A Polícia Federal (PF) já tem em mãos uma lista com nomes de políticos e servidores públicos que teriam recebido dinheiro da construtora Camargo Corrêa. A PF investiga agora se os repasses foram feitos ou não em troca de a empresa ser favorecida em projetos para obras em diferentes cidades do país.
A PF tem informações de que políticos de pelo menos sete partidos - PSDB, DEM, PDT, PSB, PMDB, PPS e PP - foram diretamente beneficiados.
A PF estima que pelo menos metade dos cerca de R$ 30 milhões que teriam sido desviados pelo grupo serviram para abastecer campanhas políticas. A planilha, feita em computador, teria anotações a lápis. A procuradora Karen Louise Kahn, responsável pelas investigações, disse que, nos diálogos, políticos e diretores da Camargo Corrêa falavam em pagamentos "por dentro e por fora".
- Há indícios de que a empresa fazia esses pagamentos (aos políticos) em troca de favorecimento. O dinheiro era distribuído tanto de forma legal, em doações registradas na Justiça Eleitoral, como também por fora - disse a procuradora.
Pelo que foi captado nas interceptações, diz a procuradora, os pagamentos eram feitos em dinheiro.
- Não são citadas contas bancárias, mas sim levantamentos de valores altíssimos que eram levados em espécie a representantes para serem destinados aos partidos políticos - confirmou.
Uma das operações que a procuradora destaca se refere a uma suposta remessa de US$ 500 mil. E ela relata: numa das conversas interceptadas em outubro do ano passado, um dos diretores da Camargo Corrêa fala em contribuição de R$ 100 mil para Mendonça Filho, do Recife.
Mendonça Filho seria o candidato do DEM à Prefeitura do Recife nas últimas eleições. Na conversa, segundo ela, também é citada a doação de R$ 300 mil para o PMDB, "aprovada por fora". Para o Ministério Público, a expressão indica que a Camargo Corrêa não teria contabilizado a doação.
DEM ameaça recorrer ao STF para ter acesso às investigações
Outro diretor também fala sobre o assunto: diz que, segundo Luis Henrique, da Fiesp, R$ 300 mil teriam sido repassados para Agripino, em nome do DEM. Os outros R$ 200 mil para Flexa Ribeiro, que teria encaminhado R$ 100 mil para o seu partido e os outros R$ 100 mil teriam sido divididos entre PSB, PDT e PPS.
O gabinete de Agripino mostrou recibo de doação de R$ 300 mil ao partido, feito de forma legal. Flexa Ribeiro também confirmou a doação e disse que foi legal.
- Por que a citação do meu nome? Eu não recebi dinheiro nenhum, quem recebeu foi o meu partido. Nem vem que não tem, quem não deve não teme. E eu vou, ao lado do partido, demandar as informações que estão no processo. É nosso direito - questionou Agripino.
Em discurso no plenário do Senado, Flexa criticou duramente o vazamento para a imprensa dos nomes dele e de Agripino. O senador atribuiu a divulgação à PF, que estaria agindo com motivação política.
- Não éramos, nem o senador Agripino nem eu, candidatos na eleição de 2008. Apenas presidimos os dois diretórios e, como tal, recebemos a doação legal, prevista pela lei que trata das doações para as campanhas políticas, doações essas feitas da conta bancária da empresa doadora para a conta bancária do diretório estadual do partido, transferidas por TED.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) também negou qualquer envolvimento da legenda com doações ilegais. Na opinião de Maia e Agripino, (foto) existe "viés político" com intenção de prejudicar os partidos e, caso a legenda não tenha acesso às provas, irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- Não é a primeira vez que uma operação do governo tenta enfraquecer as instituições democráticas, os partidos. Doação de campanha é legal, mas da forma que foi divulgado fica parecendo que é irregular. Não vamos acobertar ninguém do partido, mas temos certeza que não ocorreu nenhuma irregularidade - disse Rodrigo Maia.
O presidente do DEM cobra a divulgação "da verdade". Ele argumenta que houve desvio do foco na divulgação das investigações da Polícia Federal.
- O principal foco desta operação é o que vem da Petrobras e essa sociedade do Lula com o Chávez (Hugo, presidente da Venezuela) em Pernambuco. A operação desvia o foco para gerar dúvidas em relação aos partidos políticos. Para o PPS, o juiz De Sanctis extrapolou, pinçou frase das escutas telefônicas e usou de uma suposição para atingir os partidos.
