quarta-feira, 20 de maio de 2009

Michael Martin Dançou


O presidente da Câmara dos Comuns (Câmara Baixa Britânica), Michael Martin, (foto) apresentou nesta terça-feira a sua renúncia, depois de ser duramente criticado por seu comportamento durante o escândalo do reembolso de despesas de parlamentares. O esquema, que permitia aos políticos usarem verbas públicas para pagarem coisas como tampas de banheiras, biscoitos, ração para gatos e consertos em quadras de tênis, foi denunciado pelo "Daily Telegraph" na semana passada.
É a primeira vez que a saída do presidente da Câmara é pedida em mais de 300 anos. O último a ser destituído foi John Trevor, por corrupção, em 1695.
Em um breve pronunciamento, Martin justificou a sua saída como uma tentativa de "manter a unidade" da Câmara. Ele deve deixar o cargo no dia 21 de junho.
- Isso vai permitir que a Casa eleja um novo presidente. É tudo o que tenho a dizer sobre o assunto - disse ele, recusando-se a responder a perguntas.
O substituto de Martin será eleito pelos 646 deputados que compõem a Câmara Baixa britânica no dia 22 de junho. Ex-metalúrgico e sindicalista, criado numa região operária da Escócia, ele estava há oito anos no cargo.
Para muitos parlamentares e setores da opinião pública, Martin se empenhou mais em evitar que revelações sobre gastos pessoais de deputados viessem a público do que em reconhecer erros de conduta na Casa e mostrar disposição para introduzir reformas no sistema vigente. Um grupo de 23 deputados chegou a submeter uma moção de desconfiança contra o presidente da Câmara, um gesto raro na história parlamentar britânica. O líder conservador David Cameron, bem colocado nas pesquisas para ser o próximo premier, disse que os britânicos deveriam se mobilizar pela antecipação da eleição, e que a saída de Martin não seria suficiente para conter a crise.
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- Ih... Chefe, esse Martin é ex-metalúrgico e ex-sindicalista. Isso te faz lembrar de alguém ?

4 comentários:

Hélio disse...

Nosso ex-metalúrgico e ex-sindicalista foi bem mais competente do que o companheiro inglês. Não precisou passar pela presidência da Câmara e foi direto para a presidência da República.

AAreal disse...

Mas nosso ex-metalúrgico e ex-sindicalista, que se comporta de forma igual diante dos escândalos de despesas irregulares de sua equipe direta, se agarra ao cargo com unhas e dentes, diferente de seu colega britânico.

Alberto del Castillo disse...

Ser da classe operária e sindicalista não é fator determinante para apostura de indiferença diante da malversação do dinheiro do povo.
Em primeiro lugar são políticos.
Esta classe tendo baixas defesas ao virus da prepotência e amoralidade, é obrigada a fazer exames de saúde periódicos para evitar uma epidemia.
Os fatos revelam que os médicos (eleitores)não têm desempenhado suas funções com os cuidados indispensáveis.

Odiatis Misantropoulos disse...

Igualzinho aos nossos políticos.