quarta-feira, 20 de maio de 2009

Banco do Brasil Eleva Taxas de Juros


A esperada queda das taxas de juros cobradas pelo Banco do Brasil (BB), com a troca de Antônio de Lima Neto, ainda não aconteceu. Pelo contrário. As taxas das quatro principais operações para pessoas físicas - aquisição de bens, cheque especial, crédito pessoal e aquisição de veículos - vêm em altas consecutivas semanais, desde 15 de abril. Aldemir Bendine (foto) tomou posse no dia 23. Os dados constam do acompanhamento diário do Banco Central (BC) dos juros efetivamente praticados pelas instituições.
Bendine substitui Antônio Francisco Lima Neto. cuja saída do cargo foi anunciada na manhã do dia 8 de abril, em meio à pressão do governo pela queda dos juros.
Por ironia, no dia 8 de abril, quando o governo confirmou que trocaria o presidente do BB, o banco encerrava uma semana de queda nas quatro principais taxas.
Os números chamam atenção quando comparados aos de outros bancos no país. Embora as taxas tenham subido em algumas operações de alguns bancos no mesmo período, o BB foi o que teve o movimento mais consistente de elevação das taxas, junto apenas com o Bradesco.
Enquanto isso, no rádio...
O presidente disse que as mudanças na poupança permitirão manter a trajetória de queda de juros: "E os juros caindo é importante para o povo brasileiro, porque o dinheiro que hoje está na especulação vai para a produção", afirmou, em seu programa.
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Ivanildo, cheio de graça:
- Chefe, não sei se as taxas vão cair ou não. Já o presidente do Banco...

Um comentário:

Alberto del Castillo disse...

A manipulação de juros é parente da manipulação de taxas de inflação. Ambos levam à inversões violentas, a curto prazo, como defesa de estabilização do sistema.
Mais do que a própria redução de lucros com a redução compulsória da taxa de juros, a simples intervenção do governo cria um clima de incertezas que provoca a fuga de investimentos no país.