terça-feira, 24 de março de 2009

A Crise e a Classe Média




A classe média brasileira tem sofrido como ninguém os efeitos da crise. A conclusão é de pesquisa feita pela consultoria LatinPanel. Nos dois primeiros meses do ano, foi verificada estagnação no nível de consumo desses lares. O resultado vem após forte desaceleração no volume de compras, que despencou de uma alta de 6%, em 2007, para crescimento de apenas 1%, em 2008. O reflexo é o empobrecimento nas listas dos supermercados, já que o medo de perder o emprego ganha força. Os itens supérfluos, que passaram a fazer parte do dia-a-dia após o Plano Real, registraram quedas de até 14% em seus volumes no ano passado.
As classes A e B são as únicas que registram avanço no consumo este ano, como em 2008, quando tiveram alta de 3%. Mas não foi suficiente para puxar as vendas gerais. Em janeiro e fevereiro, categorias como as de alimentos e beleza recuaram de 1% a 3%. Em 2008, o consumo em geral cresceu 2%, metade da alta de 4% em 2007.
A classe média é formada por famílias da classe C, com renda mensal de R$ 1.861 a R$ 4.650, segundo a LatinPanel. Segundo Ana FIoratti, diretora-executiva da LatinPanel, o consumo dessa faixa de renda foi o que menos cresceu ano passado, cenário diferente do visto em 2007, quando o grupo foi o que teve maior expansão:
- As famílias da classe C são as que mais sofrem, pois têm o maior nível de endividamento do país. Com medo de perder o emprego, estão mais criteriosas na compra.
A Fecomércio-RJ comprova a avaliação. Pesquisa aponta que o total das famílias da classe média que pretendem consumir nos próximos três meses caiu de 23%, em janeiro de 2008, para 17%, em janeiro de 2009. O recuo foi maior que a queda entre as classes A e B: de 21% para 18%.
- Essas famílias estão cautelosas e concentrando os gastos em itens de primeira necessidade - afirma Christian Travassos, da Fecomércio-RJ.
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- Chefe, antes que você diga que eu enlouqueci, que eu tomei todas ou que vai chamar o Pinel, eu explico: Não achei nenhuma foto que pudesse ilustrar a matéria, então, fiz uma homenagem, atrasada, eu sei, ao Dia Internacional da Mulher. E que mulher !

3 comentários:

AAreal disse...

Ivanildo, achei a foto perfeita. Mostra, de forma clara, que a classe média sofreu muito com o índice de aumento do "vestuário".

Anônimo disse...

Esta discussão esta fora de foco. As definições de classe A,B,C etc não podem ser feitas em função de salário. Salários sobem e descem sem ter nenhum valor intrínseco.
O que determina a justiça ou não da remuneração dos cidadãos é a distribuição da renda nacional.
Os números indicados abaixo permaneceram praticamente os mesmos de 1950 a 2000.
No governo Lula não tenho notícia de novos levantamentos.
Os números indicam que os 10% mais ricos da população detém 50% da renda enquanto os 50% mais pobres ficam com 13% da renda.
Sem a alteração do perfil desta vergonhosa pirâmide os aumentos de salário nada significam como progresso social

Anônimo disse...

Como sempre o camarada del Castillo foi na mosca. É preciso a derrubada das elites de seu pedestal irrealista. Redistribuir, fazer justiça social. Está na hora de uma verdadeira REVOLUÇÃO!