Diante dos dados e da elevada base de comparação de 2008 (quando o Produto Interno Bruto ainda teve desempenho bastante positivo, na casa de 5%), a CNI já crê que a atividade industrial poderá ficar estagnada ou até mesmo apresentar retração em 2009:
- Mesmo que a atividade industrial recupere parte do patamar no segundo semestre de 2009, ainda assim, dificilmente, vai recuperar a média de 2008 - explicou Flávio Castelo Branco, chefe da Unidade de Política Econômica da CNI.
Devido ao fraco desempenho de dezembro, as horas trabalhadas apresentaram alta de 1,3%. Mas, sobre janeiro de 2008, houve uma queda de 6,5%. O uso da capacidade instalada recuou 1 ponto percentual sobre dezembro, para 78,4%, voltando ao nível de novembro de 2003, ano em que a economia ficou praticamente estagnada. Sobre janeiro de 2008, o indicador recuou 5,1 pontos percentuais. Em setembro, estava em 83%.
Os dados sobre emprego e renda também mostram o quadro de desaceleração aguda. O indicador emprego caiu pela terceira vez consecutiva, 0,7% sobre dezembro. Desde outubro, a queda é de 2,4%. Foi também a primeira vez na série histórica em que não houve aumento das contratações em relação ao mesmo mês do ano anterior: o recuo foi de 0,1%. A massa salarial caiu 17,8% em janeiro sobre dezembro, o que é normal devido ao décimo terceiro e outros pagamentos. Sobre janeiro de 2008, o total de salários pagos no setor ainda cresceu, 2,1%
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A crise financeira mundial derrubou a economia brasileira no quarto trimestre de 2008. O Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país ao longo de um ano) do país recuou 3,6% nos últimos três meses de 2008 em relação ao terceiro trimestre, na série com ajuste sazonal. A queda ficou bem acima da esperada por economistas e foi a maior retração da série iniciada em 1996, divulgou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE).
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(Foto: Armando Monteiro Neto, presidente da CNI)
Um comentário:
Esta situação, que afeta a todos e deixa gente que como nós que tem filhos dentro do mercado de trabalho "de cabelos em pé", é menos assustadora do que a incrível ignorância do primeiro mandatário da nação com relação a estas questões. É de arrepiar!
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