sexta-feira, 27 de março de 2009

Uma Cidade Chamada Rocinha



O Minhocão da Rocinha, com seus dois andares e 22 unidades é mais um símbolo do crescimento desordenado das favelas cariocas. Um censo inédito, feito pela Secretaria estadual de Ação Social, confirma o enorme aumento do número de residências na comunidade de São Conrado. A quantidade de domicílios saltou de 16.999 - como consta do último Censo do IBGE, em 2000 - para 25.915 hoje, um acréscimo de 65%. Ex-presidente do IBGE, o economista Sérgio Besserman afirma que, num cálculo conservador - no qual se multiplica por três pessoas o número de domicílios - chega-se à estimativa de que a população da Rocinha tenha pulado de 56.338 para mais de 75 mil nestes nove anos.
Arquiteto responsável pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Rocinha, Luiz Carlos Toledo estima que a população da favela seja um pouco maior:
- Teríamos mais precisão se multiplicássemos o número de domicílios por 3,5, o que daria 90.720 pessoas. Na Rocinha há conjugados ocupados por três, quatro pessoas.
O censo também levantou o número de estabelecimentos comerciais da Rocinha. Ao todo, são 6.317 - metade da quantidade de salas e lojas de Copacabana (11.017, de acordo com o Instituto Pereira Passos). Na comunidade, as atividades são divididas, sobretudo, em gêneros alimentícios, serviços de transporte de passageiros e de limpeza. A Rocinha conta ainda com três bancos, uma agência dos Correios, uma loja de companhia aérea e até uma TV a cabo, a TV Roc, com mais de 30 mil assinantes.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta é a realidade que deve ser encarada de frente na busca de soluções.
Os números são básicos para conhecermos a verdade.