quarta-feira, 20 de maio de 2009

Presidente do BC: O mercado de Trabalho Retrocedeu



O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou, nesta terça-feira, que o mercado de trabalho brasileiro retrocedeu a níveis de 2007 por causa da crise.
- A previsão do índice de desemprego no segundo semestre vai levar a uma trajetória, a partir do meio do ano, comparável à de 2007. É preocupante, estamos retrocedendo dois anos, mas não devemos esquecer que existem países que estão com questões desemprego comparáveis às das décadas de 40 e 60 - afirmou o presidente do BC.
A taxa média de desemprego no Brasil medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 9,3% em 2007. Em março deste ano, último dado disponível, a taxa chegou a 9% depois de atingir recorde de baixa, a 6,8% em dezembro do ano passado.
Apesar da retração, Meirelles afirmou que o país vai sair mais forte da crise econômica. Ele participou do 21º Fórum Nacional, no BNDES.
Na segunda-feira, o Ministérop do Trabalho anunciou que a economia brasileira criou 106.205 postos de trabalho com carteira assinada em abril, três vezes mais do que no mês anterior, segundo dados do Cadastro Geral de Emprego (Caged). Foi o melhor saldo desde setembro do ano passado e o terceiro positivo consecutivo, resultado da admissão de 1,350 milhão de trabalhadores e da demissão de 1,244 milhão.
No entanto, embora o resultado tenha sido três vezes março, este foi o pior abril da série do Caged, desde 1999. De janeiro a abril foram criadas 48.500 vagas, enquanto no mesmo período de 2008, foram 848.900 mil. Dívida pública
Meirelles previu ainda que a dívida pública chegará ao fim do ano em cerca de 38% do PIB, patamar próximo às das previsões do mercado, segundo ele.
- Há previsões (no mercado) desde 37,5% até abaixo de 39%. A previsão do BC é ao redor de 38% no fim do ano.
A dívida pública fechou 2008 em 36% do PIB e estava em 37,6 % do PIB em março, último dado disponível.
Pressionado por receitas tributárias em queda, o governo anunciou no mês passado a redução da meta de superávit primário para o ano para 2,5% do PIB, ante patamar anterior de 3,8% do PIB.

Um comentário:

Odiatis Misantropoulos disse...

Chegou a "marolinha" !