terça-feira, 21 de abril de 2009

A Justiça é Cega

Caso número 1
Paulo, 28 anos, casado com Sônia, grávida de 4 meses, desempregado há dois meses, sem ter o que comer em casa foi ao rio Piratuaba-SP a 5km de sua casa pescar para ter uma 'misturinha' com o arroz e feijão, pegou 900gr de lambari, e sem saber que era proibido a pesca, foi detido por dois dias, levou umas porradas.
Um amigo pagou a fiança deR$ 280,00 para liberá-lo e terá que pagar ainda uma multa ao IBAMA de R$ 724,00. A sua mulher Sônia grávida de 4 meses, sem saber o que aconteceu com o marido que supostamente sumiu, ficou nervosa e passou mal, foi para o hospital e teve aborto espontâneo.
Ao sair da detenção, Ailton recebe a noticia de que sua esposa estava no hospital e perdeu seu filho, pelos míseros peixes que ficaram apodrecendo no lixo da delegacia.
Caso número 2:
Antônio Marcos Pimenta Neves, (foto) jornalista, ganhou ampla notoriedade policial em 2000 por ter matado a namorada (e também jornalista) Sandra Gomide em um haras de propriedade de João Gomide, pai da vítima.
Segundo versão contada por João Gomide, Sandra e Pimenta Neves namoraram às escondidas por cerca de 2 anos, o que João descobriu e desaprovava amplamente, pois o jornalista tinha idade para ser pai dela, com seus quase 70 anos. Mesmo sendo contra, João consentiu. Os dois namoraram por quase 4 anos até que Sandra pediu a separação. Inconformado, Pimenta Neves teria agredido-a brutalmente, e inclusive com a vítima tendo ido registrar queixa de agressão, que fora depois constatada pelo IML local. Poucos dias depois o agressor teria pedido perdão. João vivia pedindo a Pimenta Neves para deixar sua filha em paz. No dia 20 de agosto, o jornalista chega ao haras de Sandra para tentar a reconciliação, no que ela recusou e exigiu a separação definitiva. Pimenta Neves, então, respondeu sacando do bolso da calça uma arma, com a qual atingiu em Sandra dois tiros, sendo um pelas costas e outro no ouvido (este último possivelmente para tentar levantar hipótese de falso suicídio).
Ele ficou preso durante sete meses até 2001, quando conseguiu a liberdade provisória para aguardar o julgamento. Em 16 de dezembro de 2006 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu liminar suspendendo a ordem de prisão. E em setembro de 2008, o ex-jornalista pediu o registro de advogado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, 35 anos depois de ter recebido o diploma da faculdade de direito.
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Ivanildo:
- Sem comentários, chefe.

3 comentários:

Shirley disse...

O Blog foi preguiçoso.Além do fornalista Pimenta,há muitos outros casos de gente indiciada solta por aí. Daniel Dantas, Delúbio Soares, José Dirceu e uma infinidade de picaretas do mensalão.

AAreal disse...

Ivanildo, gostei dos exemplos. Mostra de forma clara que a justiça é mesmo cega e que no Brasil tbm é burra. Os dois mataram o que comiam. No entanto, o tratamento das questões teria que ser muito diferente.

Jorge Eduardo disse...

O título da matéria está errado. No Brasil, a Justiça não é cega porque não existe justiça.