Depois de muita pressão, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) , anunciou nesta terça-feira que aceitou o pedido de demissão do diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, (foto) que estava no cargo desde 1995, e tinha sido nomeado pelo próprio Sarney. O diretor-adjunto do Senado, José Alexandre Gazineo, responderá interinamente pelo cargo.
Segundo o presidente do Senado, embora não haja nenhuma prova definitiva contra o diretor, os dois conversaram, e a medida foi tomada para não prejudicar a imagem da Casa.
- Eu aceitei o pedido de demissão do diretor-geral Agaciel Maia. E, lamento que esse episódio tenha chegado a esse resultado. Ele é um dos funcionários mais eficientes e mais antigos que prestou grande serviço à Casa. Mas reconheço que ninguém tem o direto de prejudicar a imagem do Senado. Chegamos a discutir um afastamento provisório, mas isso não resolveria o problema, então buscamos uma solução definitiva.
Agaciel Maia teria ocultado de seu patrimônio a mansão onde mora há 13 anos, avaliada em cerca de R$ 5 milhões, e localizada no Lago Sul, área nobre de Brasília.
- Se estão pedido o meu afastamento temporário eu quero ir além, não vou ser empecilho. Considero que estou sendo vítima de uma calúnia, mas já estou condenado - afirmou o diretor, mais cedo nesta terça-feira.
O funcionário admite que nunca registrou em cartório a compra da casa, como mostrou reportagem da "Folha de S.Paulo", mas apresentou na segunda declarações de Imposto de Renda na qual registra a aquisição do imóvel.
Sarney descartou a possibilidade de Agaciel retornar ao cargo, mesmo após as conclusões do Tribunal de Contas da União (TCU).
- Da maneira como essa situação se processou não haveria possibilidade de uma volta - disse Sarney.
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Ivanildo, divagando:
- Estranho...
- É, o Sarney não livrou a cara do Agaciel.
- Não, chefe, estou me referindo ao nome dele... Agaciel... estranho, né não ?
Um comentário:
Agaciel é um velho malandro. Bandidaço! Está intslado no Senado desde 1970, época em que os que chegavam a Brasília , obtinham dos militares todas as vantagens que quisessem. Pouco antes, Castelo Branco e Golbery chegaram a cogitar de voltar a Capital ao Rio de Janeiro. De tal modo Brasília vegetava, que tudo era dado e permitido a quem fosse para lá. Era a época da famosa "dobradinha" dos funcionários removidos para o barro e a poeira de Brasília. O Itamaraty nem tinha sido oficialmente instalado lá, razão pela qual não havia Corpo diplomático em Brasília, que era, ainda e portanto, um autêntico faroeste. Alí começou o banditismo oficial, o saque sistemático ao Erário. Falar de Agaciel é falar de Sarney. Ambos estão ali, desde o começo, fazendo e desfazendo, vendendo serviços e juntando dinheiro público. São, junto com seus congêneres, os personagens da lamentável saga de demolição da ética e da correção entre os homens públicos que nos trouxe Brasília.
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