domingo, 19 de abril de 2009

Obama e a América do Sul




O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sentou com líderes sul-americanos neste sábado dizendo que estava pronto para ouvir e aprender. Ele prometeu uma era de mais cooperação regional e repetiu que quer um novo começo com Cuba. No início da 5ª Cúpula das Américas, realizada em Trinidad e Tobago, Obama está oferecendo uma parceria regional para combater o impacto da crise econômica global sobre a vida dos 800 milhões de habitantes do hemisfério.
- Tenho muito a aprender e estou muito ansioso para ouvir e descobrir como podemos trabalhar juntos de forma mais eficaz - disse Obama quando entrava em uma reunião com os principais líderes da América do Sul, antes dos encontros deste sábado da cúpula.
Na sexta-feira, durante os discursos de abertura da cúpula, o principal assunto abordado por diversos líderes foi a relação entre Cuba e os Estados Unidos. Na ocasião, Obama disse que seu país busca um "novo começo" com Cuba e que deseja dialogar com o governo cubano sobre vários temas, inclusive direitos humanos, migração e economia. Foi uma resposta ao presidente de Cuba, Raúl Castro, que afirmou estar disposto a discurir "tudo" com os EUA.
A Cúpula das Américas está focada também na coordenação para combater os efeitos da crise econômica mundial, desenvolver recursos energéticos, enfrentar os perigos das alterações climáticas e as ameaças de armas e tráfico de drogas.
Pouco antes da sessão de abertura, na sexta-feira à tarde, Obama apertou as mãos do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, (foto) um estridente crítico das políticas de Washington.
No sábado, Chávez seguiu sendo amigável com Obama e presenteou o líder americano com o livro "As veias abertas da América Latina", autografado pelo autor, o escritor uruguaio Eduardo Galeano. O livro denuncia a exploração do continente por empresas capitalistas. Obama aceitou a oferta com um sorriso.

Um comentário:

Alberto del Castillo disse...

O livro ofertado pelo Chavez é tão antigo (1970) que provavelmente foi lido quando estava no primário.
O mundo já mudou tanto após a publicação deste livro, sem o Chavez tomar conhecimento,que talvez seja o último livro que leu.
Presidente Chavez, a notícia da queda do muro de Berlim já chegou à Venezuela ou foi censurada por ser propaganda capitalista?