quinta-feira, 18 de abril de 2013

Reino Unido se despede de Margaret Thatcher com segurança reforçada




Caixão da ex-premier britânica deixou o palácio de Westminser rumo à catedral de St. Paul entre aplausos e vaias do público


O caixão da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher deixa o palácio de Westminster rumo à catedral de St. Paul
Foto: POOL / Reuters
O caixão da ex-primeira-ministra Margaret Thatcher deixa o palácio de Westminster rumo à catedral de St. Paul POOL / Reuters
LONDRES - Milhares de pessoas se reuniram no centro de Londres nesta quarta-feira para se despedir da ex-primeira ministra britânica Margaret Thatcher. Enquanto o caixão era transportado em um carro fúnebre do palácio de Westminster para a catedral londrina de St. Paul, se ouvia vaias entre os aplausos do público. Um objeto jogado entre a cavalaria causou pânico, mas tudo ocorreu normalmente no funeral da Dama de Ferro, que contou com a escolta de mais de 4.000 policiais encarregados de garantir a segurança da cerimônia.
O ataque na Maratona de Boston e os recentes protestos contra o legado da ex-primeira ministra britânica levaram o país a elevar o alerta de terror para o nível máximo e acionar os serviços de inteligência em uma mobilização comparável aos Jogos Olímpicos. As ruas foram fechadas e os protestos contidos. Trata-se do maior funeral político em quase meio século no Reino Unido, quando a elite dominante britânica se junta à Rainha Elizabeth e aos líderes mundiais para se despedir da “Dama de Ferro”.
O transporte do caixão foi feito por 700 soldados, com uma grande presença de forças navais que participaram na Guerra das Malvinas em 1982. Com o mesmo status do funeral da princesa Diana, em 1997, a cerimônia recebeu honras militares.
Qaundo o caixão partiu de Westminster, os sinos da torre Big Ben em Londres deixaram de badalar pela primeira vez desde o funeral de Winston Churchill em 1965. Chegando à catedral, Michael e Amanda Thatcher, os dois netos da ex-premier, levaram as bandeiras da Ordem do Mérito e da Ordem da Cavalaria e envolveu o caixão, a pedido expresso de sua avó.
O decano da St. Paul, David Ison, abriu a cerimônia e depois passou a palavra para Richard Chartres, bispo de Londres. A primeira leitura foi feita por Amanda Thatcher, uma epístola de São Paulo aos Efésios. Em seguida, o primeiro-ministro David Cameron leu uma passagem do Evangelho de São João escolhido pela Dama de Ferro, que, antes de morrer, deixou instruções sobre seu funeral.
Na cerimônia, foram cantados três hinos anglicanos e um deles foi o mesmo que tocou na despedida de Lady Dai: “Eu me comprometo a ti, meu país”. O arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, fez a bênção final.
Cerca de de 2.300 pessoas confirmaram presença na cerimônia fúnebre na catedral, representando 170 países, além do gabinete britânico, dois chefes de Estado e 17 ministros das Relações Exteriores. Thatcher, que morreu aos 87 anos no último dia 8 de abril, foi a primeira e única mulher a exercer o cargo de primeira-ministra na história do Reino Unido. Ela permaneceu no poder durante 11 anos, entre 1979 e 1990.



2 comentários:

Alberto disse...

Ao dizer que milhares de pessoas acompanharam o funeral ao mesmo tempo que qualifica os admiradores de Margaret Thatcher como elite dominante, a imprensa cria um impasse.
Ou sua gestão provocou um crescimento absurdo da elite dominante ou parte dos presentes pertenciam à classe popular.

Sheik Espirro disse...

A campanha contra Maggie está superando a difamação virulenta de Ricardo III através da peça em que o autor o apresenta como um assassino corcunda para instigar o povo contra Robert Cecil 1º ministro da Rainha Elizabeth (outro corcunda).