Bicheiro publica artigo em jornal em que diz “cai pra dentro quem quiser”
- Assessoria de Perillo negou que Andressa tenha participado de envento no Palácio das Esmeradas
BRASÍLIA — Sabe aquela história de que mexeu com minha mulher chamou pra briga? Pois é. Uma carta do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, publicada na edição desta terça-feira no "Diário da Manhã", em Goiás, desafia o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em tom de ameaça. "Em bom brasileirês (sic) falo com a cabeça erguida e com o peito arfante: cai pra dentro quem quiser que eu sustento o desafio".
A declaração de guerra ocorreu porque Cachoeira sentiu que sua mulher, Andressa Mendonça, teria sido tratada com desrespeito em um evento beneficente no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano e também residência oficial do governador. Andressa é empresária e foi a um desfile beneficente na última sexta-feira no Palácio. O convite custou R$ 350 e toda a renda seria revertida para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. "Minha esposa, Andressa, empresária, foi convidada a participar e prestar sua colaboração para com uma causa que sem dúvida é nobre e justa. Não se furtou à sua responsabilidade social e cristã em ajudar e participar de uma ação engrandecedora", escreveu ele na carta, que começa com uma citação bíblica, também em tom ameaçador: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" - João, capítulo 8, versículo 32.
Na carta, o bicheiro não poupa elogios à mulher - "digna e honesta, mãe amorosa, esposa adorável, não me negou amparo, apoio, auxílio e sobretudo amor" - e diz que não permitirá que ela seja agravada, "muito menos por desclassificados que não têm moral sequer para limpar-lhe os sapatos".Enquanto esteve no Palácio, segundo Cachoeira, sua Andressa foi "cortejada pelos poderosos e bem tratada, principalmente pela generosa contribuição que deixou". Porém, ao sair do evento, a assessoria do governador teria negado que ela comparecera ao desfile beneficente. E atraiu a ira de Cachoeira.
"Se querem me atingir, estou preparado. Mas acusar minha amada e companheira de subterfúgio rasteiro, como o de entrar de penetra em uma festa no Palácio das Esmeraldas, passou dos limites", criticou, para, em seguida, ameçar:
"Escolham as armas. A verdade, que liberta e quebra paradigmas, mostrará ao povo goiano os erros cometidos ao longo dos anos e dará o norte da reparação e do caminho certo", diz Cachoeira, para concluir:
"Não cometam a insanidade de tentar atingir de forma tão rastejante minha esposa porque não vão gostar nem um pouco de conhecer o peso da minha mão”. A caixa de Pandora abriu e permitiu que as desgraças se abatessem sobre os homens será brincadeira de criança diante do que posso perpetrar para defender a honra e a dignidade minha e de minha família."
A assessoria de imprensa do governador Marconi Perillo foi contatado e informou que até o fim do dia se manifestará.
Um comentário:
Antigamente estas desavenças eram decididas com mais elegância. Onde está a honrosa prática de duelo onde o desafiado escolhia as armas?
Esperar elegância destes litigantes é contrariar as pesquisas de Freud.
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