sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Dilma Faz Plástica no PAC



A dois anos da sucessão presidencial, o governo resolveu turbinar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciando um acréscimo de R$ 142,1 bilhões nos investimentos previstos até 2010 e mais R$ 502,2 bilhões após a gestão Lula. Só que ''maquiou'' o plano com a inclusão de obras antigas. Boa parte da lista das chamadas "obras novas" são projetos em andamento - alguns já incluídos em balanços anteriores do PAC ou previstos no orçamento das estatais. É o caso, por exemplo, das obras de expansão da linha 1 do metrô do Rio de Janeiro e da exploração de petróleo na camada pré-sal, incluída no plano estratégico da Petrobras 2009/2013. Até o trem-bala que ligará Rio a São Paulo foi ''incluído'' como obra nova, mas o projeto já constava do último balanço do PAC, divulgado em setembro de 2008. Só que não tinha sido computado no orçamento total do programa.
Os números foram apresentados pela ministra Dilma Rousseff, (foto) que negou se tratar de uma peça de marketing.
- O PAC hoje é um dos principais instrumentos anticrise de que o governo dispõe. Mesmo que haja desaceleração da economia, ele pode sustentar os investimentos - disse.
No lançamento do programa, há dois anos, o governo previa investir R$ 503,9 bilhões até 2010. Com o acréscimo de R$ 142,1 bilhões, o montante passa a ser de R$ 646 bilhões. No entanto, entre 2007 e 2008, foram aplicados apenas R$ 48 bilhões. Outros R$ 502 bilhões foram acrescentados para o período pós-2010, totalizando um investimento de R$ 1,148 trilhão. Desse total, o setor de energia é que mais vai receber investimentos - R$ 759 bilhões. O eixo de logística ficará com R$ 132,2 bilhões e o social e urbano, com R$ 257 bilhões. A intenção do governo é reforçar a infra-estrutura para fortalecer a política de estímulo ao setor privado e a geração de empregos.
Para a colunista do Globo Míriam Leitão, é muito dinheiro e o governo está inflando os números do PAC para confundir O que, de fato, o governo deveria fazer, segundo Míriam Leitão, é prestar contas do PAC orçamentário e explicar porque não conseguem gastar o que empenham.
- O governo faz de propósito. Ele cria esse número lindo, com empresas privadas, e muitas estão cancelando seus investimentos. Eles inflam os planos de investimento das estatais, como acabaram de fazer com a Petrobras, porque é óbvio que nenhuma empresa de petróleo do mundo está ampliando, nesta proporção, seus investimentos, na hora em que o petróleo está caindo, a demanda está caindo, o mundo está em crise - diz a colunista em seu blog no site do Globo. (O Globo on line)

Um comentário:

Anônimo disse...

Pode ser que tenhamos cara de palhaço, nariz de palhaço, jeito de palhaço, graças à passividade com que aceitamos as vergonhosas manobras com que o Governo (seja Federal, Estadual ou Municipal) tenta nos enganar.
Este caso do PAC é uma típica propaganda enganosa, pelo que deveríamos, se fôssemos menos pusilânimes (incusive eu) ir ao Procon. E esta senhora, ex-terrorista, de falsidade em falsidade, ainda vai acabar Presidenta. Deus nos livre !