out-door na Estrada de Salinas, Minas Gerais.

Efeitos da Crise em Cuba



sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Estagíário

O farmacêutico entra na sua farmácia e repara num homem petrificado, com os olhos esbugalhados, mão na boca, encostado em uma das paredes.
Ele pergunta para ao estagiário:
- Que significa isto? Quem é esse cara encostado naquela parede?
O estagiário:
- Ah! É um cliente que queria comprar remédio para tosse. Ele achou caro, então eu vendi um laxante.
O farmacêutico:
- Você ficou maluco? Desde quando laxante é bom para tosse?!?!
O estagiário:
- É excelente. Olha só o medo que ele tem de tossir...

Rapidinha

- Filho, por que você não cria juízo ?
- Porque não sei o que ele come.

Kassab mantém larga vantagem sobre Marta


Em duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira pelos institutos Datafolha e Ibope, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e candidato à reeleição pelo DEM, se mantém à frente de sua adversária Marta Suplicy do PT. Segundo os números do Datafolha, Kassab tem 54% das intenções de voto contra 36% de sua adversária, uma diferença de 18 pontos.
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Marta, não esquenta, o profeta Lula disse que você vai ganhar a eleição. Mas, se não ganhar... relaxa e goza.

O Pacote do Lula já está em R$ 207 bilhões


Diante do agravamento da crise financeira global, o governo já anunciou um dos maiores pacotes econômicos (Pacotes ? Que pacotes ?) da era Lula: até agora, na ação contra crise (Crise ? Provocada por uma marolinha ?) já foram liberados R$ 207,8 bilhões ao mercado. A munição oficial, que começou a ser usada em 24 de setembro, pode ser ainda maior. Há ao menos mais R$ 49,3 bilhões em compulsórios que podem ser usados, segundo aviso prévio do Banco Central (BC).
(O Globo on line, com interferências inconvenientes do Bob’s Blog)

É Bom não Esquecer


Pivô do escândalo do mensalão , o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza teve a prisão preventiva decretada pela juíza Paula Mantovani Avelino, da 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ele está preso desde o dia 10 de outubro acusado de articular um esquema de corrupção e comandar uma quadrilha para forjar um inquérito contra fiscais da Fazenda. A prisão, no entanto, era temporária e o prazo terminaria nesta segunda-feira. O advogado de Marcos Valério informou que vai entrar com um pedido de habeas corpus.
(O Globo on line)

Bill Gates e o Mito do Capitalista Bondoso - Paulo Moreira Leite



Fiquei impressionado com uma reportagem do Los Angeles Times sobre a Fundação de Bill Gates, a mais rica do planeta, com orçamento de U$ 70 bilhões. Você e eu já lemos muitas reportagens sobre as filantropias dessa fundação.
A reportagem do Los Angeles Times (reproduzida pelo Estado) mostra que a Fundação "doa pelo menos 5% de seu orçamento todos os anos, e com isso evita pagar a maioria dos impostos." Já os 95% restantes são investidos "em companhias franqueadas entre as piores poluidoras americanas, companhias farmacêuticas que estabelecem preços para remédios fora do alcance de pacientes e assim por diante”..
Conforme o jornal, investimentos que totalizam pelo menos U$ 8,7 bilhões foram feitos "em companhias que contrariam a filosofia de preocupação social da fundação".Esse tipo de descoberta não chega a ser novo. Boa parte das empresas brasileiras deixa de pagar impostos devidos para realizar investimentos de marketing -- com o nome de apoio cultural. Outras empresas investem uma migalha social para receber banquetes privados.
Sou um otimista e acredito na espécie humana. Mas é bom desconfiar um pouco mais da humanidade depois que Milton Friedman lembrou que não existe almoço grátis.

Se Beber, Não Dirija - 1


O Bob’s Blog, colaborando com a campanha das autoridades no sentido de alertar sobre o perigo de dirigir alcoolizado, divulga hoje e nas próximas três edições, out-doors muito criativos, localizados na estrada de Salinas, município de Minas Gerais, conhecido como a Capital da Cachaça.

