A revista "Veja" desta semana faz um levantamento da evolução patrimonial de alguns caciques do PMDB e denuncia o envolvimento de Zuleido Veras, (foto, escondendo as algemas) dono da construtora Gautama, investigada na Operação Navalha, da Polícia Federal (PF), com integrantes da legenda. Semana passada, em entrevista à revista, o senador Jarbas Vasconcelos disse que o "PMDB é corrupto e "uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos".
Somando as esferas federal, estadual e municipal, o PMDB controlará em 2009 um orçamento de cerca de R$ 365 bilhões. É mais do que o triplo do orçamento da Argentina, cuja previsão para 2009 é de R$ 106 bilhões. Nos estados, o PMDB está na base de sustentação de 22 dos 27 governadores, tomando parte na gestão realizada por partidos que vão de um extremo ao outro do espectro ideológico.
Segundo a "Veja", há um episódio que ilustra bem a engrenagem de corrupção denunciada pelo senador Jarbas Vasconcelos. De acordo com a reportagem, Zuleido Veras conquistava obras públicas mediante o suborno de uma ampla rede de colaboradores no mundo político. A íntegra das provas produzidas até agora pela Polícia Federal, conseguida com exclusividade pela "Veja", demonstra que, quando precisava de favores em Brasília, o grupo de Zuleido recorria à bancada do PMDB no Senado. Uma troca comercial simples: o partido providenciava os serviços solicitados e Zuleido pagava por eles - especialmente por ocasião de campanhas eleitorais.
As obras de ampliação do aeroporto de Macapá, no Amapá, constituem um bom exemplo dessa relação promíscua, segundo a revista. A Infraero só licitou a obra, no fim de 2004, após pedido do senador José Sarney (PMDB-AP) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com "técnicos" instalados em postos-chave do governo, a Gautama conseguiu fraudar a licitação e assinar um contrato superfaturado em R$ 50 milhões, segundo a reportagem da "Veja".
A PF conseguiu reunir provas - como comprovantes de depósitos bancários, diálogos telefônicos, planilhas de propina - que mostram como o dinheiro público teria sido rateado: Segundo a "Veja", parte abasteceu campanhas eleitorais, parte foi parar diretamente no bolso dos envolvidos. Segundo a "Veja", um dos encarregados de cobrar os pagamentos era Ernane Sarney, irmão do presidente do Congresso, que recebeu de Zuleido um depósito de R$ 30 mil. Num diálogo interceptado em abril de 2007, Ernane pede dinheiro ao tesoureiro da Gautama. "Vocês estão me enrolando. Já não estava tudo na mão? Eu tô com a corda no pescoço aqui, rapaz, o doutor também tá com a corda no pescoço", explica o irmão de Sarney.
Somando as esferas federal, estadual e municipal, o PMDB controlará em 2009 um orçamento de cerca de R$ 365 bilhões. É mais do que o triplo do orçamento da Argentina, cuja previsão para 2009 é de R$ 106 bilhões. Nos estados, o PMDB está na base de sustentação de 22 dos 27 governadores, tomando parte na gestão realizada por partidos que vão de um extremo ao outro do espectro ideológico.
Segundo a "Veja", há um episódio que ilustra bem a engrenagem de corrupção denunciada pelo senador Jarbas Vasconcelos. De acordo com a reportagem, Zuleido Veras conquistava obras públicas mediante o suborno de uma ampla rede de colaboradores no mundo político. A íntegra das provas produzidas até agora pela Polícia Federal, conseguida com exclusividade pela "Veja", demonstra que, quando precisava de favores em Brasília, o grupo de Zuleido recorria à bancada do PMDB no Senado. Uma troca comercial simples: o partido providenciava os serviços solicitados e Zuleido pagava por eles - especialmente por ocasião de campanhas eleitorais.
As obras de ampliação do aeroporto de Macapá, no Amapá, constituem um bom exemplo dessa relação promíscua, segundo a revista. A Infraero só licitou a obra, no fim de 2004, após pedido do senador José Sarney (PMDB-AP) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com "técnicos" instalados em postos-chave do governo, a Gautama conseguiu fraudar a licitação e assinar um contrato superfaturado em R$ 50 milhões, segundo a reportagem da "Veja".
A PF conseguiu reunir provas - como comprovantes de depósitos bancários, diálogos telefônicos, planilhas de propina - que mostram como o dinheiro público teria sido rateado: Segundo a "Veja", parte abasteceu campanhas eleitorais, parte foi parar diretamente no bolso dos envolvidos. Segundo a "Veja", um dos encarregados de cobrar os pagamentos era Ernane Sarney, irmão do presidente do Congresso, que recebeu de Zuleido um depósito de R$ 30 mil. Num diálogo interceptado em abril de 2007, Ernane pede dinheiro ao tesoureiro da Gautama. "Vocês estão me enrolando. Já não estava tudo na mão? Eu tô com a corda no pescoço aqui, rapaz, o doutor também tá com a corda no pescoço", explica o irmão de Sarney.
2 comentários:
Um velho ditado diz que conhecemos as pessoas por suas obras.
A obra da família Sarney é o Maranhão.
Nada a acrescentar.
Não pensei que fosse viver tanto tempo para ver um dos irmãos Metralha sentado na cadeira do Presidente do Senado !
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