Blog de Ricardo Setti
Amigas e amigos do blog, acabou a festa.
Acabou a palhaçada.
Acabou a farsa.
O Supremo Tribunal Federal ontem viveu um dia histórico quando, pelo voto de ministros ou por apartes e comentários a votos de colegas, e ainda sem que todos os ministros hajam terminado seus votos, deixou claro, por maioria de 6 dos 11 ministros, que, SIM, existiu o mensalão, que o mensalão foi alimentado por dinheiro público e, principalmente, que se tratava de um esquema de compra de votos na Câmara dos Deputados.
O arco-íris envolve o Supremo - Foto: Carlos Humberto/ STF
Na sessão de ontem, coube ao ministro Luiz Fux, um dos dois integrantes do Supremo indicados pela presidente Dilma, reiterar pelo menos dez vezes, com todas as letras, que foi disso que se tratou.
As pessoas de bem “deztepaiz” estão de alma lavada por verem ser revelado à plena luz do dia — e, felizmente, se esboroar de vez — um esquema corrupto e totalitário cujo intento sinistro era fazer o Executivo, por meios escusos, ilegais e sórdidos, ser dono do Legislativo, acabando com o equilíbrio entre os poderes e instituindo uma espécie de “bolivarianismo” enviezado no Brasil.
A imprensa livre, objeto de insultos, ofensas, injúrias, mentiras — como a de ser supostamente “golpista” – e todo tipo de lama arremessada por adeptos do lulo-petismo, até por setores minoritários da própria mídia, aí incluídos os que publicam opinião em troca de soldo, está de alma lavada — por ter, desde o começo, baseada em fatos concretíssimos, apontado que o mensalão era exatamente isso que o Supremo acaba de deixar claro que era.
Colunistas livres e sem amarras com o poder ou com quem quer que seja, como tenho o orgulho de me considerar, estão de alma lavada, depois de serem criticados, insultados, enxovalhados e xingados por fanáticos ou malandros, inconformados com o primado da lei e com a reafirmação da independência e da correção de instituições como o Ministério Público e a mais importante corte de Justiça.
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