Comentários dos Leitores

Marcelo sobre a nota "As Gralhas Enfurecidas (006)":
Suas gralhas começaram a alçar vôo, ainda que timidamente. A história parece que vai ficar interessante. Acho uma boa a publicação em pedaços, fica parecendo novela. Sugiro que você publique um pedaço, mesmo menor, mas todos os dias. Pode ser ?
Prezado Marcelo,
Vou atender seu pedido a partir da próxima semana, publicando não diariamente, mas duas ou três vezes por semana. O que ocorre é que nestes dias tenho dado prioridade à eleição.
Agradeço que você esteja começando a gostar das minhas gralhas. Prometo que elas farão vôos interessantes daqui para frente.
Um abraço.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Jogo Empatado


Duas pesquisas divulgadas nesta quarta-feira mostram que a disputa pela prefeitura do Rio entre Eduardo Paes (PMDB/PP/PSL/PTB) e Fernando Gabeira (PV/PSDB/PPS) continua voto a voto. Segundo os levantamentos divulgados nesta quarta-feira pelo Datafolha e pelo Ibope, os candidatos estão tecnicamente empatados.

Ecce Homo



Lula
Em 16/9/08
Que crise ? Pergunta para o Bush.
Em 4/10/08
Lá a crise é um tsunami. Aqui, se chegar, vai ser uma marolinha, que não dá nem para esquiar.
Em 22/10/08
Não posso assumir o compromisso de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vá manter todo o dinheiro dos ministérios.

(O Globo, 22/10/08)

Fuga em Portugal

Dólar Interesseiro


O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, informou que, ao todo, o BC já usou US$ 22,9 bilhões para segurar o dólar. Mesmo dizendo que, ''não é quase nada" perto da injeção efetiva US$ 595 bilhões dos sistemas financeiros americano e europeu, o dólar, ciente de seu poder de sedução, afirmou que quer mais.

Comentários dos Leitores


Fernando disse...
Não acredito que os militares do Clube Militar, mesmo sendo de outra geração (e não a de quase 40 anos atrás) tenham "engolido" o Gabeira dessa forma tão cordial.O que acredito é que o outro candidato seja tão desclassificado (até por motivos que só os milicos conhecem) que resolveram apoiar o ex-guerrilheiro. Gostaria que algum leitor opinasse.
22 de Outubro de 2008 17:13

Anônimo disse...
Os militares aceitaram de forma civilizada algumas coisas com que as pessoas da minha geração (que tinham 30 anos em 1964) jamais sonharam que pudesse acontecer. Ex-guerrilheiros em postos importantes no governo (basta citar a Ministra Dilma Roussef, sucessora de José Dirceu na chefia da Casa Civil).Agora, ver nos jornais os militares, que há pouco tempo condenaram um soldado por homossexualismo (sem admitir, é claro)apoiarem um ex-guerrilheiro e homossexual... Como escreveu o leitor Fernando, esse Paes deve ser mesmo alguma coisa muito deplorável.
22 de Outubro de 2008 18:08

Fernando Caldeira disse...
O passado é passado. As posições que cada um tomou encontra (ou não) suas justificativas no passado. O mundo mudou tanto nestes anos que explicar o presente ou "advinhar" o futuro a partir daqueles posicionamentos é simplesmente besteira.A mim interessa aqueles que neste presente aliviam minha angustia quanto ao futuro. Aqueles que não me prometem mais do mesmo.Mais um fernando, Fernando Caldeira
22 de Outubro de 2008 21:48
____________________________________________________________
Clarinha sobre a crônica "O Plebiscito - Artur Azevedo":
A mensagem veiculada pelo texto poderia ser compreendida assim: qualquer pessoa pode se auto-motivar desde que perceba que no processo de aprendizagem ocorrem êxitos e fracassos, mas que sempre é possível alcançar objetivos?
Prezada Clara,
Também penso assim. Se algum leitor tiver outra interpretação, manifeste-se que será bem-vindo.

