Algumas pessoas, por preguiça ou falta de imaginação, dizem que gostariam que todos falassem a mesma linguagem. Mas por sorte, há milhares, talvez milhões de maneiras diferentes para que nós, habitantes deste planeta, possamos expressar as nossas idéias e emoções.
Nos séculos em que o Império Britânico, a França, a Holanda e outros países dominaram a África, idiomas ricos em sons e significado foram apagados das mentes e dos corações de povos daquele continente por força das imposições coloniais. As línguas, assim como as religiões e os costumes, foram engolidas pela cultura estrangeira.
Mesmo no Brasil há uma infinidade de maneiras diferentes de dizer nomes de frutas, de cortes de carne, de vegetais ou de atividades profissionais. Isto é riqueza cultural e assim deve ser considerada e devemos ter orgulho dela.
É uma pena que haja certo ranço colonial em algumas partes do país, que se consideram a parte “nobre” do mesmo, tachando de engraçado, estranho ou até mesmo ridículo o vocabulário usado em outras. Assim, se gaúchos chamam de bergamota o que aqui no Rio é chamado de tangerina muitas vezes são olhados como “esquisitos”, só para dar um exemplo.
Muitas vezes gente que tem orgulho de falar mais de uma língua estrangeira não tem a mente aberta para as diferenças linguísticas da sua própria terra. Talvez porque não se orgulhem de ser brasileiros, colonizados que estão pela cultura americana ou européia e apenas deem valor à diversidade que vem de fora.
Moro no Rio de Janeiro, cidade que adotei por amor e com amor. Estou madura e experiente demais para mudar o meu sotaque e o meu vocabulário. Ainda bem que não são todos os cariocas que acham que eu deveria falar como os apresentadores da Globo. Vivam eles!
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(foto: Luis Vaz de Camões - 1524/1580)
Nos séculos em que o Império Britânico, a França, a Holanda e outros países dominaram a África, idiomas ricos em sons e significado foram apagados das mentes e dos corações de povos daquele continente por força das imposições coloniais. As línguas, assim como as religiões e os costumes, foram engolidas pela cultura estrangeira.
Mesmo no Brasil há uma infinidade de maneiras diferentes de dizer nomes de frutas, de cortes de carne, de vegetais ou de atividades profissionais. Isto é riqueza cultural e assim deve ser considerada e devemos ter orgulho dela.
É uma pena que haja certo ranço colonial em algumas partes do país, que se consideram a parte “nobre” do mesmo, tachando de engraçado, estranho ou até mesmo ridículo o vocabulário usado em outras. Assim, se gaúchos chamam de bergamota o que aqui no Rio é chamado de tangerina muitas vezes são olhados como “esquisitos”, só para dar um exemplo.
Muitas vezes gente que tem orgulho de falar mais de uma língua estrangeira não tem a mente aberta para as diferenças linguísticas da sua própria terra. Talvez porque não se orgulhem de ser brasileiros, colonizados que estão pela cultura americana ou européia e apenas deem valor à diversidade que vem de fora.
Moro no Rio de Janeiro, cidade que adotei por amor e com amor. Estou madura e experiente demais para mudar o meu sotaque e o meu vocabulário. Ainda bem que não são todos os cariocas que acham que eu deveria falar como os apresentadores da Globo. Vivam eles!
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(foto: Luis Vaz de Camões - 1524/1580)
3 comentários:
A visão da Clara é um convite a tentarmos realmente compreender a nossa lingua.
A riqueza de vocábulos com as nuances sutis a nossa disposição, fazem do Português um patrimônio admiravel que deve ser preservado assim como se protege uma nação.
Moro na Argentina e posso dizer que aqui não sofro dessa discriminação. Aqui muitos querem aprender a língua portuguesa simplesmente pela leveza e suavidade na pronúncia das palavras. Aqui, quando falo castelhano, meu acento brasileiro é considerado lindo!
Ainda há muita gente por aí que deseja descobrir uma nova cultura começando por uma boa comunicação oral. Sem atalhos e com prazer!
Dependendo de quem está falando o sotaque paulista é demasiadamente irritante, o carioca parece que está sempre pigarreando e o gaúcho cantando. Por outro lado, todos podem ser extremamente charmosos também. O que torna alguém ridículo não tem nada a ver com o seu sotaque ou a escolha de palavras em determinada situação, e sim sua atitude, como por exemplo não respeitar as diferenças!!!!
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