Não tenho mais nenhuma ilusão de um dia ver algum desses criminosos travestidos de parlamentares atrás das grades e devolvendo o que nos roubou. Eles são muitos, e invencíveis. Sob o fogo cruzado de denúncias, juntam-se paea se defender, como fizeram PT e PMDB no Senado, embora digam sempre que é pela instituição, a mesma que eles aviltam e apequenam com seus atos.
O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crimee de desmoralizar uma instituição democrática não tem preço.
O que nos resta ? Confiar na Justiça ? Na Polícia ? no ladrão ? Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias ? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninhuém reclamou. E mesmo que reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da lei, na liturgia do cargo.
Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas ? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidadees ? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes, mas sempre sobram balas perdidas. Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a polícia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a Jusatiça. Eles só têm medo de perder eleição.
Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.
Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos enbergonhamos todo dia.
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(O Globo, 27/03)
O dinheiro roubado de nossos impostos, teoricamente, pode até ser recuperado, mas o crimee de desmoralizar uma instituição democrática não tem preço.
O que nos resta ? Confiar na Justiça ? Na Polícia ? no ladrão ? Com Sarney e Renan comandando o Senado e espantados com a descoberta das 181 diretorias ? A maior parte foi criada pelos dois. O resto, por Jader, ACM e Lobão. E pior. Foram criadas por resoluções da Mesa e ninhuém reclamou. E mesmo que reclamasse não adiantaria nada. Tudo dentro da lei, na liturgia do cargo.
Seria um exagero comparar as disputas pelo poder no Congresso com as guerras de quadrilhas pelos pontos de venda de drogas nas favelas cariocas ? Só porque uns vendem crack e cocaína e outros, privilégios e ilegalidadees ? Guerra é guerra, vale tudo na disputa pelos pontos de poder. Se um tiroteio é de balas, o outro é de números e nomes, mas sempre sobram balas perdidas. Mas, quando o cerco aperta, os dois bandos acertam um armistício: o verdadeiro inimigo é a polícia. Ou, no caso do Senado, a opinião pública. Porque eles não temem a polícia. Nem a Jusatiça. Eles só têm medo de perder eleição.
Diante do pacto de não agressão entre os dois bandos, resta-nos confiar nos ódios, nas invejas e nos ressentimentos das legiões de apadrinhados que estão perdendo a boca e se vingando de seus traidores. Que muitas falas perdidas encontrem seus alvos.
Diante da certeza de que eles vencerão, que jamais pagarão por seus crimes, que continuarão ricos e corruptos, e até mesmo respeitáveis, resta-nos ridicularizar suas figuras toscas, seus figurinos grotescos, seus cabelos tingidos, suas caras botocadas. Para que suas esposas e amantes leiam, e seus filhos se envergonhem deles no colégio. Como nós nos enbergonhamos todo dia.
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(O Globo, 27/03)
Um comentário:
Lamentavelmente o Nelson se engana quando pensa que há separação entre os bandidos da droga, do bicho e do transporte em relação aos políticos.
Alguém se lembra do Brizola que entregou as associações de moradores de favela na mão de traficantes?
Alguém se lembra que o mesmo Brizola e a Erundina recebiam mensalidades dos magnatas do transporte?
Alguém se lembra que a polícia foi proibida de entrar nas favelas para que os traficantes consolidassem seu império?
Quem não preserva a memória do passado não pode esperar nada do futuro.
Gostaria que os blogueiros aplaudissem ou jogassem pedras no que foi dito acima.
A indiferença é a droga mais debilitante de uma sociedade.
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