As Gralhas Enfurecidas (006)

Antes que pedisse à secretária para falar com Eduardo, ela lhe telefonou:
- O Presidente quer falar com você, hoje ainda. Você pode subir entre cinco e cinco e meia.
A sala era a mesma usada para as reuniões da Diretoria e o Presidente sentava-se à cabeceira de uma enorme mesa retangular, com seis cadeiras em cada lado.
Enquanto esperava que ele desligasse o telefone, Luiz Felipe olhava as fotos emolduradas na parede e em porta-retratos sobre um móvel antigo: Eduardo, jogando pólo com amigos, no Rio de Janeiro; Eduardo, jogando pólo com o Príncipe Charles, em Londres; Eduardo, recebendo troféu da Rainha Elizabeth, em Windsor; Eduardo, casando-se com Vânia, herdeira do Grupo Silveira Martins; Eduardo com a mulher, em Los Angeles, na festa do Oscar; Eduardo com um grupo de convidados, onde apareciam Luiz Felipe e o amigo José Eduardo, naquela mesma sala, quando da inauguração da sede da Companhia. Eduardo...
Luiz Felipe pensou nos problemas da empresa e, apavorado, sem saber exatamente porquê, começou a duvidar da história que Eduardo lhe havia contado e de seu propósito, tão enfaticamente declarado, de voltar ao passado e recuperar o prestígio e a credibilidade que a Seguradora tivera nos tempos do pai. E imaginou se algum dia haveria uma outra foto naquela parede, na qual o famoso Eduardo Ferreira de Alcântara apareceria de frente e de perfil, com um número e uma data sobre o peito. Não, isto não aconteceria. Quem recebia troféu da Rainha Elizabeth jamais seria preso.
Eduardo desligou o telefone e foi direto ao assunto:
- Você sabe que estamos passando por dificuldades, problemas sem muita importância que, aliás, já estão equacionados. No máximo em dois meses, toda a situação já estará regularizada. Por isso, eu entenderei se você recusar, não há problema algum. Amanhã haverá a reunião dos acionistas, isto é, eu e meu irmão... e vamos criar mais uma Diretoria. Você foi o escolhido para ocupá-la.
E, antes que Luiz Felipe fizesse qualquer comentário, completou:
- Não precisa responder agora. Vamos embora, já está tarde, eu te dou uma carona.
O primeiro a se manifestar sobre a promoção foi seu núcleo neurótico, que subindo com Luiz Felipe no elevador, quando ele chegava em casa, comentou:
- Você está indo bem... Diretor em seis meses ! Mas, em se tratando desta Companhia... é bom pensar muito mesmo e consultar algum advogado antes de aceitar.
Depois, foi a vez de Luísa, para quem Luiz Felipe telefonou, chamando-a para jantar.
- Pois é, Luísa, detesto ter de admitir mas acho que você e o José Eduardo estavam com razão...
- Pois é, Luiz Felipe e eu detesto ter de repetir aquela frase que você odeia mas... eu não disse ?
- O quê que eu faço agora ? Como eu posso não aceitar a nomeação e continuar trabalhando ? O Eduardo, você sabe, já recebeu troféu da Rainha Elizabeth, e foi convidado para o casamento do Príncipe Charles. Se a coisa engrossar, ele se sai muito bem... e eu ? Como é que eu fico nesta história ?
Luiz Felipe seguiu o conselho do núcleo neurótico, que foi ratificado pela amiga Luísa, e consultou o Dr. Silas Cardoso, com quem trabalhara, ainda como estudante de Direito.
O advogado tinha tido alguns problemas com a Segex, mas, muito discreto, como sempre, não quis dar maiores detalhes. Nem precisava... certamente deixara de receber honorários por algum serviço prestado... e sua impressão sobre Eduardo Ferreira de Alcântara, por razões óbvias, não era das melhores.
- O não recolhimento do imposto de renda retido dos empregados é coisa séria. O nome disso, no Código Penal, é apropriação indébita. O contador e os Diretores são responsáveis, podem ser presos e seus bens respondem pelos débitos da empresa, o que não acontece com quem é apenas empregado, mesmo que tenha o título de Superintendente, como é o seu caso. Logo, você não deve aceitar o convite.
Ser preso. Perder os bens. O apartamento onde morava, a casa de campo... seria realmente algo trágico, quase tão trágico quanto o discurso que teria de ouvir do amigo José Eduardo, ou os “eu não disses?” de Luísa.
- Um detalhe: o Eduardo não vai perder nada de importante, porque o que é realmente importante está numa conta na Suiça, ou na Inglaterra, para onde ele vai todos os anos, levar ou lavar os dólares, e aproveita para jogar pólo com o filho da Rainha, o que, aliás, é uma desculpa muito charmosa para justificar a viagem. Em suma, esse sujeito é um salafrário.
Tudo bem, não aceitar o convite e ficar como empregado... Mas como justificar perante o dono da Companhia a recusa em ser Diretor e permanecer como empregado ? Não, a questão não era esta. Luiz Felipe acreditava, filosofando dentro do metrô, que isto Eduardo entenderia. Afinal, não fora ele mesmo que dissera que entenderia a recusa ? Se a questão não era esta, qual era, então ?
Quando chegou ao escritório, havia um recado da secretária: ele devia estar na sala do Presidente às dez horas. Já estava atrasado quinze minutos.
Dispensou o elevador, subiu os dois lances de escada e entrou pela segunda vez, em vinte e quatro horas, na grande sala do Presidente.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

