Sob o título "Brasil, um gigante desperta", um encarte publicitário da revista americana "Foreign Affairs", do bimestre janeiro/fevereiro, traz dez páginas onde destaca o avanço do país na área econômica, antes da crise, e apresenta a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como virtual candidata à Presidência em 2010. Dilma é destacada como "economista e política do partido de Lula e chefe do staff do presidente desde 2005". Ela diz, na publicação, que a estabilidade se dá porque muitos pobres foram incorporados à economia. Dilma ainda é citada em outra matéria, de uma página, sobre energia. Ao fim da reportagem, é apontada como "likely contender", isto é, virtual candidata à Presidência em 2010.
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto nega que o governo tenha patrocinado a publicação. Outras seis empresas ou organizações privadas também anunciaram, entre elas a CNI, a Federação do Comércio de São Paulo, e indústrias de biodiesel, energia e saúde.
O encarte contém uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com destaque para uma frase deste: "A grande vantagem do Brasil ter adotado uma política fiscal e financeira conservadora é que temos reservas suficientes e estabilidade para enfrentar a crise que está afetando todo mundo."
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto nega que o governo tenha patrocinado a publicação. Outras seis empresas ou organizações privadas também anunciaram, entre elas a CNI, a Federação do Comércio de São Paulo, e indústrias de biodiesel, energia e saúde.
O encarte contém uma foto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e uma do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com destaque para uma frase deste: "A grande vantagem do Brasil ter adotado uma política fiscal e financeira conservadora é que temos reservas suficientes e estabilidade para enfrentar a crise que está afetando todo mundo."
(O Globo on line)
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Ivanildo:
- Depois da ida da Benedita a Washington tomar o café da manhã com o Obama, o Planalto tinha mesmo de contra-atacar. Hillary que se cuide, Dilma acaba sendo nomeada Secretária de Estado nos Isteites.
2 comentários:
O artigo é curioso.A revista não é um veículo de propaganda ostensiva institucional ou comercial.
Esta propaganda é o produto acabado da simbiose governo X empresa, bastante comum no Brasil mas ainda uma raridade no resto do mundo. Até nosso governador pegou uma xepinha.
O lamentável é a Coteminas justificar uma atitude protecionista contra a China no setor de texteis justamente nos EEUU. Se cair de quatro sai pastando.
Discordo de Alberto del Castillo quando diz que o Economist não aceita propaganda ostensiva etc. Desde já não é a revista, em si, que publica a matéria, já que se trata de um encarte. Recordo-me bem do tempo em que o Ministério da Fazenda, nos idos de Delfim Neto e Ernani Galveas publicava encartes no Wall Street Jornal, e que eram de uma imensa tolice, pois claramente se tratava de tola jactância do "milagre" do tempo dos militares. Recordo também que o cume ético que se pretendia ser o Le Monde aceitava publicar anualmente volumosos encartes dizendo das maravilhas que fazia o regime da Coréia do Norte. Na mesma época descobriu-se na Dinamarca que a Embaixada norte-coreana, valendo-se da imunidade diplomártica e importando livre de taxas ou impostos, se convertera enm um imenso centro distribuidor de cigarroe bebidas contrandeadas a toda Europa, a fim de poder custear essas propagandas. De modo que é lógico supor que o texto laudatório de D. Dilma, caríssimo, foi preparado por um Ghost writer do Planalto e financiado com pelas verbas secretas do Governo e, possivelmente, alguma ajuda de empresários amigos ou extorquidos.
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