sábado, 18 de abril de 2009

Falcatruas - Alberto del Castillo


Hoje tivemos um festival de falcatruas apresentado no Bob's Blog."O Destino das Passagens","A Tranca Depois da Porta Arrombada", "O Voo dos Ministros e Seus Parentes","Exemplo-Veríssimo", são várias cabeças da mesma Hidra. A Hidra conhecida pelo nome de falcatrua é um monstro que se alimenta da irresponsabilidade (inexistência de um responsável pelos atos praticados) e da impunidade (não há julgamento por juízes isentos). As medidas apresentadas como solução do problema não passam do corte de algumas cabeças do monstro. Infelizmente, como aprendemos na Mitologia Grega, para cada cabeça cortada surgiam duas novas cabeças ameaçando o seu algoz. A destruição da Hidra foi conseguida pelo herói, Hércules, ao cortar as cabeças e cauterizar cada pescoço. Ninguém está cauterizando nada no Congresso, as feridas continuam abertas para novos focos de infecção. A nação não pode ser vitimada por estes meliantes sem ter nenhum instrumento de defesa. Em nosso país, dois são os crimes inafiançáveis:- Do Infiel Depositário;- Do Caloteiro de Pensão Alimentícia. Esta turma vai direto para a cadeia. Gostaria de saber o que impede a justiça de enquadrar estes políticos no Crime do Fiel Depositário ? Deputados e Senadores são depositários de nossos impostos, de nossas esperanças de um Brasil melhor e do futuro de nossos filhos. Deverão prestar contas da preservação deste nosso patrimônio inalienável.
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A Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega, que morava no pântano de Lerna com inúmeras cabeças de serpente (diferentes versões dizem ser 7, 8, 9 ou até 10 cabeças) que se regeneravam (ou seja, matava-se uma e surgia pelo menos mais uma no lugar) e corpo de dragão, cujo hálito era venenoso. Uma das cabeças era imortal.
Foi derrotada por Hércules em um dos doze trabalhos, que atirou uma pedra na cabeça imortal ou, em outras versões, destruiu cada cabeça e, para não se regenerarem, pediu ao sobrinho Jolau para queimar cada cabeça após ser cortada.
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(foto: Hércules e a Hidra de Lerna, por Antônio Pollaiulo)

Um comentário:

Cremildes Tegucigalpa disse...

Tudo bem, Alberto. Vivemos momentos de grave depressão, aqueles que, com razão mas inermes, lamentamos o momento que vive o Brasil. Tudo é um horror. Do namorado da Galisteu, ao Tiao Viana com a filhinha telefonando do México, à viúva do Jefferson Perez, ao Haroldo Costa viajando com as passagens do seu suplente pentelhudo, ao horrendo Inocêncio e sua Sagrada Família etc. etc. No entanto, reflitamos sobre a parcela de culpa que nos cabe, ao termos sempre votado mal ou insuficentemente bem. Ou ainda de termos a tendência à complacência. Você fala em algo como "depositário infiel". Pois certamente se lembrará de que ninguém, jamais, aceitou responsabilizar o falecido Giulite Coutinho, quando era Presidente da CBF e, ao invés de manter a Copa Jules Rimet no cofre, o que gaurdava dentro do mesmo era a réplica. Dizia que um Presidente dos tri-campeões do mundo só podia ter sobre sua mesa de trabalho a jóia autêntica. E, com isto, o Brasil perdeu uma jóia Art Nouveau, feita no começo do século XX por famoso ourives parisiense e ninguém jamais sequer ousou criticá-lo. Dir-se-á que isso acentecera durante a ditadira militar e que nada se poderia fazer à época. Pois eu mesmo, pessoalmente, escrevi várias cartas a jornais, aos blogs de Boechat e Ancelmo jamais publicadas - ainda em vida do Giuklite, que por sinal era uma boa praça e nada tinha a ver com Inocêncio, Sarney e Cia, exceto ter sido depositário infiel. E, agora, estamos com pena da viúva do Jefferson Perez que, ela também, é depositária infiel deum nome que - em princípio, ao menos - pareceria ser honrado e repeitável. Não, Alberto a Hidra brasileira jamais conhecerá o seu Hércules. On est vraiement foutus, we're screwed for life!