Num discurso que beirou ao socialismo na abertura do Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira que os países mais diretamente envolvidos na turbulência internacional estatizem os bancos. Esta seria, segundo Lula, a saída para o retorno do crédito, que secou durante a crise.
- Será que os países ricos vão continuar apenas colocando dinheiro com o intuito de salvar os bancos ou será que algum país terá coragem de, sem medo da palavra, estatizar os bancos, recuperá-los e fazer voltar o crédito? - perguntou Lula em discurso na abertura do evento.
Lula criticou a opção pelo Estado mínimo, no passado, e afirmou que hoje, ao contrário, o Estado é o indutor do crescimento e, na sua opinião, é quem pode tirar os países desta crise. Para o presidente, o Estado não é o estorvo do desenvolvimento.
Lula desfiou números positivos de seu governo, falou que o país agora é autossuficiente em petróleo, que tem reservas superiores a US$ 200 bilhões e está preparado para este momento de dificuldades mundiais. Ele também aproveitou a platéia com vários representantes internacionais para convidá-los a conhecer os programas sociais implementados pelo seu governo. O presidente disse que, para enfrentar a crise, é preciso ação cooperativa multilateral.
Lula voltou a criticar o mercado financeiro que, em suas palavras, ditaram os rumos da economia nestes anos, levando os países aos problemas enfrentados atualmente.
- Por mais injustas que sejam, como de fato são, as consequências desta crise para as populações pobres e economias em desenvolvimento, a verdade é que ela coloca um ponto final num ciclo de mais de duas décadas de equívocos e fraudes cometidos em nome do deus mercado - criticou.
O presidente elogiou quem resistiu à essa lógica do mercado.
- É preciso reconhecer e valorizar cada vez mais o papel de todos aqueles que resistiram arduamente à agenda do estado mínimo nas últimas décadas, dos que resistiram ao desmonte das políticas públicas em nome da desvinculação dos mercados, dos que resistiram em entregar a sorte da sociedade aos azares dos cassinos financeiros.
Lula alerta para vale-tudo protecionista na crise
O presidente avaliou que a ideologia neo-liberal "experimenta seu crepúsculo" e afirmou que se o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não existisse, teria de ser criado. Lula receitou aos governantes dos países desenvolvidos que adotem práticas semelhantes ao PAC e aproveitou para criticar o protecionismo.
- Não podemos passar do vale-tudo financeiro, que jogou o planeta na situação atual, para um vale-tudo protecionista, que certamente (nos jogará) em uma crise ainda pior do que aquela que resultou na 2ª Guerra Mundial - disse Lula em discurso de abertura de seminário organizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Na segunda-feira, ele já havia dito que o aumento das medidas protecionistas levariam ao caos.
- Será que os países ricos vão continuar apenas colocando dinheiro com o intuito de salvar os bancos ou será que algum país terá coragem de, sem medo da palavra, estatizar os bancos, recuperá-los e fazer voltar o crédito? - perguntou Lula em discurso na abertura do evento.
Lula criticou a opção pelo Estado mínimo, no passado, e afirmou que hoje, ao contrário, o Estado é o indutor do crescimento e, na sua opinião, é quem pode tirar os países desta crise. Para o presidente, o Estado não é o estorvo do desenvolvimento.
Lula desfiou números positivos de seu governo, falou que o país agora é autossuficiente em petróleo, que tem reservas superiores a US$ 200 bilhões e está preparado para este momento de dificuldades mundiais. Ele também aproveitou a platéia com vários representantes internacionais para convidá-los a conhecer os programas sociais implementados pelo seu governo. O presidente disse que, para enfrentar a crise, é preciso ação cooperativa multilateral.
Lula voltou a criticar o mercado financeiro que, em suas palavras, ditaram os rumos da economia nestes anos, levando os países aos problemas enfrentados atualmente.
- Por mais injustas que sejam, como de fato são, as consequências desta crise para as populações pobres e economias em desenvolvimento, a verdade é que ela coloca um ponto final num ciclo de mais de duas décadas de equívocos e fraudes cometidos em nome do deus mercado - criticou.
O presidente elogiou quem resistiu à essa lógica do mercado.
- É preciso reconhecer e valorizar cada vez mais o papel de todos aqueles que resistiram arduamente à agenda do estado mínimo nas últimas décadas, dos que resistiram ao desmonte das políticas públicas em nome da desvinculação dos mercados, dos que resistiram em entregar a sorte da sociedade aos azares dos cassinos financeiros.
Lula alerta para vale-tudo protecionista na crise
O presidente avaliou que a ideologia neo-liberal "experimenta seu crepúsculo" e afirmou que se o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não existisse, teria de ser criado. Lula receitou aos governantes dos países desenvolvidos que adotem práticas semelhantes ao PAC e aproveitou para criticar o protecionismo.
- Não podemos passar do vale-tudo financeiro, que jogou o planeta na situação atual, para um vale-tudo protecionista, que certamente (nos jogará) em uma crise ainda pior do que aquela que resultou na 2ª Guerra Mundial - disse Lula em discurso de abertura de seminário organizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Na segunda-feira, ele já havia dito que o aumento das medidas protecionistas levariam ao caos.
Um comentário:
Lulla seria cômico, não fora ele uma imensa tragédia. Mentiroso, pois o Brasil não é auto-suficiente em petróleo, como sabe qualquer pessoa medianamente informada, pois temos de importar permanentemente determinada quantidade de petróleo bruto (em agosto de 2008 importamos 900 mmilhões de dólares).Certamente, vem sendo informado de que a marola vem-se convertendo num tsunami e ele se apresta pata jogar a culpa no "neoliberalismo" - no fundo o conjunto de medidas tomadas pelo seu antecessor e que lhe permitiram viver sem problemas até hoje. E o pior, de toda essa inconsequência geral, é acirrar, ultimamente com maior afinco e abertamente, a guerra de classes no Brasil. Ainda ontem o tivemos, de vermelho, fantasiado de Chavez, invectivando pobre contra os ricos. Deus nos livre de que desse desmando - proveniente certamente de muita bebedeira - surja um conflito em que entrem em ação as forças descontroláveis dos MSTs....Podem ser as nossas FARCs!
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