O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, (foto)determinou nesta quinta-feira a convocação do embaixador da Suíça no Brasil, Wilhelm Meier, para cobrar resultados das investigações sobre o caso da brasileira Paula Oliveira, torturada por um grupo de skinheads, na segunda-feira, em Zurique. Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, o chanceler também entrou em contato com a cônsul-geral do Brasil na Suíça, Vitória Cleaver, que deve se reunir com autoridades locais nesta quinta-feira para pedir rigor no tratamento do caso. Ele orientou Vitória a trabalhar junto com a embaixada brasileira em Berna nos contatos com autoridades na Suíça. A polícia divulgou um comunicado afirmando que "as circuntâncias exatas do incidente não estão claras" e que investiga em todas as direções. Além de ter sofrido cortes de estilete por todo o corpo, a advogada pernambucana, de 26 anos, foi deixada sem roupa e chutada inúmeras vezes, segundo o "Diário de Pernambuco Online". A brasileira sofreu um aborto das gêmeas que esperava há 11 semanas.
O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi, afirmou nesta quinta-feira que o crime traz de volta "o horror do holocausto". Vannuchi disse ainda que a cônsul do Brasil em Zurique obteve uma resposta "desaforada" de autoridades policiais no país e, por isso, precisou recorrer a instâncias superiores.
Paula falava ao telefone com a mãe, no Recife, quando foi atacada por homens carecas e vestidos de preto. Um deles tinha uma suástica na cabeça. Eles a levaram para uma área isolada e a torturam por dez minutos. Além dos cortes com estilete, os homens marcaram nas pernas da brasileira a sigla do Partido Popular da Suíça (SVP, na sigla em alemão para Schweiz Volkspartei). A legenda, a maior do país, é defensora do cerco aos imigrantes.
A advogada pernambucana trabalha legalmente na Suíça e planejava se casar em março com o economista suíço Marco Trepp, que era pai das duas filhas que esperava. Paula deve voltar ao Brasil na próxima semana. Seu pai, Paulo Oliveira - que é secretário parlamentar do deputado federal Roberto Magalhães (DEM-PE), ex-governador de Pernambuco - foi à Suíça para trazer a filha de volta e se revoltou com o caso
- Quero levá-la para casa, no Recife, o mais rápido possível. Temo pela integridade dela até esses homens serem presos - disse Paulo ao Diário de Pernambuco.
Naquele dia, os suíços tinham aprovado em referendo, por 59,6% dos votos, a manutenção do acordo de livre circulação no país de trabalhadores da União Européia. O partido ao qual os agressores de Paula seriam ligados estava dividido sobre a questão.
O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), Paulo Vannuchi, afirmou nesta quinta-feira que o crime traz de volta "o horror do holocausto". Vannuchi disse ainda que a cônsul do Brasil em Zurique obteve uma resposta "desaforada" de autoridades policiais no país e, por isso, precisou recorrer a instâncias superiores.
Paula falava ao telefone com a mãe, no Recife, quando foi atacada por homens carecas e vestidos de preto. Um deles tinha uma suástica na cabeça. Eles a levaram para uma área isolada e a torturam por dez minutos. Além dos cortes com estilete, os homens marcaram nas pernas da brasileira a sigla do Partido Popular da Suíça (SVP, na sigla em alemão para Schweiz Volkspartei). A legenda, a maior do país, é defensora do cerco aos imigrantes.
A advogada pernambucana trabalha legalmente na Suíça e planejava se casar em março com o economista suíço Marco Trepp, que era pai das duas filhas que esperava. Paula deve voltar ao Brasil na próxima semana. Seu pai, Paulo Oliveira - que é secretário parlamentar do deputado federal Roberto Magalhães (DEM-PE), ex-governador de Pernambuco - foi à Suíça para trazer a filha de volta e se revoltou com o caso
- Quero levá-la para casa, no Recife, o mais rápido possível. Temo pela integridade dela até esses homens serem presos - disse Paulo ao Diário de Pernambuco.
Naquele dia, os suíços tinham aprovado em referendo, por 59,6% dos votos, a manutenção do acordo de livre circulação no país de trabalhadores da União Européia. O partido ao qual os agressores de Paula seriam ligados estava dividido sobre a questão.
5 comentários:
Pior do que a agressão dos neonazistas, que são uma excessão dentro de qualquer sociedade, é a atitude das autoridades suíças, duvidando das declarações da brasileira contra todas as evidências. O Itamaraty deve a nós brasileiros e a todas as pessoas de bem, brasileiras, suíças ou de qualquer outra nacionalidade, uma posição firme e uma cobrança rigorosa de pedido de desculpas.
A observação de Clara é absolutamente válida se tudo aconteceu como parece ter acontecido. Estou acompanhando pelo Globo on line e a polícia suiça declarou que a vítima NÃO estava grávida. Uma representante da polícia suiça, acompanhada da cônsul brasileira visitou a vítima no hospital para pedir desculpas pelo tratamento inicial dos dois detetives.
Por outro lado, a família informa que tem provas da gravidez e cita até o nome do ginecologista em Zurique.
Ora, estamos no século 21 e na Suiça ! É tão difícil assim se constatar uma gravidez e um aborto ? Ou seja, uma grande confusão que certamente será esclarecida nas próximas horas.
Minha teoria...
A moça esteve grávida sim, fez um aborto alguns dias antes do suposto acontecido(que,se não me engano, é permitido na Suiça), quis esconder da família ou do namorado e armou esse circo...
Não consigo acreditar que três neonazistas, atacando juntos, fizessem somente aquele estrago. Letras bem desenhadas(!!), ela não tentou se defender? Não esperneou? Os cortes eram todos superficiais etc...etc...etc....
Há ainda muitas dúvidas mas a polícia suiça não é bobinha nem, talvez, preconceituosa (como muitos têm afirmado..), os detetives tiveram dúvidas sobre o relato da jovem desde o primeiro momento. Acho que o nosso Ministro Celso Amorim logo terá que fazer um pedido de desculpas oficial para o cônsul suiço.
Pessoal vamos aguardar a investigação.
Acho que o Alberto tem toda razão! Vamos aguardar as investigações!
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