Divergências entre os partidos da base aliada impediram nesta terça-feira que o governo fechasse sua estratégia de atuação na CPI da Petrobras. No epicentro dos embates está a disputa entre os próprios governistas pelo comando da comissão. Desentendimentos entre os líderes do PMDB, Renan Calheiros (AL), e do PT, Aloizio Mercadante (SP), dificultaram o acordo.
Numa reunião comandada pelo ministro das Relações Institucionais, José Múcio, (foto) chegou-se a cogitar a possibilidade de Mercadante assumir a presidência da CPI e delegar ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), a relatoria. Uma fórmula que não agradou em nada a Renan.
Nos bastidores, o PMDB faz críticas a essa composição, alegando que reforçaria a ideia de uma investigação chapa-branca. Descontente, a liderança do partido não descarta nem a possibilidade de ceder o comando da CPI para o DEM, que tenta emplacar o nome do senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (BA) para o cargo.
A divergência entre os partidos da base acabou exposta pelo próprio Renan, contrário à indicação de líderes para a CPI - o que poderá frustrar a estratégia inicial do governo de fazer Jucá relator da comissão.
- Os líderes podem participar e falar quantas vezes quiserem numa CPI. Não considero necessário ter esse critério para a indicação dos nomes - disse Renan, que só chegou no fim da reunião promovida por Múcio.
No Planalto, a estratégia é resolver primeiro a disputa interna na base e depois instalar a CPI. Caso isso não ocorra, há o risco de o governo ficar refém dos próprios aliados, advertiu nesta terça um auxiliar direto do presidente Lula. O clima é de apreensão com a disputa entre PT e PMDB em plena fase de escolha de nomes para a CPI.
Avaliação no Planalto é que o governo não pode chegar rachado à CPI, pois isso deixaria a estatal exposta durante as investigações. A constatação é que o clima entre Renan e Mercadante ultrapassou os limites de civilidade. Intermediários do presidente Lula chegaram a pedir ajuda ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para contornar a situação. Sarney reuniu Renan e o líder do PTB, senador Gim Argello (DF), para discutir os nomes que os dois partidos indicariam para a CPI.
No governo, o maior temor é que esse clima de confronto tome conta dos trabalhos da CPI, o que levaria a uma composição pontual do PMDB com a oposição. O governo acredita que, nesse cenário, ficará muito fragilizado durante as investigações.
- Os líderes podem participar e falar quantas vezes quiserem numa CPI. Não considero necessário ter esse critério para a indicação dos nomes - disse Renan, que só chegou no fim da reunião promovida por Múcio.
No Planalto, a estratégia é resolver primeiro a disputa interna na base e depois instalar a CPI. Caso isso não ocorra, há o risco de o governo ficar refém dos próprios aliados, advertiu nesta terça um auxiliar direto do presidente Lula. O clima é de apreensão com a disputa entre PT e PMDB em plena fase de escolha de nomes para a CPI.
Avaliação no Planalto é que o governo não pode chegar rachado à CPI, pois isso deixaria a estatal exposta durante as investigações. A constatação é que o clima entre Renan e Mercadante ultrapassou os limites de civilidade. Intermediários do presidente Lula chegaram a pedir ajuda ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para contornar a situação. Sarney reuniu Renan e o líder do PTB, senador Gim Argello (DF), para discutir os nomes que os dois partidos indicariam para a CPI.
No governo, o maior temor é que esse clima de confronto tome conta dos trabalhos da CPI, o que levaria a uma composição pontual do PMDB com a oposição. O governo acredita que, nesse cenário, ficará muito fragilizado durante as investigações.
Com as divergências, Renan optou por adiar as indicações do PMDB. O partido terá direito a três vagas de titular e duas de suplente. Já o DEM admitiu ceder uma das duas vagas a que teria direito para os tucanos. Em troca, o PSDB defenderia um nome do partido para um dos cargos de comando da CPI. Entre os três democratas cotados, apenas ACM Júnior pode ser titular: Heráclito Fortes (DEM-PI) e Demóstenes Torres (DEM-GO), que já atuam em outras CPIs, podem ser suplentes. Com três nomes também interessados em participar da CPI - Álvaro Dias (PR), Tasso Jereissati (CE) e Sérgio Guerra (PE) -, o PSDB já sinalizou que aceita o acordo, que poderá reforçar o racha na base governista.
- Vamos conversar entre nós, democratas e tucanos. Tentaremos encontrar o caminho - disse o líder do DEM, Agripino Maia (RN), que disse que é preciso saber se a estatal é uma "caixa-preta".
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encaminhou nesta terça-feira aos líderes partidários ofício para que indiquem no prazo máximo de cinco dias os representantes da CPI da Petrobras e da Amazônia. Sarney pede as indicações de 11 titulares e sete suplentes para cada uma das CPIs, de acordo com cálculos de proporcionalidade e no prazo de cinco dias, fixado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, os trabalhos da comissão já podem ter início na semana que vem.
Sarney evitou comentar sobre a criação da CPI da Petrobras. Integrantes do governo estão convencidos que ele quer usar a CPI para desviar o foco das denúncias que paralisam a Casa desde que assumiu a instituição, em fevereiro.
- Como presidente da Casa, quero manter uma posição de distanciamento, cumprindo rigorosamente o que determina o regimento interno e o que impõe a Constituição Federal. Não quero, portanto, opinar - disse.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), encaminhou nesta terça-feira aos líderes partidários ofício para que indiquem no prazo máximo de cinco dias os representantes da CPI da Petrobras e da Amazônia. Sarney pede as indicações de 11 titulares e sete suplentes para cada uma das CPIs, de acordo com cálculos de proporcionalidade e no prazo de cinco dias, fixado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, os trabalhos da comissão já podem ter início na semana que vem.
Sarney evitou comentar sobre a criação da CPI da Petrobras. Integrantes do governo estão convencidos que ele quer usar a CPI para desviar o foco das denúncias que paralisam a Casa desde que assumiu a instituição, em fevereiro.
- Como presidente da Casa, quero manter uma posição de distanciamento, cumprindo rigorosamente o que determina o regimento interno e o que impõe a Constituição Federal. Não quero, portanto, opinar - disse.
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- Chefe, instalou-se a cizânia. Mais uma ! E o velho Sarney, como sempre, fica em cima do muro...
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