quinta-feira, 4 de julho de 2013

Dilma diz que governo não aceita interrupções nas estradas


  • Presidente fez questão de diferenciar os bloqueios das manifestações pacíficas nas ruas do país


A presidente Dilma Rousseff durante Cerimônia de Assinatura do Primeiro Anúncio Público de Terminais de Uso Privado
Foto: André Coelho / Agência O Globo
A presidente Dilma Rousseff durante Cerimônia de Assinatura do Primeiro Anúncio Público de Terminais de Uso Privado André Coelho / Agência O Globo
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff invocou nesta quarta-feira a bandeira nacional e os dizeres "ordem e progresso" para dizer que seu governo não vai aceitar os bloqueios nas rodovias, promovidos por caminhoneiros que, pelo segundo dia consecutivo, fecharam estradas em 11 estados.
- O meu governo não ficará quieto perante processo de interrupção de rodovias. Porque também na nossa bandeira tem a palavra ordem. E ordem significa democracia, mas significa respeito às condições de produção, da circulação e da vida da população brasileira. Não tenham dúvidas: o governo não negocia isso. Não concordamos com processos que levem a qualquer turbulência nas atividades produtivas e na vida das pessoas - discursou ela durante cerimônia de lançamento de terminais privados no setor portuário.
Dilma fez questão de diferenciar os bloqueios das manifestações pacíficas que chegaram a levar mais de um milhão de brasileiros às ruas em todo o país em protesto contra a corrupção e por mais qualidade nos serviços públicos.
- Uma coisa são manifestações pacificas, que muito engradecem o país. Outra coisa completamente diferente é acreditar que se possa viver sem estabilidade e normalidade. Certo tipos de processo são disruptivos da ordem prevalecente. E o Brasil precisa de ordem para a democracia - ponderou.
O recado de Dilma foi dado um dia depois de o ministro dos Transportes, César Borges, receber no Palácio do Planalto caminhoneiros contrários aos bloqueios e dizer que a Polícia Rodoviária Federal irá remover das vias os caminhões que impedirem o direito de ir e vir das pessoas.


Um comentário:

Alberto disse...


A função do Estado de delimitar onde os direitos de um são exacerbados em detrimento dos de outros é fundamental.
Mais fundamental ainda quando o movimento parece partir de uma oligarquia de transportadores desejosos de destruir a concorrência pela interdição das estradas.
Neste caso além de vandalismo é crime contra a economia.