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Assassinato do ex-tesoureiro de Collor permanece um mistério 16 anos após o crime
MACEIÓ - Hoje, 16 anos e dez meses após o assassinato de Paulo César Farias, tesoureiro de campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello, e da namorada dele, Suzana Marcolino, quatro seguranças de PC vão a julgamento para responder a uma pergunta: quem o matou?
O júri vai durar cinco dias e terá em lados opostos parentes de PC Farias. A filha, Ingrid, será testemunha de defesa de um dos seguranças acusados do assassinato: Adeildo Costa dos Santos. O irmão de PC, o ex-deputado federal Augusto Farias, será testemunha de acusação. Augusto já foi acusado de ser o autor intelectual do crime, mas a ação foi arquivada pelo Supremo Tribunal Federal. O legista Badan Palhares e uma ex-namorada de PC, Cláudia Dantas, serão testemunhas da defesa dos seguranças.
A defesa espera comprovar a tese que Suzana Marcolino estava desesperada e não queria terminar o namoro com o ex-tesoureiro de Collor. Por isso, o matou e cometeu suicídio.
A acusação quer mostrar que a cena do crime foi alterada. E ainda: a rapidez da Polícia Civil de Alagoas em esclarecer o crime (24 horas depois, seguindo a tese de crime passional) e a mudança de opinião de Badan Palhares, que criticava os procedimentos técnicos e científicos dos peritos alagoanos e levantou a possibilidade de o suicídio ter sido, na verdade, um assassinato. Ao ser nomeado para o caso, Palhares mudou sua versão em menos de 24 horas.
Além de Adeildo, sentam-se hoje no banco dos réus José Geraldo da Silva, Reinaldo Correia de Lima Filho e Josemar Faustino dos Santos. O crime aconteceu em 23 de junho de 1996, na casa de praia de PC, em Maceió.
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