As Voltas que o Mundo Dá


Fernando Gabeira (PV/PSDB/PPS), Integrante da luta armada contra a ditadura, foi recebido em clima de cordialidade no Clube Militar.
A "visita histórica", como classificou Gabeira, que nunca havia estado no Clube, teve a presença do presidente da entidade, general Gilberto Figueiredo, e de cerca de dez outros militares, entre eles coronéis da diretoria do Clube, que reúne dez mil militares da reserva no Rio. O general afirmou que "um grande número" de militares, sobretudo do Exército, disse a ele que vai votar no verde, apesar de haver outros que "jamais vão votar, por causa do passado". Ele afirmou que o principal ponto em comum entre os militares e Gabeira é o combate à "imoralidade na política":
- Se houve esse passado em lados opostos, hoje há um ponto de aproximação, a ação política (de Gabeira) de combate à imoralidade pública. Isso agrada muito a grande parte dos militares - disse o general, hoje na reserva e que por volta de 1970, quando Gabeira era perseguido pelos militares, era capitão e servia em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. - Há um simbolismo. É um encontro meio inusitado, um antigo guerrilheiro sendo recebido no Clube Militar.
- Estivemos em lados opostos na Guerra Fria. Mas temos pontos em comum: vontade de resolver as coisas na prática e resistência à corrupção e ao desvio do dinheiro público - completou Gabeira, que já acompanhou o Exército na Amazônia e na Antártica.
Ele brincou em relação ao voto do general:
- O presidente do Clube Militar disse que não vota em mim de jeito nenhum porque ele é eleitor em Petrópolis.
Na conversa, de cerca de meia hora, com os militares, Gabeira falou sobre a segurança no Rio, onde os militares, disse o candidato, poderiam cooperar na "coordenação de inteligências". Segundo ele, sua visita foi "uma iniciativa bilateral". O presidente do Clube, no entanto, afirmou que foi um pedido feito pela campanha de Gabeira.
Na visita estavam dois militares amigos de Gabeira, os brigadeiros Chicão Silva Júnior e Allemander Pereira Filho.
- O Allemander é um grande goleiro de water-pólo. O Chicão também joga. Nos conhecemos no water-pólo - disse o candidato, rindo.
- Temos tido alguma dificuldade para aceitarem a presença de aviões, helicópteros no nosso trabalho. Mas, como disse no debate (no último domingo), Santos Dumont teve dificuldade muito maior e conseguiu avançar.
Um dos presentes no Clube Militar foi Afonso Arlindo, que foi advogado do Exército por 30 anos e agora é voluntário da campanha de Gabeira:
- Gabeira hoje é uma pessoa tranqüila. Pode estabelecer a harmonia entre os Poderes.
- A presença do Gabeira aqui é fruto do amadurecimento de uma democracia, de pessoas que se desentenderam e que hoje podem conversar. O importante é defendermos o estado de direito, e esse encontro é uma pedrinha a mais nessa construção - acrescentou o general Figueiredo.

