O ministro da Fazenda, Guido Mantega, usou a figura de um incêndio como metáfora para a crise em seu, literalmente, incendiário discurso neste domingo, na reunião do comitê de desenvolvimento do FMI/Banco Mundial (Bird).
- O mundo está em chamas - disse Mantega, abrindo seu discurso, que culpou a insensibilidade e ganância dos ricos, além da globalização, pela crise atual, a miséria no mundo e mesmo o aquecimento global, considerados por ele "incêndios que já queimavam antes do agravamento da crise, em setembro de 2008".
A declaração do ministro reforça a mudança de tom do governo em relação à crise internacional. Em outubro, o presidente Lula dizia que a crise chegaria como "marolinha" ao Brasil, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, falava em "gripezinha". Em meados deste mês, Lula já dizia "tempestade".
Mantega pediu mudanças no Bird da mesma maneira com que pediu mudanças no FMI um dia antes. Elogiou o papel do G-20, em que o Brasil tem destaque, e afirmou que não há saída para a crise fora de uma ação multilateral no âmbito de organismos como o FMI e o banco. E não poupou a globalização:
- O desenvolvimento, o clima e até a crise financeira parecem ter piorado pelo caminho da globalização trilhado pelo mundo. Globalização foi alimentada pela desigual distribuição de riqueza, pelo crescimento econômico rápido e concentrado e por padrões de consumo que degradam o uso dos recursos naturais que temos. A globalização nos aproximou, mas ao mesmo tempo nos separou como nunca. Este modelo de globalização precisa de ajustes.
Mantega fez uma pregação das vantagens das ações de governo para reativar as economias, uma solução de combate à crise estimulada pelos EUA, mas que tem críticos no FMI e no Bird, especialmente entre os países europeus, para os quais vale mais agir limpando os balanços dos bancos e regulando os mercados financeiros.
No fim, o ministro da Fazenda voltou a tocar no tema de Cuba, pedindo a enbtrada do país no Bird, como fizera antes sobre o FMI. E exatamente como no FMI, o fato é que Cuba deixou de ser membro do Bird espontaneamente em novembro de 1960, e não consta que o país tenha interesse em voltar.
- O mundo está em chamas - disse Mantega, abrindo seu discurso, que culpou a insensibilidade e ganância dos ricos, além da globalização, pela crise atual, a miséria no mundo e mesmo o aquecimento global, considerados por ele "incêndios que já queimavam antes do agravamento da crise, em setembro de 2008".
A declaração do ministro reforça a mudança de tom do governo em relação à crise internacional. Em outubro, o presidente Lula dizia que a crise chegaria como "marolinha" ao Brasil, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, falava em "gripezinha". Em meados deste mês, Lula já dizia "tempestade".
Mantega pediu mudanças no Bird da mesma maneira com que pediu mudanças no FMI um dia antes. Elogiou o papel do G-20, em que o Brasil tem destaque, e afirmou que não há saída para a crise fora de uma ação multilateral no âmbito de organismos como o FMI e o banco. E não poupou a globalização:
- O desenvolvimento, o clima e até a crise financeira parecem ter piorado pelo caminho da globalização trilhado pelo mundo. Globalização foi alimentada pela desigual distribuição de riqueza, pelo crescimento econômico rápido e concentrado e por padrões de consumo que degradam o uso dos recursos naturais que temos. A globalização nos aproximou, mas ao mesmo tempo nos separou como nunca. Este modelo de globalização precisa de ajustes.
Mantega fez uma pregação das vantagens das ações de governo para reativar as economias, uma solução de combate à crise estimulada pelos EUA, mas que tem críticos no FMI e no Bird, especialmente entre os países europeus, para os quais vale mais agir limpando os balanços dos bancos e regulando os mercados financeiros.
No fim, o ministro da Fazenda voltou a tocar no tema de Cuba, pedindo a enbtrada do país no Bird, como fizera antes sobre o FMI. E exatamente como no FMI, o fato é que Cuba deixou de ser membro do Bird espontaneamente em novembro de 1960, e não consta que o país tenha interesse em voltar.
2 comentários:
O pior é que a "marolinha" deve estar fazendo companhia para a gripe suína, que (com aquele sorriso sarcástico) o nosso presidente diz que não temos perigo de ter que enfrentar.
Dona Dilma falou em gripezinha. E aí estamos. Provavelmente, de tanto achar que ela é a única a saber, a única a mandar, Dona Dilma se auto-diagnosticou. E, tal como a "gripezinha" que está em ritmo pandêmico, seu auto-diagnóstico teve um resultado longe de lhe ser simpático; é, êle deveria ter sido mais sobre o linfático.
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