terça-feira, 23 de julho de 2013

Jovens apoiam uso da pílula do dia seguinte e união gay, diz Ibope

Levantamento revela ainda que 90% dos entrevistados condena pedofilia e corrupção na Igreja


SÃO PAULO - Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira revela o interesse dos jovens brasileiros em apoiar a Igreja Católica caso decidisse promover mudanças nos rumos da moral sexual que defende. Encomendada pelo grupo Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização não-governamental de caráter feminista e ecumênico, a pesquisa revela que 82% dos católicos jovens (entre 16 e 30 anos de idade) apoiariam uma eventual decisão da Igreja em permitir o uso da pílula do dia seguinte. Entre os jovens com mais de 30 anos, universo é de 75%.
Os jovens católicos também revelaram apoio - total ou parcial - a mudanças na política interna da Igreja: 90% apoiam a punição a religiosos envolvidos em crimes de pedofilia e corrupção, enquanto 72% aprovam o fim do celibato e 62% a ordenação de mulheres.Se decidisse aceitar a união entre pessoas do mesmo sexo, a Igreja receberia o apoio de 56% dos jovens católicos até 30 anos. Já entre os jovens com mais de 30 anos, em relação ao mesmo assunto, 43% estaria de acordo com a decisão.
Percebe-se que os resultados desssa pesquisa confirmam, uma vez mais, a sintonia do ideário de Católicas pelo Direito de Decidir com a opinião dos brasileiros, jovens ou não, católicos ou não — disse a coordenadora da OPNG, Maria José Rosado.
Entre maio e junho deste ano, o Ibope ouviu 4.004 brasileiros, dentre os quais 62% se declararam católicos, 23% evangélicos e 15% adeptos de outras religiões, agnósticos ou ateus. Cerca de 31% tem entre 16 e 30 anos; os demais com mais de 31 anos.


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Um comentário:

Alberto disse...

Várias inovações sendo discutidas até
hoje foram levantadas no Concílio Vaticano II. O tema da reaproximação com outras religiões foi tratada como prioridade pelos sucessores de João XXIII e os progressos obtidos foram significativos.
Infelizmente os debates sobre a descentralização do poder do Papa onde bispos, padres e leigos participariam mais diretamente das decisões em suas comunidades foram suspensos a partir de Paulo VI.
O tema controverso da revolução sexual dos anos 60 foi combatido formalmente por Paulo VI e João Paulo II em pronunciamentos onde anticoncecional, aborto e homossexualismo eram proscritos.
O debate do celibato dos padres já evoluiu bastante e hoje padres anglicanos convertidos ao catolicismo permanecem casados em respeito a suas tradições religiosas. Num futuro próximo os seminaristas poderão optar pelo matrimônio.
Existe um grande otimismo em relação às intenções modernizantes do atual Papa.
Felizmente não há necessidade de um novo concílio pois todos estes temas estão contidos no Vaticano II.