Às vésperas do primeiro debate da campanha presidencial americana, figuras-chave do Partido Republicano se dividem quanto às chances de uma reviravolta na disputa. As últimas pesquisas mostram que as intenções de voto em Mitt Romney caíram - principalmente nos estados sem preferência eleitoral definida, como Iowa e Ohio, e que serão determinantes na escolha do novo ocupante da Casa Branca. Neste cenário, uma boa performance na discussão sobre política interna, tema do primeiro debate, é considerada essencial para a candidatura. Com duração de 90 minutos, a previsão é que cerca de 60 milhões de americanos acompanhem o embate pela TV.
Enquanto os estrategistas da campanha de Romney preferem moderar as expectativas, o governador de Nova Jersey, Chris Christie, foi enfático:
- Esta disputa vai virar de cabeça para baixo na quinta de manhã - disse o republicano, ao "Face the Nation", da CBS.
Enquanto os estrategistas da campanha de Romney preferem moderar as expectativas, o governador de Nova Jersey, Chris Christie, foi enfático:
- Esta disputa vai virar de cabeça para baixo na quinta de manhã - disse o republicano, ao "Face the Nation", da CBS.
Considerado um dos nomes fortes do partido, Christie evitou responder sobre suas perspectivas de se tornar candidato em 2016.
- Mitt Romney vai vencer, então esta é uma questão da qual eu não tenho que tratar - disse.
Já o candidato à vice-Presidência republicano, Paul Ryan, se mostrou mais contido. Ele destacou as qualidades do presidente Barack Obama como orador.
- O presidente Obama é um orador muito talentoso. O homem está no palco nacional há muitos anos. Esta é a primeira vez de Mitt neste tipo de palco - disse, em entrevista ao programa "Fox News Sunday".
Mesmo com tom mais moderado, Ryan destacou, no entanto, que Romney representa uma alternativa para o país. Ele disse já estar familiarizado com as promessas não cumpridas de Obama e com a economia estagnada. O candidato afirmou ainda que o debate ajudará o eleitor a entender as diferenças de propostas dos dois partidos.
Nos dias que antecedem os debates, os dois candidatos passarão a maior parte do tempo em treinamento. Romney foi no domingo à igreja e passou diversas horas se preparando para o debate. Obama, que fez campanha em Nevada neste fim de semana, ficará praticando durante três dias, no que chama de "Campo de debate".
Já o senador John McCain, candidato à Presidência em 2008, avalia que os candidatos poderiam facilmente prever e se preparar para perguntas sobre a maior parte dos temas, mas foi cauteloso.
- Algumas vezes esperamos uma grande virada, mas isso não acontece com frequência - disse, em entrevista ao "State of the Union", da CNN.
Reportagem do "New York Times" confirma esta expectativa. Segundo o jornal, somente em duas ocasiões os debates mudaram o rumo da disputa. A primeira vez foi em 1960, no embate entre John F. Kennedy e Richard Nixon. A segunda foi ano ano 2000, na disputa entre George W. Bush e Al Gore.
Um comentário:
O debate dos candidatos é peça fundamental da eleição presidencial nos EEUU. No país do "Show Business" o presidente também deve ser artista.
A confirmar resultados anteriores o mais simpático vai à Casa Branca.
Neste quesito o Obama dá goleada.
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