Cinco dos nove diretores do Senado acusados de irregularidades desde o início do ano continuam em seus cargos. Reportagem de Adriana Vasconcelos, publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO, lembra que um se demitiu, e três perderam os cargos comissionados - que têm como maior atrativo o poder de admitir, demitir, contratar e comprar, já que, na prática, as vantagens diretas se resumem a um pequeno acréscimo salarial entre R$ 150 e R$ 310 e uma vaga privativa na garagem. De acordo com a reportagem, à exceção da ex-diretora de Comunicação Social Elga Mara Teixeira Lopes - que não era funcionária de carreira e perdeu o vínculo com a instituição ao se demitir sem responder às denúncias de que trabalhou em cinco campanhas políticas sem se afastar do cargo - os demais diretores, incluindo os afastados da função sob graves denúncias de corrupção, continuam recebendo vencimentos de R$ 18 mil a R$ 24 mil. Os cinco que continuam na função de diretor praticaram "nepotismo disfarçado", contratando parentes por meio de empresas terceirizadas.
Até agora, foram abertas duas sindicâncias administrativas e um inquérito para investigar atos de João Carlos Zoghbi, exonerado da direção da Secretaria de Recursos Humanos em 16 de março, após a confirmação de que teria emprestado imóvel funcional em seu nome ao filho recém-casado. Mas a apuração deste fato só começou depois que Zoghbi foi alvo de denúncia mais grave, a de que teria usado como laranja sua ex-babá, de 83 anos, para receber "comissões" de R$ 3 milhões de empresas contratadas pelo Senado.
Além de Zoghbi, foram afastados de suas funções o ex-diretor geral Agaciel Maia e o ex-diretor da Secretaria de Telecomunicações Carlos Roberto Muniz. O primeiro foi despachado do posto por Sarney assim que foi revelado que ele omitia do patrimônio mansão avaliada em mais de R$ 5 milhões. O poder e as amizades de Agaciel após 14 anos no cargo foram determinantes para o afastamento. Sarney esperava estancar ali a crise que ainda se arrasta.
Além de Zoghbi, foram afastados de suas funções o ex-diretor geral Agaciel Maia e o ex-diretor da Secretaria de Telecomunicações Carlos Roberto Muniz. O primeiro foi despachado do posto por Sarney assim que foi revelado que ele omitia do patrimônio mansão avaliada em mais de R$ 5 milhões. O poder e as amizades de Agaciel após 14 anos no cargo foram determinantes para o afastamento. Sarney esperava estancar ali a crise que ainda se arrasta.
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- Decididamente, chefe, não tem conserto.
Um comentário:
Ivanildo, não podemos desistir. Eles não podem nos vencer. Temos que continuar lutando e buscando soluções. Lembre da aposentadoria do deu chefe, depois de anos e anos de trabalho honesto. Desistindo da luta, como será a sua?
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