segunda-feira, 28 de maio de 2012

José Dirceu e o Mensalão


Vera Magalhães, Folha de São Paulo
A linha de defesa de José Dirceu (foto) no mensalão incomodou advogados do "núcleo político" do processo. Ao sustentar que o ex-ministro não sabia dos empréstimos contraídos pelo PT junto aos bancos Rural e BMG, nem tinha ingerência sobre o partido ou nas nomeações no governo, Dirceu reforça o papel de José Genoino, Delúbio Soares e Silvio Pereira nessas questões.
"O presidente do PT, José Genoino, bem como os demais dirigentes partidários, Delúbio Soares e Silvio Pereira, exerciam a administração sem qualquer espécie de subordinação ao então ministro-chefe da Casa Civil", dizem os advogados de Dirceu, nas alegações finais.
Para refutar a afirmação do Ministério Público de que Delúbio recebia ordens de Dirceu, a defesa do ex-ministro sustenta que o ex-tesoureiro tinha "autonomia" para contrair empréstimos e repassar recursos.
O título desse capítulo da defesa diz, em letras maiúsculas: "A comprovação de que José Dirceu não exercia controle e sequer tinha ciência das atividades do secretário de Finanças do Partido dos Trabalhadores".
Mesmo com o desconforto decorrente das estratégias conflitantes, os advogados estrelados do mensalão vão continuar agindo em conjunto em questões de interesse comum até o julgamento. O grupo foi apelidado de Liga da Justiça.

Um comentário:

Alberto disse...

O problema da salada de frutas é que uma fruta podre compromete o conjunto da obra.