Segundo oficiais que atuam nas investigações, dupla não parece ter sido influenciada por organizações terroristas
BOSTON - O suspeito do atentado à Maratona de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, teria contado a interrogadores que as guerras americanas no Iraque e no Afeganistão motivaram ele e seu irmão a realizarem o ataque. Segundo o jornal The Washington Post a informação teria sido repassada por autoridades americanas envolvidas nas investigações.
No final de 2010, o FBI recebeu uma alerta da Rússia de que Tamerlan Tsarnaev, suspeito dos atentados à Maratona de Boston, se preparava no Daguestão e na Chechênia para se encontrar com extremistas. Em 2011, agentes dos EUA interrogaram o suspeito três vezes, mas poucos meses depois não souberam que Tamerlan estava de malas prontas para a Rússia por um simples detalhe: um erro na passagem.As mesmas fontes também disseram ao jornal que Dzhokhar e seu irmão mais velho, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, que morreu após a perseguição policial na noite de quinta-feira, também não parecem ter sido influenciados por uma organização terrorista estrangeira.
- Parece que quando ele entrou no avião, escreveram seu nome errado, de modo que o sistema nunca incluiu o fato de que ele finalmente tinha ido para a Rússia - disse o senador Lindsey Graham, depois de ter recebido informações de um vice-diretor do FBI.
O nome de Tamerlan estava em uma lista especial de passageiros chamada TECS, do Departamento de Segurança Interna, que serve para alertar as autoridades sobre o movimento de suspeitos e identificar possíveis criminosos. Fontes ouvidas pela agência AP explicaram que a companhia aérea escreveu o nome do passageiro de forma equivocada. O governo dos EUA controla os voos internacionais, mas por não incluir a transcrição exata do nome, o russo de origem chechena não foi associado à lista de passageiros suspeitos.
O alerta poderia não levar a uma investigação imediata de Tamerlan, mas se os agentes do FBI tivessem registrado a viagem, poderiam ter dado mais atenção para o caso. Ao retornar a Cambridge, seis meses depois, Tamerlane abriu uma conta no YouTube e começou a postar vídeos de terroristas islâmicos. Ele também discutiu algumas vezes em público na mesquita local, evidenciando uma radicalização do suspeito, de acordo com o jornal “Boston Globe”.
Dzhokhar, de 19 anos, encontra-se em estado grave no hospital. Na segunda-feira, o jovem teria confessado o crime. Segundo fontes da rede CBS, Dzhokhar indicou que ele e seu irmão agiram sozinhos e motivados pela religião nos atentados à Maratona de Boston, que deixaram três mortos e ao menos 282 feridos, segundo revisão da Comissão de Saúde de Boston. Inicialmente, a estimativa de feridos era de cerca de 170 pessoas.
2 comentários:
Falha gravíssima do controle dos seriços de informação americanos, hoje certamente uma bagunça, tantos são eles, cruzando-se uns aos ouros e competindo entre si. Ora, o controle de entrada ou saída de um aeroporto internacional não se faz somente através da passagem de avião, que pode estar errada ou ser feita em outro nome, Esse controle se faz sobretudo atrevés dos documentos de viagem, sejam eles passaportes ou não. Contem-nos outra. Foi um tiro no pé!
Não havendo guerras no Iraque e no Afeganistão os loucos teriam outro motivo como por exemplo o desfile de gays em Paris.
Caso não houvessem gays em Paris o motivo seria a derrota do Barcelona para o Bayern etc etc.
Postar um comentário