Mudança de Tom


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta terça-feira, pela primeira vez, que se a crise financeira global atingir o Brasil haverá redução de recursos em todos os ministérios.
- Eu não posso assumir o compromisso com vocês de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vai manter todo o dinheiro de todos os ministérios.
O presidente mudou um pouco o tom dos possíveis impactos da crise no Brasil e afirmou que a redução nos ministérios virá se a arrecadação de impostos for afetada.
- Até porque se um milhão for arrecadado a menos, vai ter menos dinheiro para todo mundo. Não vai ter ilusão - disse.
Lula, no entanto, procurou manter o otimismo e disse que a crise "vai chegar leve aqui."
Os números divulgados hoje mostram que a crise ainda não atingiu o bolso do governo. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a arrecadação já soma R$ 508,813 bilhões, recorde para o período.
Na segunda-feira, o governo anunciou novas medidas de crédito para aliviar os efeitos da crise. A agricultura ganhará mais 2,5 bilhões de reais e a construção civil terá 4 bilhões adicionais.
- Não vamos lançar um pacote econômico, vamos trabalhar pontualmente na expectativa de que as medidas do presidente Bush e do primeiro-ministro britânico Brown funcionem - disse Lula.

Marketing


Dois mendigos estão sentados lado a lado numa rua de Roma. Um tem no colo uma cruz; o outro, uma estrela de Davi.
Muita gente passa, olha para os dois, mas só dá esmola ao primeiro.
Um padre observa que as pessoas não dão nada ao mendigo com a estrela de Davi.
Penalizado, diz a ele:
- Meu filho, será que você não entende? Este país é católico, esta cidade é a casa do Catolicismo. Ninguém vai dar esmola a você com essa estrela de Davi. Ainda mais, sentado ao lado de outro pedinte com uma cruz. Provavelmente muita gente dá esmola ao outro só para provocar você.
O mendigo com a estrela de Davi ouve atentamente o padre, vira-se para o outro mendigo e diz:
- Moishe, olha só quem quer ensinar marketing aos irmãos Goldstein!

Mulher: Equilíbrio.



A mulher é o equilíbrio do homem.



O Primo do Ivanildo


Ivanildo, o imbecil, chega à redação esbaforido e me mostra um recorte do Globo (Elio Gáspari) em que seu primo, Eremildo, o Idiota é citado. Quer, porque quer, também aparecer no Globo e não neste jornal virtual.
Respondo pacientemente:
- Vamos ver, Ivanildo, vamos ver...

A Frase do Dia

O celular faz mal para a masculinidade: é cada vez menor, anda sempre dobrado, cai a ligação várias vezes e não funciona quando entra no túnel.
(Roberto Campos)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Gays e Lésbicas


Sob o título Deus e os Gays, Ancelmo Goes (O Globo de 20/10) informa que gays e lésbicas vão promover o seminário A homossexualidade e a Bíblia, nos dias 8 e 9 de novembro, no Hotel Pouso Real, na Lapa.
Com todo o respeito, como sempre diz o Ancelmo, Senhores Gays e Senhoras Lésbicas, aconselho a cancelar o evento. Na Bíblia vão descobrir que Deus criou Adão e Eva e não Adão e Ivo.

