Ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva saíram nesta sexta-feira em defesa dos repasses feitos pelo governo a entidades que invadem terras, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em Porto Alegre, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, (foto) disse que não há irregularidades nos repasses e chegou a alegar que é impossível associar as entidades beneficiadas com recursos públicos a movimentos sociais como o MST. Segundo ele, essas vinculações são suposições.
Cassel disse desconhecer as ligações entre entidades beneficiadas pelo governo e o MST, que, no entanto, são conhecidas por todos da área:
- Não passamos nenhum centavo para o MST. O que existe são suposições de que possa haver cooperativas, empresas ou ONGs que tenham vínculos com o MST.
- Essas pessoas são contratadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, para prestar assistência técnica. Existem prestações de conta rigorosas para isso - afirmou Cassel.
O ministro disse que seria ilegal suspender o repasse para uma entidade pelo fato de ela ter simpatizantes de movimentos sociais.
- Não posso, por lei, discriminar uma entidade porque ela tem simpatizantes do movimento A ou B, do partido político ou de alguma religião. Quando uma entidade presta serviço ao governo, é porque tem CNPJ e cumpre as exigências legais.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, também se manifestaram nesta sexta-feira sobre o repasse de recursos do governo federal para movimentos sociais como o dos sem-terra.
Em Florianópolis para a inauguração da nova linha de transmissão de energia elétrica entre Desterro e Palhoça, Dilma disse que ao repassar os recursos para os sem-terra, o governo está cumprindo a legislação.
- Nós não operamos com nenhuma ilegalidade. E não há nenhuma manifestação formal do Judiciário (sobre o assunto) - afirmou a ministra, que disse respeitar a opinião de Gilmar Mendes.
Nenhum dos ministros deu uma palavra sequer para condenar atos criminosos em Pernambuco, onde líderes do MST mataram quatro seguranças de fazendas. Em nota, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse apenas que a apuração dos crimes cabe às polícias estaduais.
O MST aparece com destaque entre os mais de 70 movimentos que invadem fazendas no país, e está sempre no topo da lista das invasões. Em 2007, a participação do movimento nessas ações atingiu, proporcionalmente, seu ápice: o MST foi o responsável por 217 (72,8%) das 298 invasões registradas no país naquele ano. Em 2008, o MST foi o responsável por 132 (57,3%) das 230 ocupações entre janeiro a novembro. Em 2006, o índice foi de 66,5% (171 ações).
Apesar de Cassel afirmar que não é possível saber se as entidades que recebem verbas são ligadas a grupos que invadem fazendas, os vínculos do MST com associações são mais do que evidentes. Em Brasília, a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) e o MST sempre foram uma coisa só. Sem qualquer registro na Receita Federal, o MST (nome fantasia) sempre utilizou a Anca - entidade com CGC e registro em Junta Comercial - para fechar todos os seus negócios com o governo federal. Embora Cassel alegue não saber, era comum ligar para os números do MST em Brasília e, do outro lado da linha, ouvir a telefonista: "Anca, bom dia". Se um interlocutor desavisado achava que tinha errado o número do MST, era logo corrigido por quem atendia e explicava que tudo funcionava no mesmo endereço. No Incra, todos sabem disso.
Cassel disse desconhecer as ligações entre entidades beneficiadas pelo governo e o MST, que, no entanto, são conhecidas por todos da área:
- Não passamos nenhum centavo para o MST. O que existe são suposições de que possa haver cooperativas, empresas ou ONGs que tenham vínculos com o MST.
- Essas pessoas são contratadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, para prestar assistência técnica. Existem prestações de conta rigorosas para isso - afirmou Cassel.
O ministro disse que seria ilegal suspender o repasse para uma entidade pelo fato de ela ter simpatizantes de movimentos sociais.
- Não posso, por lei, discriminar uma entidade porque ela tem simpatizantes do movimento A ou B, do partido político ou de alguma religião. Quando uma entidade presta serviço ao governo, é porque tem CNPJ e cumpre as exigências legais.
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, também se manifestaram nesta sexta-feira sobre o repasse de recursos do governo federal para movimentos sociais como o dos sem-terra.
Em Florianópolis para a inauguração da nova linha de transmissão de energia elétrica entre Desterro e Palhoça, Dilma disse que ao repassar os recursos para os sem-terra, o governo está cumprindo a legislação.
- Nós não operamos com nenhuma ilegalidade. E não há nenhuma manifestação formal do Judiciário (sobre o assunto) - afirmou a ministra, que disse respeitar a opinião de Gilmar Mendes.
Nenhum dos ministros deu uma palavra sequer para condenar atos criminosos em Pernambuco, onde líderes do MST mataram quatro seguranças de fazendas. Em nota, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse apenas que a apuração dos crimes cabe às polícias estaduais.
O MST aparece com destaque entre os mais de 70 movimentos que invadem fazendas no país, e está sempre no topo da lista das invasões. Em 2007, a participação do movimento nessas ações atingiu, proporcionalmente, seu ápice: o MST foi o responsável por 217 (72,8%) das 298 invasões registradas no país naquele ano. Em 2008, o MST foi o responsável por 132 (57,3%) das 230 ocupações entre janeiro a novembro. Em 2006, o índice foi de 66,5% (171 ações).
Apesar de Cassel afirmar que não é possível saber se as entidades que recebem verbas são ligadas a grupos que invadem fazendas, os vínculos do MST com associações são mais do que evidentes. Em Brasília, a Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) e o MST sempre foram uma coisa só. Sem qualquer registro na Receita Federal, o MST (nome fantasia) sempre utilizou a Anca - entidade com CGC e registro em Junta Comercial - para fechar todos os seus negócios com o governo federal. Embora Cassel alegue não saber, era comum ligar para os números do MST em Brasília e, do outro lado da linha, ouvir a telefonista: "Anca, bom dia". Se um interlocutor desavisado achava que tinha errado o número do MST, era logo corrigido por quem atendia e explicava que tudo funcionava no mesmo endereço. No Incra, todos sabem disso.
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- Algo a declarar, Ivanildo ?
- Sim. Acredito piamente nas declarações dos Ministros como acredito em Papai Noel, Branca de Neve...
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