quarta-feira, 1 de abril de 2009

Lula Sai de Mansinho


A participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula entre países árabes e sul-americanos realizada em Doha, no Qatar, foi marcada pelo constrangimento. Em almoço oficial para os líderes da cúpula, ao perceber que seria colocado ao lado de Omar al-Bashir, (foto) o presidente do Sudão que foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e contra a Humanidade na região de Darfur, não perdeu tempo. Comeu apenas a entrada e, ao ver a chegada do presidente do Sudão - que estava atrasado -, levantou-se, cumprimentou-o brevemente e alegou que precisava sair para atender a uma ligação. Não voltou mais.
O Itamaraty garante que Lula não trocou uma palavra sequer com o líder sudanês. Oficialmente, o Palácio alega que Lula queria descansar para poder enfrentar as reuniões da parte da tarde. Mas o líder brasileiro evitou falar com a imprensa e ter de responder a perguntas sobre Al Bashir.
- Não! Não sentaram juntos. Não trocaram uma palavra - garantiu um assessor do presidente.
Mais tarde, em outro momento tenso da cúpula, o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, se levantou e abandonou a sala assim que Lula começou o seu discurso. Kadafi deixou Doha sem dar explicações.
O Brasil ratificou o TPI, mas até hoje não se pronunciou sobre Al Bashir. O chanceler Celso Amorim afirmou que o tema do sudanês não estava na agenda. E confessou que esperava que não entrasse. Bashir foi a Doha para uma reunião da Liga Árabe, segunda-feira, mas aproveitou e ficou no Qatar para a reunião de 22 países árabes com 12 sul-americanos.
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- E aí, Ivanildo ?
- Pois é, chefe. O Lula deu uma de racista e não quis almoçar com o negão.
- Não foi nada disso, Ivanildo. O Lula não quis a companhia de um ditador.
- Ora, chefe, e os afagos com Fidel e Chávez ?

3 comentários:

Anônimo disse...

É isso aí, Ivanildo. Tudo bem com Fidel e Chávez, mas com o negão do Sudão, nem pensar.

Sarney Greenhalgh Roussef disse...

O Presidente Lula agiu com presença de espírito e requinte diplomático. Não prestigiou o acusado de genocídio mas sendo um caso a ser julgado ( "subjudice")não cabia manifestações como presidente de nação que mantém relações diplomáticas com o Sudão.

Doutor Carlos disse...

Celso Amorim deve ter sentido calafrios na indecisão entre o voto do Sudão na Assembléia Geral da ONU que tratará da sua reforma (sobretudo a questão do tal assento permanente no Conselho de Segurança)e o Lider Delle aparecer na fotografia junto com esse ogre sudanês. E elle ficou tão bonitinho ao lado da Rainha da Inglaterra, verdeiro diploma de que elle entrou para as zelite!