Pontífice e presidente da Venezuela discutiram pobreza, violência e tráfico de drogas
- Líderes também abordaram a situação política do país após a morte de Chávez
VATICANO - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o Papa Francisco abordaram durante reunião nesta segunda-feira problemas como pobreza, luta contra o crime, tráfico de drogas, e o processo de paz na Colômbia, de acordo com informações do Vaticano. Maduro, que não assistiu à entronização de Francisco, em 19 de março, fez sua primeira visita ao Pontífice e sua primeira viagem à Europa desde que assumiu o poder em 19 de abril.
Antes de ir à biblioteca do Papa, onde ocorreu a audiência, Francisco saudou o presidente e agradeceu-lhe por sua visita. Maduro disse que era uma honra e um prazer conhecê-lo e se declarou muito impressionado.Em nota, o Vaticano detalhou que o encontro, que durou 20 minutos e teve um clima de cordialidade, também analisou a situação social e política da Venezuela, após a morte de Hugo Chávez. O ex-presidente da Venezuela morto foi três vezes à Santa Sé, onde se encontrou com João Paulo II em 1999 e 2001 e com o Papa Bento XVI em 2006.
- Estou feliz por estar aqui e, especialmente, de conhecê-lo. Obrigado por tudo que está fazendo - afirmou o presidente.
Durante a tradicional troca de presentes, Maduro entregou ao Papa a constituição do país, um retrato de Simón Bolívar, uma pintura da Virgem de Coromoto, padroeira da Venezuela, e uma escultura do médico venezuelano José Gregorio Hernández (1864-1919), que está em processo de canonização.
O Papa deu uma caneta a Maduro e o documento das conclusões da reunião que celebrou em Aparecida, no Brasil, na Conferência Episcopal Latino-americana. Maduro foi acompanhado de sua esposa, Cilia Flores, e dos ministros Elías Jaua, de Relações Exteriores, Jorge Giordani, de Planejamento, e Rafael Ramírez Carreño, do Petróleo.
O encontro ocorre num momento em que a Venezuela ainda não resolveu a crise política após a eleição de 14 de abril, quando Maduro venceu por uma margem de 1,49% de votos sobre o opositor Henrique Capriles, que não reconheceu o resultado. Após uma série de protestos que levaram a mortes e pessoas feridas, o Papa expressou grave preocupação pela situação de violência no país.
Um comentário:
O Papa Francisco é uma referência para os líderes do primeiro mundo que perderam sua capacidade de resolver problemas pela negociação.
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