Contrato de Exclusividade


Em diversas ocasiões disse que o Brasil não tem contrato de exclusividade com a corrupção, o crime organizado, as fraudes, as falcatruas. Mas, parece, tem, sim, contrato de exclusividade com a impunidade.
Em setembro de 2007, clonaram meu cartão do Banco e sacaram 600 reais. (Só para perceberem a importância do valor: 600 reais representam 38 % da minha aposentadoria do INSS).
Assustado, mas não o suficiente para deixar de adotar imediatas providências, cancelando o cartão pelo Internet, fiquei pensando: Como vou provar ao Banco que não fui quem sacou ? Logo logo veio um pensamento que me aliviou: Como o Banco vai provar que fui eu ?
Sem suspense: Não aconteceu coisa alguma, em três dias, o Banco me creditou o dinheiro.
Leio, agora, no Globo on line que ladrões sacaram dinheiro da conta bancária de Sarkozy, Presidente da França (Foto). Acontece no Primeiro Mundo, acontece aqui. Pelo menos, estou em boa companhia.

O Lado Bom da Crise

O Globo de ontem informou que mulheres usam strip-tease para alegrar maridos deprimidos por abalo na economia mundial.
No último mês, lojas especializadas em cursos sensuais têm registrado aumento de cerca de 30 % na procura por estas aulas, que ensinam técnicas de strip-tease, massagens, pole dance, chair dance e outros truques para tornar o sexo mais apimentado.
Como a crise financeira não me afetou seriamente (só tive de desistir de comprar a Ferrari) e porque estou na minha fase hipomaníaca, vai ser muito difícil convencer minha namorada de que estou deprimido, nem tampouco convencer meu psiquiatra a suspender os remédios para eu deprimir só um pouquinho. Ela não vai fazer o strip. Enquanto isso vou curtindo o strip da modelo anoréxica.

Apertem os Cintos !




Senhores e Senhoras doentes, apertem os cintos, os médicos sumiram ! (O Globo, 20/10)




Informação Relevante

Um terço dos homens sofre de ejaculação precoce e 52 % dos homens com mais de 40 anos têm problemas de ereção.

Comentários dos Leitores

Wallace sobre a nota "Dicas de Português - Os possessivos":
Suas dicas são muito boas porque ajudam a esclarecer o dia a dia do nosso falar e escrever. Mas, neste caso, fico com uma dúvida: Se estou me dirigindo a uma pessoa mais idosa, ou uma pessoa hierarquicamente superior a mim, não posso dizer, por exemplo:
- Senhor, li teu livro e gostei muito.
Vou ter que dizer:
- Senhor, li seu livro e gostei muito.
E aí, de quem é o livro ?
Abraços e parabéns pelo blog.
Wallace sobre a nota "Dicas de Português - Os possessivos":
Suas dicas são muito boas porque ajudam a esclarecer o dia a dia do nosso falar e escrever. Mas, neste caso, fico com uma dúvida: Se estou me dirigindo a uma pessoa mais idosa, ou uma pessoa hierarquicamente superior a mim, não posso dizer, por exemplo:
- Senhor, li teu livro e gostei muito.
Vou ter que dizer:
- Senhor, li seu livro e gostei muito.
E aí, de quem é o livro ?
Abraços e parabéns pelo blog.
Prezado Wallace,
Você tem razão, ou seja, não pode dizer li teu livro, ainda que a frase estivesse gramaticalmente correta. Use o seu.
Este problema não existe na língua inglesa. Quando é seu (de você) a palavra é your, quando é seu (dele), a palavra é his e quando é seu (dela), a palavra é her.

Agradeço os elogios.
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Sobre a nota "Pausa para Reflexão":
Anônimo:
é mas acontece que a arca de Noé é ficção da Bíblia,e porque devia ter 1 ou mais baleias azuis de baixo da arca de garantia para que ela não afundasse,já que Noé estava salvando os animais ,o trato foi que os outros animais não deixassem que os elefantes afundassem a arca.
duda
hahahahaha muito engraçado gostou do meu recado que mandei pela Ariela beijos da sua fã.
Tudo bem, meninas, Anônimo e Duda são a mesma pessoa.
Beijos.
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Ariela a. Manela sobre a nota "Eduardo Paes é um Moço Educado: Pede Desculpas":
Oi não entendi muito bem ,deve ser porque tenho só 9 anos,mas se eu já pudesse votar eu votaria no Gabeira...