A PF tem informações de que políticos de pelo menos sete partidos - PSDB, DEM, PDT, PSB, PMDB, PPS e PP - foram diretamente beneficiados.
A PF estima que pelo menos metade dos cerca de R$ 30 milhões que teriam sido desviados pelo grupo serviram para abastecer campanhas políticas. A planilha, feita em computador, teria anotações a lápis. A procuradora Karen Louise Kahn, responsável pelas investigações, disse que, nos diálogos, políticos e diretores da Camargo Corrêa falavam em pagamentos "por dentro e por fora".
- Há indícios de que a empresa fazia esses pagamentos (aos políticos) em troca de favorecimento. O dinheiro era distribuído tanto de forma legal, em doações registradas na Justiça Eleitoral, como também por fora - disse a procuradora.
Pelo que foi captado nas interceptações, diz a procuradora, os pagamentos eram feitos em dinheiro.
- Não são citadas contas bancárias, mas sim levantamentos de valores altíssimos que eram levados em espécie a representantes para serem destinados aos partidos políticos - confirmou.
Uma das operações que a procuradora destaca se refere a uma suposta remessa de US$ 500 mil. E ela relata: numa das conversas interceptadas em outubro do ano passado, um dos diretores da Camargo Corrêa fala em contribuição de R$ 100 mil para Mendonça Filho, do Recife.
Mendonça Filho seria o candidato do DEM à Prefeitura do Recife nas últimas eleições. Na conversa, segundo ela, também é citada a doação de R$ 300 mil para o PMDB, "aprovada por fora". Para o Ministério Público, a expressão indica que a Camargo Corrêa não teria contabilizado a doação.
DEM ameaça recorrer ao STF para ter acesso às investigações
Outro diretor também fala sobre o assunto: diz que, segundo Luis Henrique, da Fiesp, R$ 300 mil teriam sido repassados para Agripino, em nome do DEM. Os outros R$ 200 mil para Flexa Ribeiro, que teria encaminhado R$ 100 mil para o seu partido e os outros R$ 100 mil teriam sido divididos entre PSB, PDT e PPS.
O gabinete de Agripino mostrou recibo de doação de R$ 300 mil ao partido, feito de forma legal. Flexa Ribeiro também confirmou a doação e disse que foi legal.
- Por que a citação do meu nome? Eu não recebi dinheiro nenhum, quem recebeu foi o meu partido. Nem vem que não tem, quem não deve não teme. E eu vou, ao lado do partido, demandar as informações que estão no processo. É nosso direito - questionou Agripino.
Em discurso no plenário do Senado, Flexa criticou duramente o vazamento para a imprensa dos nomes dele e de Agripino. O senador atribuiu a divulgação à PF, que estaria agindo com motivação política.
- Não éramos, nem o senador Agripino nem eu, candidatos na eleição de 2008. Apenas presidimos os dois diretórios e, como tal, recebemos a doação legal, prevista pela lei que trata das doações para as campanhas políticas, doações essas feitas da conta bancária da empresa doadora para a conta bancária do diretório estadual do partido, transferidas por TED.
O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) também negou qualquer envolvimento da legenda com doações ilegais. Na opinião de Maia e Agripino, (foto) existe "viés político" com intenção de prejudicar os partidos e, caso a legenda não tenha acesso às provas, irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
- Não é a primeira vez que uma operação do governo tenta enfraquecer as instituições democráticas, os partidos. Doação de campanha é legal, mas da forma que foi divulgado fica parecendo que é irregular. Não vamos acobertar ninguém do partido, mas temos certeza que não ocorreu nenhuma irregularidade - disse Rodrigo Maia.
O presidente do DEM cobra a divulgação "da verdade". Ele argumenta que houve desvio do foco na divulgação das investigações da Polícia Federal.
- O principal foco desta operação é o que vem da Petrobras e essa sociedade do Lula com o Chávez (Hugo, presidente da Venezuela) em Pernambuco. A operação desvia o foco para gerar dúvidas em relação aos partidos políticos. Para o PPS, o juiz De Sanctis extrapolou, pinçou frase das escutas telefônicas e usou de uma suposição para atingir os partidos.
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Ivanildo, algo temeroso:
- Esse lixo está me cheirando a 1964. Estão cutucando a onça com vara curta. Espero que os milicos fiquem quietinhos em seus quartéis.
2 comentários:
Ivanildo, quem cutuca a onça com vara curta é japonês.
Em países desenvolvidos os dejetos são aproveitados para geração de energia.
No Brasil, os dejetos consomem nossa energia.
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