quarta-feira, 15 de abril de 2009

No País dos Mosquitos Assassinos


O número de pessoas que tiveram dengue na Bahia, este ano, chega a 40 mil com 32 mortes. A maioria das vítimas fatais eram crianças. As variações do tempo, com chuva e calor, provocaram um aumento dos focos do mosquito transmissor, o Aedes aegypt. O principal obstáculo ao combate à doença pode estar dentro de casa.
Em Itabuna, uma das cidades mais atingidas no sul do estado, foram registrados 6,9 mil casos da doença e oito mortes. A última vitima com suspeita de dengue foi o armador de móveis Carlos de Oliveira Santos. Médicos e enfermeiros das Forças Armadas reforçam o atendimento a população. Foram abertas duas unidades de saúde com 70 leitos além de três centros de hidratação.
Em Salvador, o aumento no número de casos preocupa a área de saúde. Principalmente porque a cidade tem enfrentado chuvas e depois de muito calor, o que favorece a proliferação do mosquito. Na capital, já foram confirmados 352 casos de dengue com mais de 1700 notificações.
O combate aos focos do mosquito transmissor da dengue também foi intensificado nos bairros com maior nível de infestação. É que apesar de todas as advertências, de todas as recomendações das autoridades de saúde, 40% dos focos em Salvador estão em tonéis e tanques descobertos e em vasos e pratos de plantas.
- Não temos acesso a todos os domicílios. A gente fica refém porque com um calor deste as polpas em três horas podem se transformar em fêmeas - diz Lucília Magalhães, coordenadora de combate à dengue.
A Secretaria Municipal de Saúde está abrindo 25 centros de hidratação nos postos de saúde. Mais quatro foram abertos junto aos principais hospitais da cidade. Eles servem como postos de primeiros-socorros. Em um centro são atendidas 100 pessoas por dia. Nos hospitais, essa semana, foram destinados 200 novos leitos para o atendimento aos casos de dengue.

2 comentários:

Hélio disse...

Como sinto saudades do Sérgio Porto e de seu "FEBEAPA - Festival de Besteiras que assola o país".
Um país onde se morre de picada de mosquito, de febre amarela, que não tem suficientes hospitais públicos, em que as estradas não têm conservação etc etc etc é o mesmo país em que o presidente diz que é chique emprestar dinheiro ao FMI.
Volta, Sérgio Porto, volta !

Alberto del Castillo disse...

Há muitos anos atrás num pais tropical, havia uma epidemia de febre amarela, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Naquela época, além de drenar charcos, combater focos em residências e imóveis em geral, tornou-se obrigatória uma vacina tão combatida pela cidadania de então que tumultos e arruaças eram frequentes numa cidade maravilhosa.
Graças a um Príncipe Encantado chamado Osvaldo Cruz o Dragão Aedes foi eliminado e a Bruxa Febre Amarela, banida do reino.
Eis que muitos anos depois o Dragão ressurge das cinzas trazendo uma nova bruxa, a Bruxa Dengue. Que fazer? Onde está o Príncipe? Procura-se por todas as partes, só se encontram princesas.
O desespero se apodera dos habitantes do reino.
E no auge da tragédia, uma voz trovejante desce dos céus:
- O único antídoto para seus males chama-se testosterona.