Ilimar Franco, O Globo
Os políticos estão perplexos com os protestos que tomaram as ruas. As manifestações não têm um alvo definido nem um objetivo específico.
Seu foco inicial foi o aumento da passagem de ônibus, mas tudo indica que ele vai bater na Esplanada, no Congresso e no Planalto. A falta de ligação dos manifestantes, com qualquer partido, sugere que se trata de mobilização contra os Poderes instituídos.
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O cientista político Paulo Kramer diz que os manifestantes saem às ruas por “diferentes motivos”. Para o cientista político João Francisco Meira há um “somatório de insatisfações”. Ambos concordam que os protestos têm como pano de fundo a situação econômica difícil, com o retorno da inflação.
Kramer avalia que a antecipação da corrida eleitoral deu sua contribuição. Meira acrescenta a existência de um elemento novo: a capacidade de mobilização e articulação de pequenos grupos gerada pelas redes sociais e novas formas de comunicação. Ambos destacam que as autoridades precisam enfrentar, com urgência, o drama da mobilidade urbana no país.
Um comentário:
Os fatores que influenciam as manifestações são vários.
A motivação essencial é a reação de alguém que falando sem ser ouvido passa a gritar ao se sentir ameaçado.
O desrespeito aos direitos dos cidadãos passou dos limites e as passeatas são o grito de angústia de um povo massacrado.
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