João Bosco Rabello, O Estado de S. Paulo
Efeito colateral da exposição positiva gerada pelas vitórias do PSB em Belo Horizonte e Recife, o PSDB desdenha nos bastidores a possibilidade do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, antecipar para 2014 seu projeto presidencial.
Lideranças tucanas não veem no rival e potencial aliado, ao mesmo tempo, uma ameaça. O argumento é que apesar do crescimento do PSB no pleito municipal, só dois Estados nordestinos dariam sustentação a Campos: Pernambuco e o Ceará, este último se Cid e Ciro Gomes marcharem com ele. Atribuem a vitória em Belo Horizonte a Aécio Neves e afirmam que lhe faltam palanques no Sul e no Sudeste para uma campanha presidencial.
Não obstante as alianças no 2.º turno em Campinas, Fortaleza, Manaus e Uberaba, e a vitoriosa em Minas, tucanos estão irritados com o vice do PSB, Roberto Amaral, para quem uma aliança com Aécio seria ir para a direita. Aécio reagiu: "Essa coisa de direita e esquerda é um discurso ultrapassado e maniqueísta".
O PMDB não acredita no estímulo - e muito menos no apoio - do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a uma eventual candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG) à presidência da Câmara, em oposição a Henrique Alves (PMDB-RN). Lembram que o presidente do PSB tem uma dívida de gratidão com o PMDB, que apoiou a indicação da mãe de Campos, a ex-deputada Ana Arraes (PSB-PE), para o Tribunal de Contas da União (TCU). Agora o PMDB vai cobrar a fatura.
Um comentário:
OPSDB é uma graça! Não ver no Eduardo Campos um adversário do Aécio nos remete ao dito popular "O pior cego é o que não quer ver".
Não esqueçam que os tentáculos do "mensalão" alcançam o Aécio mas passam longe do Eduardo.
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