domingo, 30 de junho de 2013

Felipão diz que Espanha não é favorita na final

Técnico considera adversário superior, mas aposta em competência e força do Brasil

  • 'Espanha é espetacular, mas tem defeitos', afirmou
  • Final da Copa das Confederações é às 19h deste domingo


Felipão crê que Brasil tem boas chances de sair campeão do Maracanã
Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo
Felipão crê que Brasil tem boas chances de sair campeão do Maracanã Ivo Gonzalez / Agência O Globo
RIO - Uma equipe espetacular, mas com defeitos. Assim Luiz Felipe Scolari definiu a Espanha, adversária do Brasil na final da Copa das Confederações deste domingo, às 19h, no Maracanã. Na entrevista coletiva deste sábado, Felipão disse que jogadores estão muito motivados e que a seleção tem que se fazer respeitar jogando dentro de casa.
Para o treinador, apesar do elogiado jogo espanhol, a Fúria não é favorita para a decisão.
- A Espanha é espetacular, mas tem defeitos.
A final contra a Espanha
Confira os principais trechos da entrevista:
Meus jogadores estão muito motivados. Estou contente mesmo por chegar nessa final. Vejo eles conversando muito mais sobre essa final do que eu imaginava. Nossa possibilidade é boa. Acreditamos em nós, respeitamos, mas a gente tem condições. No Brasil temos que nos fazer respeitar.
Favoritismo da Espanha
Não considero a Espanha favorita. Ela nos últimos seis anos impôs seu futebol, venceu todas as competições. Vem jogando com essa equipe nos últimos seis anos, então eles têm algumas vantagens a mais do que nós. Nós temos algo: voltar a ter credibilidade com nosso torcedor. Eles podem ter alguma superioridade, que, com competência, força e espírito, podemos igualar e superar.
Itália inspira a parar a Fúria?
Imagina se boto três zagueiros neste domingo? Sou crucificado por 180 jornalistas. Aquilo é uma forma de jogar típica da Itália. Não podemos ter essa formação de um dia para o outro, temos que ter uma equipe formatada durante a competição, que vai ser a mesma.
Jogo bonito: a Espanha é herdeira do Brasil?
Jogamos bonito uma Copa do Mundo e não ganhamos. A Espanha vem jogando bem, bonito e ganhando. São épocas. A seleção de 2002 foi excelente, jogou bonito, fez muitos gols, ganhou todos os jogos e foi campeã. Todo mundo quer jogar bonito e ganhar. Às vezes não é possível. O resultado fica para a história, o jogo bonito passa, meu amigo. É a minha filosofia.
Brasil manda uma mensagem ao mundo se vencer?
Sim. Mandamos uma mensagem com uma vitória amanhã, que estamos no caminho para disputar o título de 2014 em igualdade de condições com mais sete ou oito seleções. Se jogarmos bem, criarmos oportunidades e não ganharmos, mas mostrarmos ao mundo que estamos em boas condições, também mandamos uma mensagem. Era esse o nosso propósito quando começamos a Copa das Confederações. Amanhã é um dia especial para nós. Estaremos mandando uma mensagem principalmente a quem mais nos importa, que é o torcedor brasileiro.
Aniversário do penta neste domingo vai inspirar os jogadores?
Já passou, já foi. Tenho que viver esse momento. Esse momento é único, criado por eles, jogadores. Não vou buscar coisas que poucos viveram. Quem criou essa situação são eles. Vou me sentar no que eles fizeram amanhã. Eles são responsáveis quem sabe por uma mudança profunda no nosso futebol. Eles merecem que amanhã a gente fale deles. Do que fizeram e do que podem fazer. A Espanha é espetacular, mas tem alguns defeitos como outras seleções e temos que explorar.
Experiência adquirida na Copa das Confederações
A gente tem aprendido todos os dias, todos os momentos. Vocês não imaginam a dificuldade que é ficar 30 dias juntos, administrar coisas que não são do futebol. Não é fácil, os últimos 30 dias foram bem longos, mais longos do que imaginávamos. Para montar uma seleção, tivemos que percorrer alguns caminhos que nem pensávamos que teríamos que fazer.


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