O líder dissidente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), José Rainha Júnior, rebateu nesta quinta-feira as acusações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que criticou na quarta-feira a violência do movimento e disse que as autoridades não podem tolerara as invasões. Rainha, que liderou a ocupação de 21 fazendas no Pontal do Paranapanema durante o carnavl , cobrou do ministro o mesmo tratamento dispensado ao banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity e acusado de corrupção, durante a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, no ano passado
Dantas foi preso duas vezes, mas acabou solto após habeas corpus concedidos por Mendes. Ele foi condenado em dezemro a dez anos de prisão pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto de Sanctis.
- Nós estamos lutando pela dignidade humana e o ministro não pode nos dar tratamento diferenciado ao que deu, por exemplo, a Daniel Dantas. Não se pode deixar os ricos sempre a favor da lei e condenar os pobres por se valerem de lutas - disse o líder dissidente do MST.
Rainha afirmou que a invasão não é um crime e muito menos o Pontal uma região de conflitos violentos.
- O ministro está fora do foco. A questão é de ordem social. O Pontal nunca foi um lugar de violência. Aliás, eu sou contra qualquer tipo de violência. A vida tem que estar acima de qualquer coisa. Ninguém nunca morreu em conflito por aqui - disse Rainha, acrescentando que a situação em Pernambuco, onde quatro seguranças de fazendas foram assassinados pelos sem-terra, "é bem diferente".
Rainha afirmou que qualquer desvio de verba pública pelas cooperativas associadas aos movimentos sociais deve ser investigado, mas pediu também acompanhamento no repasse de recursos para as prefeituras e para a Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), órgão do governo paulista que cuida da reforma agrária no estado. Segundo ele, o Itesp e as prefeituras não informam o que fazem com o dinheiro que recebem.
- A Federação das Associações dos Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Fafop), órgão ligado ao MST, recebeu em 2 anos R$ 4 milhões. O Incra já foi informado que o dinheiro foi utilizado no preparo do solo, compra de sementes, adubo e calcário. Já as prefeituras não informam o que fazem com o dinheiro que recebem. O Itesp, pelo que sei, recebeu mais de R$ 50 milhões para os assentamentos. Quero saber o que foi feito com esse recurso - disse.
O líder dissidente do MST vai pedir ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que intermedie um encontro com Gilmar Mendes. Ele também pretende ligar para o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, para tentar remarcar a reunião que estava prevista para esta quinta. O encontrou foi desmarcado pelo governo do estado assim que os sem-terra ocuparam as fazendas no Pontal.
Na quarta-feira, os sem-terra recuaram e anunciaram que iriam deixar as fazendas. Rainha disse que foi um gesto de boa vontade para que o diálogo com o governo do estado fosse retomado.
Dantas foi preso duas vezes, mas acabou solto após habeas corpus concedidos por Mendes. Ele foi condenado em dezemro a dez anos de prisão pelo juiz da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto de Sanctis.
- Nós estamos lutando pela dignidade humana e o ministro não pode nos dar tratamento diferenciado ao que deu, por exemplo, a Daniel Dantas. Não se pode deixar os ricos sempre a favor da lei e condenar os pobres por se valerem de lutas - disse o líder dissidente do MST.
Rainha afirmou que a invasão não é um crime e muito menos o Pontal uma região de conflitos violentos.
- O ministro está fora do foco. A questão é de ordem social. O Pontal nunca foi um lugar de violência. Aliás, eu sou contra qualquer tipo de violência. A vida tem que estar acima de qualquer coisa. Ninguém nunca morreu em conflito por aqui - disse Rainha, acrescentando que a situação em Pernambuco, onde quatro seguranças de fazendas foram assassinados pelos sem-terra, "é bem diferente".
Rainha afirmou que qualquer desvio de verba pública pelas cooperativas associadas aos movimentos sociais deve ser investigado, mas pediu também acompanhamento no repasse de recursos para as prefeituras e para a Fundação Instituto de Terras de São Paulo (Itesp), órgão do governo paulista que cuida da reforma agrária no estado. Segundo ele, o Itesp e as prefeituras não informam o que fazem com o dinheiro que recebem.
- A Federação das Associações dos Agricultores Familiares do Oeste Paulista (Fafop), órgão ligado ao MST, recebeu em 2 anos R$ 4 milhões. O Incra já foi informado que o dinheiro foi utilizado no preparo do solo, compra de sementes, adubo e calcário. Já as prefeituras não informam o que fazem com o dinheiro que recebem. O Itesp, pelo que sei, recebeu mais de R$ 50 milhões para os assentamentos. Quero saber o que foi feito com esse recurso - disse.
O líder dissidente do MST vai pedir ao senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que intermedie um encontro com Gilmar Mendes. Ele também pretende ligar para o secretário de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, para tentar remarcar a reunião que estava prevista para esta quinta. O encontrou foi desmarcado pelo governo do estado assim que os sem-terra ocuparam as fazendas no Pontal.
Na quarta-feira, os sem-terra recuaram e anunciaram que iriam deixar as fazendas. Rainha disse que foi um gesto de boa vontade para que o diálogo com o governo do estado fosse retomado.
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Ivanildo, no clima:
- Chefe, para quantos rounds está previsto o combate ?
Um comentário:
Não sei Vocês, nem tampouco Você, Ivanildo, mas não consigo entender por que razão quando se fala em Gilmar Mendes sempre se fala de Daniel Dantas e vice-versa. Será que há algo de mais podre do que o habitual na capital de Breguilândia, nome que tomo emprestado ao Jorge Eduardo para descrever com exatidão a triste choldra em que vivemos??
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