Sob tiroteio desde que foi eleito presidente do Senado há pouco mais de um mês, o senador José Sarney (PMDB-AP) decidiu sair da defensiva e está pedindo que todos os diretores da Casa coloquem seus cargos à disposição. Desde que assumiu a presidência, Sarney já foi obrigado a demitir dois desses diretores: Agaciel Maia que respondia pela direção geral da Casa e João Carlos Zoghbi que era responsável pela poderosa Secretaria de Rercusos Humanos. Ambos foram afastados em meio a denúncias de que haviam omitido patrimônio pessoal em suas declarações de renda. Esta semana, outros três estão na mira da Casa por terem parentes empregados por empresas prestadoras de serviço ao Senado.
Sarney deverá anunciar a medida na quarta-feira durante a reunião da mesa diretora, na qual comunicará que a Fundação Getúlio Vargas apresentará um plano de reestruturação total do Senado com vistas a reduzir despesas e otimizar investimentos.
- Amanhã estou assinado uma proposta de reestruturação da Casa que será conduzida pela Fundação Getúlio Vargas. Por isso, estou pedindo que todos os diretores da Casa coloquem seus cargos à disposição para que possamos ter maior liberdade para fazer um balanço dos cargos que são efetivamente necessários e quais são dispensáveis - adiantou Sarney ao GLOBO.
O presidente do Senado negou que a medida drástica seja um reflexo da onda de denúncias que atinge a Casa desde que assumiu o cargo.
- Isso já estava previsto dentro das nossas ações - garantiu.
Sarney deverá anunciar a medida na quarta-feira durante a reunião da mesa diretora, na qual comunicará que a Fundação Getúlio Vargas apresentará um plano de reestruturação total do Senado com vistas a reduzir despesas e otimizar investimentos.
- Amanhã estou assinado uma proposta de reestruturação da Casa que será conduzida pela Fundação Getúlio Vargas. Por isso, estou pedindo que todos os diretores da Casa coloquem seus cargos à disposição para que possamos ter maior liberdade para fazer um balanço dos cargos que são efetivamente necessários e quais são dispensáveis - adiantou Sarney ao GLOBO.
O presidente do Senado negou que a medida drástica seja um reflexo da onda de denúncias que atinge a Casa desde que assumiu o cargo.
- Isso já estava previsto dentro das nossas ações - garantiu.
3 comentários:
Giuseppe di Lampedusa autor do romance "O Leopardo" dizia através de Tancredi, Principe de Falconeri, ser necessário promover mudanças para tudo continuar como está.
Sarney, encarnando Tancredi,aplica sua filosofia no Senado.
Esse Sarney é um pândego.
Nem a velhinha de Taubaté acredita que estas medidas saneadoras estavam previstas. Não estavam, nem aconteceriam se não fosse a onda de escândalos que começou com a demissão do Agaciel, o cara com uma mansão de 5 milhões. Outra coisa: vendo o retrato do homem, ele não lembra um maitre de churrascaria da Baixada Fluminense ?
Com Hélio, diria que Sarney, de fato, é um pândego. Contudo, ele é muito mais do que isto e é difícil precisá-lo, encontrar um vocábulo, que não seja chulo, para descrever o lamentável autor de "Os marimbondos de Fogo". Então, lá vem êle, ocupando pela enésima vez a Presidência do Senado, empulhar-nos com essa declaração de que demitiu Agaciel e os outros 150 (!) diretores que tem a Casa de Tolerância que ele preside? Ora quem não sabe que nenhum dos que circulam pelos corredores do Senado - ou da Câmara - à guisa de trabalharem internamente, nenhum deles é demissível? Ora, Sarney, com pose de "speaker" da Câmara dos Lordes, fala em " solicitei que pusessem seus cargos à disposição". À disposição de quem, ou do que, pergunte-se. Ver-se-á que nada sairá daí e que o jatinho de Agaciel continuará a badalar pelos céus do Brasil essa gentalha, a fim de que tudo fique como dantes, como diz Alberto de Castilla, tal como no "Gatopardo".
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