domingo, 7 de julho de 2013

Cascas de banana, por Cid Benjamin


Cid Benjamin

Em relação à tão falada reforma política, as certezas não têm durado mais de 24 horas. A esta altura, uma Constituinte exclusiva, reformas constitucionais feitas pelo atual Congresso ou um plebiscito já — propostos há pouco — são coisas velhas.
O mais provável é que se tenha simultaneamente às eleições do próximo ano um plebiscito sobre questões da reforma política. Depois, o novo Congresso formataria o aprovado. Mas isso é o provável hoje. Não se sabe até quando. Tudo pode acontecer. Até mesmo nada.
Mas, como o assunto está na ordem do dia, adianto algumas opiniões.


Primeiro, é ilusório pensar que reforma política porá fim à corrupção. Há políticos que roubam para fazer caixa de campanha. Mas há os que roubam para enriquecer. O que diminuirá a incidência dos crimes de colarinho branco é a punição efetiva de corruptos e corruptores, o que exige um Judiciário rápido, e não pirotecnias como transformar corrupção em crime hediondo.
O sistema político brasileiro é ruim e deve, de fato, ser reformado. Identifico-me com as propostas de financiamento público exclusivo para campanhas; voto proporcional em listas pré-ordenadas pelos partidos depois de uma prévia em que votem os filiados; e proibição de coligações nas eleições proporcionais. São propostas semelhantes às defendidas pela maioria dos que querem um plebiscito.
Mas é provável que esses pontos sejam derrotados. Isso deve ser levado em conta pelos defensores do plebiscito.

Um comentário:

Alberto disse...

A única coisa aproveitável do comentário do Benjamin é sua discordância com as coligações em voto proporcional.