quinta-feira, 28 de maio de 2009

O Caso Sean


Um parecer do Ministério Público Federal recomendou que o menino Sean Goldman, de 9 anos, seja devolvido ao pai, o americano David Goldman, que disputa na Justiça a guarda da criança com a família brasileira. Sean mora no Rio há quase cinco anos, quando saiu dos EUA com sua mãe - que morreu em 2008 após o parto de sua segunda filha, ocasião em que o padrasto ficou com a guarda provisória da criança. Segundo o advogado da família, Sérgio Tostes, o parecer do MPF alega que o menino teria condições de se adaptar aos Estados Unidos.
- É um absurdo. O parecer alega que, apesar de o menino ter dito sete vezes na perícia que quer ficar no Brasil, teria condições de se adaptar facilmente aos Estados Unidos, apesar de estar fora do país há cinco anos - afirmou Tostes.
O advogado Ricardo Zamariola, que representa David Goldman no Brasil, preferiu não fazer comentários sobre o processo que corre na 16ª Vara Federal do Rio. David, que tem feito uma grande campanha internacional para ter o filho de volta, alega que o Brasil viola uma convenção internacional ao negar seu direito de guarda. Já a família brasileira de Sean diz que, por "razões socioafetivas", ele deve permanecer no país.
Em março deste ano, o menino Sean foi ouvido por três peritas e por uma assistente da União durante uma avaliação psicológica, a pedido da Justiça Federal. Na ocasião, ele disse sete vezes que prefere ficar no Brasil a voltar para os Estados Unidos. A entrevista durou cerca de três horas e foi gravada, com autorização dos participantes, por uma assistente técnica indicada pelo réu, João Paulo. A assistente técnica, que é psicóloga, chamou um tabelião para transcrever o conteúdo da entrevista, que foi registrado no 13º Ofício de Notas.

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