Meu escritor favorito, Tolstoi, escreveu, em “Ana Karenina”, que os filhos são como ouro em pó espalhado na areia, na maior parte do tempo só se vê areia, mas em alguns momentos, quando o sol incide num determinado ângulo, vê-se ouro e só ouro, em todo o seu esplendor. Esta, para mim, é uma das frases mais felizes e verdadeiras já escritas, e aqueles que têm filhos sabem bem disto.
Sei que estarei “chovendo no molhado” ao falar de filhos, agruras e alegrias, mas a gente nem sempre tem o bom senso de falar apenas do que interessa aos outros.
Há muitos jovens casais na minha família. A posição deles varia no que diz respeito à descendência. Dois deles, desejosos de criar uma família maior, estão providenciando, um com bebê recém nascido e o outro programando para este ano. Os outros, ou não pensam nisso agora ou descartam a possibilidade.
Apesar do meu anseio por netos, fico feliz por perceber que, hoje em dia, todos têm o direito de se posicionar como bem quiserem com relação a este assunto. Nos meus tempos de jovem recém casada, se a gente dissesse que não queria ter filhos era colocada na fogueira como bruxa.
Esta liberdade, conquistada principalmente pelas mulheres graças à invenção da pílula anticoncepcional, dá a todos a opção de viver ou não a situação.
As crianças são uma alegria, mas o trabalho que nos agrada, as viagens que podemos fazer sem preocupações, o silêncio, os livros, a boa música, a praia, tudo isto também traz alegria. A vida é bela para todos aqueles que escolhem como vivê-la livremente.
Escolher entre ter filhos ou não é uma bênção (Talvez eu esteja cometendo sacrilégio aos olhos de alguns, aqui) e creio que a consciência de que se tem este direito deveria fazer parte da Educação das novas gerações.
No Brasil ainda persiste a noção de que filhos são sempre aceitáveis para casais em quaisquer circunstâncias. Não acredito nisto. Acho que todos deveriam pesar bem as consequências de trazer mais uma pessoa para o mundo e avaliar se esta nova pessoa vai ou não ter acesso à boa alimentação, cuidados de saúde e Educação.
Escrevo Educação de propósito com letra maiúscula porque creio que é o que está fazendo mais falta neste país. É preciso que nós, como pais e educadores, eduquemos as gerações futuras para esta tomada de posição. Devemos parar de produzir tanta gente, sem boas condições de vida e com futuro incerto. O planeta está chegando a um limite perigoso e seus recursos naturais ficando escassos.
Sou favorável a uma campanha de conscientização com relação à paternidade, por parte do governo. Essas “bolsas” todas que são distribuídas para quem tem filhos sem condições, apenas favorecem a paternidade inconsciente e traz malefícios para toda a sociedade.
Sei que estarei “chovendo no molhado” ao falar de filhos, agruras e alegrias, mas a gente nem sempre tem o bom senso de falar apenas do que interessa aos outros.
Há muitos jovens casais na minha família. A posição deles varia no que diz respeito à descendência. Dois deles, desejosos de criar uma família maior, estão providenciando, um com bebê recém nascido e o outro programando para este ano. Os outros, ou não pensam nisso agora ou descartam a possibilidade.
Apesar do meu anseio por netos, fico feliz por perceber que, hoje em dia, todos têm o direito de se posicionar como bem quiserem com relação a este assunto. Nos meus tempos de jovem recém casada, se a gente dissesse que não queria ter filhos era colocada na fogueira como bruxa.
Esta liberdade, conquistada principalmente pelas mulheres graças à invenção da pílula anticoncepcional, dá a todos a opção de viver ou não a situação.
As crianças são uma alegria, mas o trabalho que nos agrada, as viagens que podemos fazer sem preocupações, o silêncio, os livros, a boa música, a praia, tudo isto também traz alegria. A vida é bela para todos aqueles que escolhem como vivê-la livremente.
Escolher entre ter filhos ou não é uma bênção (Talvez eu esteja cometendo sacrilégio aos olhos de alguns, aqui) e creio que a consciência de que se tem este direito deveria fazer parte da Educação das novas gerações.
No Brasil ainda persiste a noção de que filhos são sempre aceitáveis para casais em quaisquer circunstâncias. Não acredito nisto. Acho que todos deveriam pesar bem as consequências de trazer mais uma pessoa para o mundo e avaliar se esta nova pessoa vai ou não ter acesso à boa alimentação, cuidados de saúde e Educação.
Escrevo Educação de propósito com letra maiúscula porque creio que é o que está fazendo mais falta neste país. É preciso que nós, como pais e educadores, eduquemos as gerações futuras para esta tomada de posição. Devemos parar de produzir tanta gente, sem boas condições de vida e com futuro incerto. O planeta está chegando a um limite perigoso e seus recursos naturais ficando escassos.
Sou favorável a uma campanha de conscientização com relação à paternidade, por parte do governo. Essas “bolsas” todas que são distribuídas para quem tem filhos sem condições, apenas favorecem a paternidade inconsciente e traz malefícios para toda a sociedade.
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Liev Tolstói, (foto) também conhecido como Léon Tolstói ou Leão Tolstoi ou Leo Tolstoy, Lev Nikoláievich Tolstói (1828-1910) é considerado um dos maiores escritores de todos os tempos.
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e idéias batiam de frente com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos e idéias batiam de frente com as igrejas e governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza.
4 comentários:
Concordo. Educação é a raiz da vida. E filho é uma opção sim. É uma emoção. E emoção se vive em diversas situações. E nenhuma é igual a outra. Ser mãe é único!
Um assunto importante, tão simples e tão complexo, escrito de uma forma "Clara" (sem fazer trocadilhos) de uma forma muito inteligente tratando de vários assuntos importantes.
Caro Paulo Moraes, concordo integralmente. O texto é muito apropriado para os dias de hoje, quando este governo caótico distribui suas bolsas a torto e a direito, incentivando o crescimento populacional, em vez de adotar medidas que favoreçam o planejamento familiar. Em tempo: é claro que você um trocadilho...
Nunca diga nunca ou jamais, não é mesmo? Mas não pretendo ter filhos (humanos, pelo menos), e gostaria de ser respeitada por esta opção.
Deborah Cogo
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