Presidente participou da abertura da reunião do “Conselhão”, no Itamaraty
- Dilma diz que dados concretos que “desmentem as análises mais negativas” da economia brasileira
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira que a inflação no Brasil vem caindo de maneira consistente nos últimos meses. Ela estimou que a inflação oficial medida pelo IPCA deverá ficar, em julho, menor que a registrada no mês passado e muito próximo a zero. Ela ressaltou que os preços no país têm caráter de ciclo sazonal e que houve pressão inflacionária devido a questões não controladas no país, em especial o choque de oferta que ocorreu no segundo semestre do ano passado.
— Temos certeza que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta — disse, durante a abertura da 41ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão”, no Itamaraty.
— As despesas do governo com pagamento de juros estão em 4,6% do PIB e são hoje 40% menores que há 10 anos — disse.A presidente ressaltou ainda que a solvência do país, isto é, sua capacidade de honrar compromissos, está garantida. A seu ver, a situação atual do país não é comparada com qualquer momento do passado, tanto no que se refere à robustez fiscal quanto à capacidade de enfrentar problemas no cenário externo. Ela destacou que a dívida líquida do pais está hoje em 34,8% do PIB, bem abaixo dos 60,4% registrados há uma década. Disse ainda que o déficit da Previdência está em torno de 1% do PIB, entre os menores patamares da década e um dos menores do mundo.
Na avaliação de Dilma, analisados com isenção, os números mostram que “é incorreto falar em descontrole da inflação ou das despesas do governo”.
— É desrespeito aos dados, à lógica, para dizer o mínimo — afirmou.
A presidente considerou que a informação parcial, como muitas vezes tem sido explorada, confunde a opinião pública e visa “criar um ambiente de pessimismo que não interessa” ao governo, à sociedade, aos trabalhadores, aos empresários.
— O barulho tem sido muito maior que o fato — enfatizou.
Pessimismo na economia
A presidente considerou que existem posturas pessimistas sobre a economia brasileira hoje e no futuro próximo, mas que há dados concretos que “desmentem as análises mais negativas”.
— Hoje, nós temos, estruturalmente, melhores condições na nossa economia do que tivemos em nos passados. E isso é uma verdade que tem sido ignorada — disse Dilma, que observou que as licitações e concessões realizadas pelo governo estão atraindo investidores para o Brasil, apesar da situação econômica internacional.
Ela citou ainda o avanço do país na exploração de petróleo e a criação de um marco regulatório no setor portuário, o que contribui para a transformação do ambiente de negócios no país.
— Estamos, de fato, promovendo transformação da nossa infraestrutura em prol de eficiência e competitividade, em prol de parceria com o setor privado.
Dilma destacou também a redução da carga tributária, em especial a desoneração da folha de pagamentos de setores da economia intensivos em mão de obra, e a redução de juros.
— Temos perfeita consciência de que há muito o que fazer. Nenhum país do mundo deu passos significativos no desenvolvimento da nação sem reforçar o próprio Estado — disse.
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