Se você gosta de filme com boa fotografia, boa reconstituição de época, boa estória de amor com trama político e debate de ideias, não perca o “O Amante da Rainha”.
A estória se passa na Dinamarca do final do século XVIII, quando um rei louco fica dependente de um médico alemão que aos poucos se apaixona pela rainha. Os dois passam então a utilizar o rei para fazer grandes reformas sociais, enfrentando a elite conservadora para dar mais liberdade e melhores condições de vida ao povo.
É muito criativo o aproveitamento do gosto do rei louco pelo teatro para que ele ordene suas leis ao conselho da coroa, recitando como se estivesse representando em uma peça.
Obviamente, é muito arriscado enfrentar ao mesmo tempo todos os ricos, namorando a mulher do rei, que é usado. E o resultado não poderia ser muito feliz para ninguém. Vale a pena acrescentar a sutileza do diretor Nikolaj Arcel de mostrar que ninguém é puro, ninguém é vitorioso, todos têm defeitos.
Cristovam Buarque, senador pelo PDT do Distrito Federal e ex-reitor da Universidade de Brasília. Resenhará aqui um livro ou filme.
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